O silêncio dentro do carro era tão intenso que Sophia podia ouvir a própria respiração acelerada. O motor roncava suavemente, mas não era o som do carro que a fazia se sentir assim. Era ele. Giovanni Bianchi.A presença dele ao seu lado era sufocante de uma maneira que nenhum homem jamais havia sido. Ele não precisava tocá-la para fazer com que seu corpo reagisse; bastava estar ali, tão perto, tão inacessível e, ao mesmo tempo, tão absurdamente presente. A tensão era quase palpável, envolvendo os dois como um véu pesado e irresistível.A noite lá fora era fria e úmida, mas dentro daquele carro, o ar parecia incandescente. O cheiro dele preenchia o espaço. O perfume de notas amadeiradas, couro e algo indiscutive
A atmosfera do cassino era hipnotizante. Luxo e poder se misturavam em um cenário onde as luzes brilhantes contrastavam com as sombras que se moviam por entre mesas de jogos e sorrisos calculados. Homens e mulheres elegantemente vestidos transitavam pelo ambiente, como se o mundo lá fora fosse apenas um borrão insignificante.O tilintar de fichas e o som suave de taças se encontrando brindavam o ar, mas o que realmente dominava o ambiente era o poder. Pessoas influentes de todos os cantos do mundo se reuniam ali, atraídas pelo glamour e, mais ainda, pela promessa de conquistas mais ambiciosas do que simples vitórias em mesas de jogos.Quando Giovanni e Sophia entraram, os olhares se voltaram para eles. Não porque eram desconhecidos, mas porque Giovanni Bianchi era uma lenda ali dentro. Seu nome era murmurado por aqueles que reconheciam o poder em sua presença. O homem tinha o controle absoluto de si mesmo e de todos que ousavam cruzar seu caminho.A mão dele pousou em suas costas nuas
Antonella guiou Sophia pelo cassino, afastando-a dos olhares predatórios e da presença sufocante de Giovanni. A jovem era surpreendentemente acolhedora, seu sorriso fácil e o brilho alegre nos olhos tornavam impossível não se sentir mais leve ao seu lado.— Ele sempre age assim? — Sophia perguntou, tentando mascarar a vulnerabilidade na própria voz.Antonella riu, com um som suave e genuíno.— Giovanni é… Giovanni. — Ela balançou a cabeça, os cachos loiros caindo graciosamente sobre os ombros. — Controlador, possessivo e assustadoramente protetor quando se trata do que ele considera dele.— Eu não sou dele. — Sophia rebateu, com mais
O ar da noite estava mais frio quando Giovanni e Sophia saíram do cassino. A luz artificial do prédio brilhava atrás deles, mas nada parecia capaz de iluminar o silêncio pesado que se instalou entre os dois. Giovanni segurava sua mão, os dedos entrelaçados com os dela de maneira firme e possessiva enquanto caminhavam até o carro.Nenhuma palavra foi dita. Giovanni estava tenso, a mandíbula travada e o olhar fixo à frente. Sophia sentia o peso daquilo, mas não sabia como romper o gelo que parecia envolvê-los. Talvez fosse o olhar insistente do homem na mesa da roleta, talvez fosse a maneira como ela havia se divertido com Antonieta, longe do controle dele. Ou talvez fosse simplesmente a maneira como ele dominava cada ambiente e queria dominá-la também.Quando e
O corredor silencioso do hotel se tornou uma prisão luxuosa para Sophia, e a presença imponente de Giovanni era a chave que a mantinha trancada naquele lugar.O corpo dela ainda ardia sob o toque dele, cada célula vibrava com a intensidade de tudo o que havia acabado de acontecer. E aquilo não havia sido nada além de um jogo de poder, um jogo em que Giovanni claramente possuía todas as cartas.Ele a havia pressionado contra a parede, os corpos colados de uma maneira tão indecente e desesperadora que Sophia mal conseguia respirar. A proximidade dele era sufocante e, ao mesmo tempo, deliciosa. Como se o perigo fosse parte da atração.— Você não tem noção das coisas que quero fazer com você, nena… — Giovanni sussurrou contra seus lábios, com a voz baixa e carregada de promessas cruéis que deixavam a pele de Sophia em chamas.Ela queria responder, queria dizer que aquilo era errado, que não podia se deixar levar por aquele homem que a dominava sem remorso. Mas a verdade era que ela não qu
Sophia RomanoAcordei com o corpo coberto de suor, o coração batendo freneticamente dentro do peito. Minha respiração estava irregular, como se eu tivesse corrido uma maratona. Não era exaustão física, era ele: Giovanni. Mesmo em meus sonhos, ele era uma presença avassaladora, implacável.A sensação dos lábios dele nos meus, das mãos dele explorando cada centímetro do meu corpo, ainda estava tão vívida que me deixava completamente atordoada.— Meu Deus, preciso me recompor. — Murmurei, passando as mãos pelos cabelos suados e tentando acalmar o caos que tomava conta da minha mente.
Giovanni BianchiA lembrança do corpo de Sophia pressionado contra a parede ainda queimava como brasas em minha mente. Sua respiração entrecortada, os lábios entreabertos em um gemido desesperado… Aquilo era êxtase cru. Era poder destilado em forma de prazer. Um vício que se infiltrava na minha corrente sanguínea, mais potente do que qualquer droga que já tenha experimentado.Ela tremia sob meu toque, não de medo, mas de necessidade. Uma necessidade que a consumia de dentro para fora, que a fazia perder a razão e abandonar as próprias defesas. Eu a tinha exatamente como queria: vulnerável, submissa, rendida a algo que nem ela conseguia nomear. E, droga, como eu adorava vê-la assim. Despida não apenas de roupas, mas de todas as suas armaduras. Entregue, despro
Sophia RomanoA manhã surgiu fria e cinzenta, mas o mundo lá fora parecia distante, irrelevante. Meus olhos se abriram lentamente, mas minha mente já estava acesa, incendiada por lembranças que não me deixaram dormir. Giovanni. A maneira como ele me olhou, como me tocou. A forma como me deixou, não apenas sozinha, mas tremendo, ofegante, faminta por algo que eu nem sabia como nomear.Eu me sentia ridícula, desesperada, ansiosa. E, pior, incrivelmente excitada.O toque dele ainda estava impregnado na minha pele. Era como se minhas células o reconhecessem, como se o corpo gritasse por algo que a razão tentava desesperadamente negar. Depois de um banho longo, tentando esfriar o desejo que insistia em pulsar sob a pele, me envolvi num robe felpudo, buscando conforto. Mas nada parecia suficiente para aplacar aquela inquietação.Queria odiá-lo. Queria sentir raiva do modo possessivo com que ele invadia meus pensamentos, da forma como se infiltrava em mim como um veneno doce. Mas o proble