— Então é para você que meu irmão vai fazer um serviço. — ele faz uma arminha com a mão, faz um barulho de tiro com a boca e depois assopra. Oferecendo-lhe nada mais do que um olhar rebelde, Ambrose reclama: — Deus! Connor, você poderia levar isso a sério? As bochechas de Connor ficam vermelhas, e de alguma maneira, ele me lembra o seu irmão. Com seu cabelo loiro e olhos claros. — Desculpa amor. O clima aqui estava meio tenso, queria descontrair. — Você sabe que o seu irmão, bem...— Ele vira a minha bebida. — Sabe que ele vai...— Tudo bem! Corto Ambrose. — Não precisamos falar disso. Eu só preciso esquecer isso por um dia. — Já sei! — Ele bate palmas empolgado. — Você precisa ter um orgasmo, bom, longo e repetitivo. Isto é. — Seus lábios se levantam em um sorriso de escárnio. — Não necessariamente com a mesma pessoa. Você é bonita e jovem. Tem que pôr essa boceta para trabalhar.— Você só pode estar de brincadeira. — Comento nervosa, minha bochecha ganhando um tom carmesi
— Tem certeza que quer ficar aqui senhora? O taxista me olha, sua fisionomia estranha enquanto dou o dinheiro a ele. — Sim, eu tenho. — Tentei firmar a minha voz um pouco bêbada. O céu troveja, e algumas gotas grossas de chuva, começam a cair. Desço do táxi, em frente a boate de Wayne, tem algumas pessoas na frente, se escondendo na marquise esperando táxi, oque faz com que eu não me sinta tão sozinha. — Já está fechando. — Um segurança na porta fala. — Não vou consumir nada. Só preciso usar o banheiro. — Minto. Ele me olha com desconfiança, mas aceita o dinheiro só pra eu usar o banheiro. — Se não sair em cinco minutos vou entrar e te tirar de lá. Eu engulo seco, meus olhos percorrem o ambiente quase vazio, com luzes coloridas que só pioraram a minha tonteira.Não vejo Wayne.— Hey. — O barman daquele dia me cutucou. — Nosso horário de funcionamento já acabou. — Eu sei. — Ergo meu queixo para parecer um pouco mais afrontosa. — Garota, — Ele ri um pouco. — Não s
Eu engulo seco, e encaro Wayne sem graça. — Não me dei conta do horário. — A minha voz é baixa e ainda tingida de vergonha. — Você está corando? — Ele apertou os lábios, tentando esconder um sorriso. Deixei escapar um suspiro forte, tentando por atrás da orelha uma mexa de cabelo inexistente. — Você poderia simplesmente... — Eu cerrei a mandíbula. — Poderia oque? — Ele atravessa para o meu lado. — Vamos...complete. Eu forço um biquinho, e cruzo os braços sobre o peito olhando para ele de forma desafiadora. — Vamos, — Ele dá um sorriso de escárnio. — Ou sempre deixa os outros falarem por você? — Eu não deixo...eu não... — Baixei a cabeça, fechando os olhos e tentando me acalmar.— Sim, — Ele colocou um dedo debaixo do meu queixo, inclinando a minha cabeça para cima enquanto sua voz suavizava.. — Você deixa. — Você não sabe oque está falando. — Levando do banco, e bufo. Meus olhos quentes de raiva.Ele fechou o espaço entre nós, mas eu me recusei a ir um centímetro para trás. Wa
Fico subitamente nervosa, quando ele da um passo em minha direção, me obrigando a deixar meu suco e recuar até o balcão. — Primeiro, — Meu batimento cardíaco troveja nos meus ouvidos. Principalmente, porque não satisfeito com a nossa proximidade, ele me prende contra o balcão da cozinha com braços poderosos de cada lado meu.— Não me chame de Senhor Wayne. Wayne basta. Eu engoli seco, concordado. Impossivelmente, ele se inclina mais para perto, com sua mão que vai até a minha nuca, nossos rostos próximos, eu encaro os seus olhos azuis, incapaz de me mexer. Ele leva seus lábios até a minha orelha, e sussurra: — Segundo, eu gosto da minha roupa em você. Meu coração bate contra a minha caixa torácica dolorosamente, e eu tenho que abafar um gemido quando ele puxa o meu coque, soltando o meu cabelo, que vai em ondas suaves pelas minhas costas.— Seus cabelos são lindos Heather. — Ele desvia o olhar para mim, e eu não sei muito bem oque fazer com essa afirmação. Mas mordo meus lá
— Você pode...Puta que pariu. — Wayne geme colocando as mãos sobre os olhos. — Você pode ir embora? — Eu, uh, poderia. — Ele olha para Wayne com diversão. — Mas o motorista de Ambrose está esperando a Heather. — Então seja lá oque estavam fazendo, terão que deixar para uma próxima vez. Wayne lhe deu um olhar duro, cruzou os braços e ergueu o nariz.— Ela não precisa ir agora se não quiser. — Wayne me olha, com carinho, com suas mãos no bolso e da um sorriso, com os lábios selados. Oh, eu queria ficar. Juro que queria. Mas quando o reconhecimento de toda essa situação finalmente bateu em mim, eu não pude deixar de sentir um pesar. Não era certo, eu não deveria estar com Wayne. Céus, eu gozei com os lábios de Wayne. O homem, que em seis meses, iria assassinar o meu marido. Rapidamente, me senti frustrada sobre meu ato anterior, e o pior de tudo, é que eu havia gostado. — Eu, hm, realmente preciso ir Wayne. Seus olhos brilham com satisfação, quando ele viu que eu não o havia c
Muitas coisas passaram pela minha cabeça enquanto eu ia com os policiais até o hospital mais próximo. Mas, nenhum desses pensamentos, se aproximou de ser tristeza. Os oficiais, resolveram tudo, então eu só precisei chegar a área do CTI, no hospital. — Você pode ir vê-lo se quiser. — Um oficial me olhou com pesar. — Eu avisei a enfermeira chefe. Ela permitiu acesso. O médico que está cuidando dele, vai te acompanhar. Olhei para o lado, para a enfermeira que me olhou com profunda tristeza. Enquanto caminhava ao meu lado. — Só posso liberar sua entrada até aqui. Um outro médico vem ao meu encontro: — Donna Johnson? Eu confirmo. — Sou o Doutor Robert, sou especialista em intubação e danos cerebrais. Acho que gostaria de ver o seu marido? Em modo automático, forço os meus pés a caminharem com ele, até uma área restrita com pacientes entubados. Ele mostrou um paciente, do outro lado do vidro. Sebastian, Havia um tubo em sua boca e um em seu nariz, muitos fios da medic
Eu encaro por baixo dos meus cílios, Steven, ele prepara um chá para nós, apesar de eu suspeitar que ele faz no intuito de acalmar a tempestade dentro de mim. — Beba um pouco, vai ajudar. Com minhas mãos trêmulas, pego a xícara assoprando um pouco. A xícara preferida de Sebastian, e ele, nunca mais estaria aqui para segurá-la. — Era a preferida dele. — Minha voz sai amarga. — Eu, eu sinto muito Donna. — Steven, me olha com ternura. Como se ele entendesse o meu sofrimento. Embora, isso que sinto não seja sofrimento. Meu coração dói, mas não dá maneira que as pessoas esperam. É só deleite com a situação. Eu parecia estar em uma espécie de realidade paralela. Eu estava atônita. A frase do médico, ainda ecoava na minha cabeça. Esse tipo de coisa não aconteciam com pessoas como eu. — Você tem alguém, alguém da sua família para quem queira ligar? — Questiona. — E-eu não tenho. — Largo o chá na mesa e encaro os seus olhos azuis, preocupados comigo. — Eu perdi meus pais aind
Um mês depois Sentei na mesa da cozinha, avaliando as contas para o próximo mês deixadas por Sebastian. Graças a alguns dos seus vícios, como cigarro e bebidas, nós não tínhamos uma poupança para ser usada em emergências. Alguns dos seus amigos policiais, se ofereceram para me ajudar com as despesas, desde que Sebastian ainda estava em coma, e eu não receberia uma pensão até que ele estivesse oficialmente morto. No entanto eu não podia, maior que isso, eu não queria. Não queria nada de qualquer amigo dele. Eu havia me inscrito há alguns dias em algumas vagas de emprego locais. Mas não era fácil quando se não havia nem terminado o ensino superior e muito menos se especializado em nada. Eu não era mais tão jovem, com vinte e sete anos, era quase impossível que eu conseguisse trabalhar em alguma boutique, já que os lojistas preferiam as jovens. O posto de gasolina era considerado perigoso e a farmácia não aceitava alguém sem a formação necessária...me deixando quase sem opções. Olhei