Ele me puxou pela mão saindo do meio do povo e foi até onde uns parceiros dele estava.
Pegou duas garrafas de Heineken no balde que estava na mesa e bateu a palma com um cara lá que não sei quem é.
Daqueles todos, conhecia somente o Beoka, irmão mais novo dele.
Luizão: Tô vazando, depois nós troca ideia.
Xxx: Suave irmão, vai na fé.
Tornou a segurar minha mão e fomos na direção dos carros.
Ele me encarou assim que tomou lugar no volante da GLA 200, que carro lindo. Por dentro ainda pude sentir o cheiro de novo.
Luizão: Na moral, tu tá mais linda do que eu lembro.
Eu sorri toda sem graça, me derretendo internamente com seu elogio.
Deu partida e foi andando pelas ruas até parar numa sem muito movimento.
Luizão: Pega aí. - Me deu a cerveja.
_ Saiu quando?
Luizão: Na terça. Tive umas burocracias pra resolver só cheguei aqui na favela na quinta.
_ Foi ver tua mulher?
Luizão: Não estamos mais juntos. Gabriela tá casada com um Zé aí, tá até com filho.
_ Hum. E todo aquele show para nada.
Luizão: Que show?
_ Quando você foi preso eu pedi para minha mãe assinar para eu ir te visitar, só que ela tomou a frente e armou barraco na comunidade dizendo que quem ia te visitar era ela que era tua mulher.
Luizão: Tendeu, então ela ficou indo por três anos, mas depois que engravidou deixou de ir. Aí eu decidi dar fim, já não tava mais rolando então decidi acabar de vez.
_ Então tu teve mais filhos?
Luizão: A Luna é a última, quatro tá bom demais. – Disse rindo de sua própria proeza.
Sim ele tem quatro filhos.
Daniel que hoje deve ter 20, Luan que deve ter 15, o Pedro de 12 e agora a Luna que pelas minhas contas deve ter seis ou sete anos.
Luizão: E você? O que faz da vida? Fala de tu aí.
_ Tomei vergonha na cara né preto. - Falei por força do hábito.
Luizão: Na moral, tu me chamar de preto assim é covardia.
Ele me puxou e me beijou.
Não sabia que estava com tantas saudades assim. Que delícia. Seus lábios trabalhavam de uma maneira gostosa e estava geladinhos por causa da cerveja.
Depois de me deixar toda mole, ele se afastou me dando selinho.
_ Luiz!
Luizão: Foi mal. Quer dizer, foi mal é o caralho. Desde que eu te vi dançando lá gamei, nem sabia quem era, mas os caras deram o papo e falaram que era a Mônica filha da Lourdes, só conheço uma índia filha da dona Lourdes.
_ Ela te odiava. - Ri com tristeza.
Luizão: Tô disposto a conquistar ela.
_ É sério, passei por uma fase complicada e dei motivos para ela te odiar. - Ele me encarou em silêncio, então eu continuei. - Quando eu vi que não podia ir te visitar eu fiquei louca. Fiquei rebelde e acabei fazendo coisas que a minha mãe não se agradou muito. De verdade eu vivi a minha pior fase ali. Eu te amava demais e por conta disso agi inconsequentemente. Eu fugia de casa para ir para os bailes para esquecer sua ausência, beijava um e outro acabava bêbada sem nem saber onde estava. Um dia eu quase fui estuprada e mesmo assim não tomei vergonha.
A feição dele mudou na hora. Ficou mais sério olhando para a frente.
_ Um dia eu estava tão arrasada que bati de frente com a Gabriela. Ela me deu uma surra, eu era pequena e ela sempre grande acabou me macetando. Eu não estava mais aguentando a dor de não te ter por perto. Adolescente tem dessas coisas, né? Nesse dia me levaram para casa e minha mãe fez um escândalo dizendo que já não aguentava mais as coisas que eu fazia, me disse que eu estava sendo uma verdadeira decepção.
Lembrar das palavras da minha mãe doía demais e sem querer eu acabei deixando algumas lágrimas rolar.
_ E o pior nem foi isso, foi ver meu pai caindo no chão e tendo um AVC. Eu mesmo machucada gritei por socorro e um vizinho ajudou. - Ele me encarou. - Desde esse dia eu prometi para mim mesma que não ia ser o motivo da decepção da minha mãe e da morte do meu pai. Eu me esforcei pra caramba, ajudei minha mãe na recuperação do meu pai e voltei a estudar, me esforcei para te esquecer e foquei nos estudos. Minha mãe me colocou num curso de inglês para me tirar das ruas e deu certo. Depois dos 18 eu fiz um superior de tradutor e intérprete e consegui uma licenciatura para dar aula. Meu pai não conseguiu ver toda essa trajetória. Eu estava voltando da faculdade e quando cheguei em casa minha mãe me deu a notícia de que ele teve um AVC na obra e não resistiu.
Luizão: Seu Dênis morreu?
_ Sim, não te contaram?
Luizão: Não, nós últimos anos só minha mãe ia uma vez no mês, não sei porque ela não falou disso. Eu sinto muito preta.
_ Tudo bem. Já passou.
Luizão: Pô, eu sinto também por toda essa merda que sem querer eu acabei causando. Eu senti tua falta, minha novinha. Só que não queria te prender naquela vida. Tu tinha tudo pra conquistar o mundo, linda do jeito que era. Não achei justo te condenar aquilo sabe.
_ O sofrimento já passou, estou feliz de você estar aqui.
Luizão: E eu mais ainda de ter te encontrado.
Ele me puxou para o seu colo e eu acabei enganchando uma perna de cada lado do seu quadril. Me abraçando, ele deu um cheiro no meu pescoço e eu joguei o cabelo de lado para facilitar seu acesso.
Luizão: Tá saindo com alguém?
_ Não.
Luizão: Não?
_ Não, a verdade é que ainda sou apaixonada num cara da adolescência aí.
Ele desceu a mão na minha bunda e deu uma apertada.
Luizão: Continua safadinha na cama? Hum? - Ele mordeu meu lábio inferior e puxou.
_ Não sei, isso só comprovando.
_ Annnnnnnnnnn. - Ele me chupava de uma maneira que minhas pernas já estavam dando câimbra. - Pretoooooo, Ainnnnnnnn. - Gozei mais uma vez.Acabei trazendo ele aqui para minha casa. E estamos a não sei quantas horas nos chupando, nos fodendo, nos amando.Ele subiu beijando minha barriga e acabou demorando no meu seio direito. Chupou o bico e mordeu.Logo subiu para o meu pescoço alcançando minha boca.Senti seu membro me procurar e ele não perdeu tempo o encaixando._ Aaaaaaaaa.Luizão: Gostosa tua boceta.Enquanto me socava ele tomou meus lábios.Gemi mesmo que abafado. Seu membro investia firme contra mim e eu já estava revirando os olhos, meu corpo estava exausto, mas não ia pedir arrego. Encravei minhas unhas nas suas costas e quanto mais prazer ele me dava, mais eu o arranhava.Luizão: Filha da p**a! Ele segurou na cabeceira da cama e não teve dó nenhuma da minha florzinha. Não estava nem ligando para o som dos meus gemidos. Sabia que estavam altos, só não estava conseguindo con
Estava separando o material que ia usar na aula de amanhã quando ouvi baterem no portão. Preciso de uma campainha urgente. _ Já vai! – Gritei para quem quer que estivesse do outro lado. Assim que abri o portão um carro preto abriu a porta do passageiro e ele desceu, de preto e boné com uma corrente fininha. Que pecado. Ele entrou e fechou o portão, e sem preda de tempo, agarrou meu corpo me prendendo na parede e sugando meus lábios. _ Hummmm. - Sarrou o seu membro em mim e ainda senti minha intimidade sensível. Luizão: Tô com vontade de te foder de novo. _ Sem chance. Luízão: Tá certo, bora no fluxo? _ Hoje não dá pra mim. - Desci minhas pernas. Luizão: Porque não? _ Amanhã cedo dou aula na associação, e se eu for não consigo acordar. Luizão: Tu é foda viu preta? Orgulho máximo do que tu se tornou agora. Eu vou ter que ir. Os caras organizou aí pela minha saída. _ Vai, se diverte, você precisa. Passou esse tempo todo privado. Luizão: Nós se fala. Assim que eu pegar um c
Coloquei um short jeans e uma body de uma manga só com babado na gola. No cabelo só nas pontas passei chapinha para deixar para dentro e o delineando nos olhos e apenas um gloss na boca. Luiz estava me encarando sentado na cama enquanto eu ia para um lado e para o outro me arrumando. Luizão: Tá com um rabão em filha. _ Cê tá olhando minha bunda? Luizão: Lógico, tu colocou essa blusa aí o negócio do fundo entrou todinho na divisa. _ Que escroto! - Joguei a escova em sua direção rindo. Luizão: Tá gostosa pra caralho hein novinha. _ Vamos. Estou pronta. Luizão: Bora atrasar um pouco, tô cansado dessa farra toda. _ Conseguiu dormir de ontem pra hoje? Luizão: Nada, tô virado. _ Deve tá achando que é um jovenzinho né? Está ficando velho. Luizão: Velho? O cara que te deu canseira e que tu não deixa chegar perto tá velho pra tu? _ Me deixa. - Ri me afastando. - Bora logo. Aí nós voltamos cedo e tu dorme. Luizão: Tranquilo então parceira. _ É nós mano. - Engrossei minha voz
A semana passou como de costume, Luiz não apareceu como havia dito. E só me ligou na quarta à noite para dizer que estava "nos corre", eu também não dei muita ousadia, porque se der importância meu cérebro entra em combustão. Sábado vai ter campeonato lá no Dom José e minha mãe me chamou para ir com ela. Vai ter forró depois. Vou linda fazer companhia para a minha jovenzinha. Sexta feira não tive horário de aula e como de costume fui para a faxina. Limpei tudo e já adiantei minhas roupas, no fim da tarde fui para a minha mãe, aproveitei e levei minha mala para dormir lá. _ Cheguei hein. Não teve resposta. Acho que ela ainda não chegou do serviço. Mandei mensagem para ela avisando que estava na sua casa e só me respondeu com um OK. Mesmo cansada comecei a adiantar a limpeza da casa e coloquei um frango no forno. Já tinha terminado quase tudo quando ela apareceu. Lourdes: Que ousadia é essa Mônica? _ Nem começa, que eu não ia ficar de pernas pra cima esperando a senhora chegar.
Minha mãe também hein. Deixou o Luiz todo sem graça. Nem tínhamos tocado nesse assunto porque desde que ele voltou queríamos apenas matar a saudade. Pé da barriga chega dói. Agora estamos aqui no salão e ela querendo fazer luzes. Não deixo se não estraga o cabelo. ... Coloquei uma saia jeans com uns rasgos no bolso de trás e um body tipo maiô de frente única. Caprichei um pouco na maquiagem porque sei que vou encontrar meu love. Lourdes: Que isso hein? _Ó quem fala. Minha mãe estava linda. De shorts e uma blusa ciganinha. Linda demais, a minha rainha. Para não suar na caminhada, pedimos carro particular no aplicativo. E já vi que estava movimentado quando o carro parou uma rua antes porque não dava para ir mais além. Lourdes: Tá o fervo isso aqui. É hoje que arrumo um novinho. _ Que isso mãe?! Lourdes: Começa não Mônica. Liga aí pra tua prima pra saber se ela já tá por aqui. Falei com Emily, e me disse que estava na parte de cima já bebendo. Foi um sufoco para encontrar
Acordei no outro dia com o solzão estralando, algo raro de acontecer nessa selva de pedra.Ah! Santos porque você fica tão longe. Acabei chamando minha prima para tomar banho de chuveirão aqui no quintal de casa mesmo. Minha mãe disse que estava ocupada. Já até entendi o recado. Essa dona Lourdes viu. Agitei um almoço e liguei a churrasqueira elétrica.Emily: Cheguei! - Ela abriu o portão, foi entrando e colocando as bebidas na geladeira. O calor era demais já estava de biquíni e de vez enquanto ia debaixo do chuveiro.Emily: Trouxe um óleo aí que uma mulher disse que é ótimo de bronzear. Bora testar?_ Bora.Ela me ajudou a espalhar no meu corpo e eu ajudei ela.Ficamos torrando um bom tempo no sol, falando de tudo e nada. Até ouvir baterem no portão. Desci as escadas de biquíni mesmo.Luizão: Eai caralho? Como tu abre o portão assim?Olhei e tinha três homens com ele._ Estou na minha casa.Fiquei seria olhando para ele que com brutalidade fechou o portão com tudo e me prensou na pa
Algum tempo depois... Dias agradáveis eu tenho vivido. Eu e Luiz estamos mais do que bem apesar dele não definir o que nós temos, e eu estou curtindo demais para me preocupar com estereótipo. Semana passada eu encerrei a turma de alunos da associação, foi linda a formatura, ainda fizeram apresentação para os pais cantando Imagine dos Beatles. Foi uma coisa linda de se ouvir. Eu fico mais que feliz em saber que ajudo minha comunidade com algo desse tipo. É sempre bom levarmos o conhecimento além dos limites que o Estado nos impõe. Minha mãe está de namoro com um cara aí, trabalhador e parece estar gostando de verdade dela. Só que é nove anos mais novo. Sigo observando. Acabei também fazendo mais amizade com Luciana e agora minha turma de Chopp no domingo à tarde está formada. Eu, Emily e Luciana. Com a mãe do Luiz eu falo pouco. E os filhos parece que não vão mesmo com minha cara. Luiz me levou numa festa de um tio seu e Daniel estava lá. Falou com o pai e nem na minha cara o
Luizão: Mônica! Só ouvi ele gritando, eu desci o beco praticamente correndo. Ah, tá que eu fico. Antes quando eu encontrava ele com outra mulher me cortava o coração. Não era só comigo que ele traia a Gabriela. Só que eu trouxa aceitava as desculpas depois. Hoje não, não mais. Ele ia vir correndo atrás, só que eu entrei em outro beco aí ele voltou, certeza que foi pegar a moto. Vai bater lá na minha casa. Que ódio! Agora eu vou para onde? Quer saber, não vou fugir! Segui meu caminho até minha casa enrolando o máximo possível por ruas alternativas para não ter que cruzar com ele, assim eu respirava e minha mente não ficava mais turbada. Eu odeio Luiz, que filho da p**a! Ele não estava só comigo. Também o que eu poderia esperar, porque já conheci ele na cachorrada. Assim que cheguei no meu portão vi a moto dele lá parada e dois meninos que sempre está em sua companhia lá parado. Nem dei assunto. Passei direto e subi as escadas. Ele estava do lado de fora com o bendito cig