Algum tempo depois... Dias agradáveis eu tenho vivido. Eu e Luiz estamos mais do que bem apesar dele não definir o que nós temos, e eu estou curtindo demais para me preocupar com estereótipo. Semana passada eu encerrei a turma de alunos da associação, foi linda a formatura, ainda fizeram apresentação para os pais cantando Imagine dos Beatles. Foi uma coisa linda de se ouvir. Eu fico mais que feliz em saber que ajudo minha comunidade com algo desse tipo. É sempre bom levarmos o conhecimento além dos limites que o Estado nos impõe. Minha mãe está de namoro com um cara aí, trabalhador e parece estar gostando de verdade dela. Só que é nove anos mais novo. Sigo observando. Acabei também fazendo mais amizade com Luciana e agora minha turma de Chopp no domingo à tarde está formada. Eu, Emily e Luciana. Com a mãe do Luiz eu falo pouco. E os filhos parece que não vão mesmo com minha cara. Luiz me levou numa festa de um tio seu e Daniel estava lá. Falou com o pai e nem na minha cara o
Luizão: Mônica! Só ouvi ele gritando, eu desci o beco praticamente correndo. Ah, tá que eu fico. Antes quando eu encontrava ele com outra mulher me cortava o coração. Não era só comigo que ele traia a Gabriela. Só que eu trouxa aceitava as desculpas depois. Hoje não, não mais. Ele ia vir correndo atrás, só que eu entrei em outro beco aí ele voltou, certeza que foi pegar a moto. Vai bater lá na minha casa. Que ódio! Agora eu vou para onde? Quer saber, não vou fugir! Segui meu caminho até minha casa enrolando o máximo possível por ruas alternativas para não ter que cruzar com ele, assim eu respirava e minha mente não ficava mais turbada. Eu odeio Luiz, que filho da p**a! Ele não estava só comigo. Também o que eu poderia esperar, porque já conheci ele na cachorrada. Assim que cheguei no meu portão vi a moto dele lá parada e dois meninos que sempre está em sua companhia lá parado. Nem dei assunto. Passei direto e subi as escadas. Ele estava do lado de fora com o bendito cig
Desgraçado! Gostoso, filho da p**a! Luciana me deixou no portão de casa. Emily ficou comigo. Cheguei atacando a geladeira. Porquê de madrugada a fome é de verdade. Emily: Vou pro chuveiro. _ Fica à vontade. - Falei comendo o Strogonoff que tirei do micro-ondas. Não demorou muito e ela saiu de banho tomado e com uma roupa minha. Emily: Vou ficar não. _ Vai pra onde uma hora dessas? Seis da manhã? Emily: Fuder! - Ela nem havia acabado de falar ouvimos uma buzina. - Chegou. _ Quem é? Emily: Bento. Desce aí pra fechar o portão. _ Aoooooooo. Mesmo de cara fechada, desci com ela. Emily: Obrigada prima. _ Aparece aí amanhã para me ajudar. Bento. Bento: Cunhada. Olhei para ele. Cunhada? Esse gosta de se fazer de sonso. Emily ainda ri. Voltei para casa e tomei um banho bem quente e demorado. Acordei o sol já estava a todo vapor, era quase duas da tarde. Tinha várias mensagens no meu celular. Abri primeiro a do Marcelo. Era sobre a nova turma então preferi ligar. Marcelo:
Eu já tinha desistido de continuar com a cara nos livros. _ Vem jo-gan-do a xo-taPra tropa da Colômbia 🎶 Eu já estava embrazadinha de vodca e energético. E alguns drinks loucos que eu e Emily fizemos. Jogava a bunda para o alto e ainda mandava quadradinho. _ Elas vem pro baile brota na favelaDisse que o Gabriel do Borel maceta elas Pode vim na minha direção pra ser felizVai sentar pros cria no bailão agora em pleno CPX Desce rebola, senta gostosaVai libera que eu vou te tacar no macetin'🎶 Emily: Eita caralho! - Caiu gargalhando no sofá e eu junto. _ Silêncio doida. O celular. Peguei o controle e apertei o pause para conseguir escutar. _ Alô. Marcelo: Estava correndo? _ Dançando. Marcelo: Tá onde? _ Estou em casa com minha prima. Marcelo: Tá certo, curtindo sua noite. Sei lá, na hora que eu ouvi a voz dele bateu um fogo. _ Está de bobeira? Marcelo: Eu? Tô aqui deitado assistindo. _ Vem pra cá. Emily me deu um olhão. Marcelo: Mas aí eu vou atrapalhar tua fest
Acordei e Emily não estava mais na cama. Fiz minha higiene e assim que botei a cara na sala ela gritou. Emily: Chupa o bico do meu peito e mete com vontade 🎶 _ Aoooooooo. Emily: Alá tia tá cá bunda toda roxa. – Me apontou rindo. Minha mãe me encarou sério. Como todo sábado é sagrado nosso café juntas. Lourdes: Tá dando pra quem? _ Eu fico impressionada com o linguajar de vocês? Lourdes: Ela saiu com quem Emily? Emily: Sou dedo duro não tia. Eu eim. _ Marcelo mãe, sai com o Marcelo. Lourdes: O da associação? _ É. Lourdes: Hum... Ela ficou me encarando e eu já sabia o que viria a seguir. Dona Lourdes deu uma pequena palestra de como eu deveria me comportar, que Marcelo era um homem bom e que se eu me envolvesse com ele tinha que tomar tenência na vida e me decidir. Eu calada ouvi tudo. Não estou nem louca de me meter. Ela pintou Marcelo de ouro e colocou ele num pedestal. Enquanto eu enchia meu prato de coisas que ela sempre traz só concordava com a cabeça enquanto Em
Algumas semanas depois... Marcelo: Bora? - Ele apareceu na porta da sala. Já estava com minha nova turma e enfim acabou a última desse dia. Agora nós vamos para um churrasco lá na minha mãe que inventou de unir todos. Ela está amando meu relacionamento com Marcelo, apesar de não definirmos o que é ainda, mas eu curto a companhia dele. Não tive coragem de falar com mais ninguém além da minha mãe. Nem para Luciana e nem para Emily que sumiu de uns tempos para cá. Luciana por motivos óbvios, ela com certeza vai falar para o irmão e ele pode atrapalhar. Emily porque sumiu. Estou preocupada, depois daquela conversa com minha mãe, se afastou. _ Bora. Antes de sair ele me puxou para um beijo e eu fui de bom grado. _ hummmmm. Marcelo: Gostosa. A boca dele era macia e sabia beijar de uma maneira maravilhosa. Sua mão escorregou até minha bunda e apertou forte, fazendo a minha pele formigar. Senti o seu membro ganhando vida. Ele desceu os lábios pelo meu pescoço. _ Parannn, alguém..
Quarta feira e eu estava exausta mentalmente. Passei o dia na escola e depois ainda tive que ir no Santo Amaro comprar umas coisas aqui para a casa. Sabe essas coisas que você fica enrolando dizendo que vai fazer e nunca faz? Hoje não deu para fugir. Daqui quatro meses é meu aniversário. Quero organizar alguma coisa então vou comprando um pouco de cada vez. Abri a garagem para deixar tudo aqui e depois subi. Marcelo mandou mensagem dizendo que sexta era tudo nosso no motelzinho. Aí papai. Estava no banho quando meu celular tocou. _ Oi Luizão: Tá ocupada? _ Tô saindo do banho. Luizão: Desce aí, tô querendo trocar um papo contigo. _ Estou cansada Luiz, cheguei agora de Santo Amaro. Luizão: Parceira, o papo é rápido. _ Deixa pra outro dia. Luizão: Na moral Mônica, coisa rápida. Sabendo que ele não ia desistir, coloquei um short e uma camisa e desci. Ele estava em cima da moto mexendo no celular quando abri o portão. Levantou a cabeça e me olhou serinho. _ Fala. - Eu en
Mônica Ainda estou sem acreditar no que aconteceu. O velório e a caminhada até o túmulo do Marcelo foram seguidos por uma multidão de gente. Ele era muito querido, era o presidente da associação que realmente cuidava da comunidade, ele amava isso aqui. Cuidava como ninguém. Se esforçava tanto para sempre trazer o melhor. Doguinha sempre trouxe problemas onde passava, mas por ser um jovem de 14 anos ninguém ligava para as falas dele. A mãe uma viciada que vivia mais na rua do que em casa o abandonou cedo, então foi criado pelas ruas. Quando ele chegou na associação eu lembro que o Marcelo fez de tudo para ajudar, deu roupas, comida, ajudou até na escola. Só que da noite para o dia ele apareceu transtornado. Começou a se rebelar e então depois de muito insistir e quebrar a cara, Marcelo deixou de mão. Foi aí que ele piorou mais ainda. Começou a enfrentar a todos e ameaçar de morte. Ninguém levava fé, porque ele sempre arrumava briga com um e com outro e fazia as mesmas ameaças. Só