Acordei sábado de manhã e Luiz ainda estava dormindo o que era um milagre. Descobri o que me acordou quando ouvi barulhos na cozinha e sabia que era minha mãe. _ Bom dia. – Disse assim que me aprontei para botar a cara no sol em mais um dia. Lourdes: Bom dia, e aí como tá Luciana? _ Bem, médico pediu repouso absoluto. Lourdes: É o melhor que ela faz. Situação hein? _ É mãe, dá nem pra se meter né? Lourdes: Eu que não sou nem louca, porque daqui a pouco eles conversam e fica bem, e quem sai com cara de tacho é quem se meteu. _ Foi o que falei, agora tá todo mundo na flor da raiva e não tá pensando. Pedi pra ela se acalmar e pensar nos filhos e depois resolvesse a vida com o Jota. Lourdes: Luiz chega hoje? _ Está aí já. Lourdes: E tu nem avisa? Tomamos café, falando de tudo e nada. Ela me contou que o tio do Luíz estava lá na casa dela falando com Emily. Meu coração gelou na hora. Lourdes: É quem o pai daquela criança Mônica? _ Ihhhh mãe. Lourdes: Eu juro que se aparecer r
Emily Quando Mônica me chamou para ir até sua casa, pensei muito, porque mesmo trabalhando sentada no caixa, grávida cansa por qualquer coisa. E esse barrigão de quase oito meses tem me matado. Entre o pensamento de ir e não ir acabei chegando no seu portão e apertei a campainha, quem abriu foi o Daniel. _ Mônica tá aí. Daniel: Ah, tá lá dentro. - Falou meio desanimado. Fico de cara com esse moleque, na boa, deve ser algum amor encubado pela Mônica porque não é possível. Lourdes: Chegou minha buchuda. Ela foi a primeira a me ver quando apareci na porta. Na boa, Luiz caprichou nessa casa hein. Casão bonito. Mônica: Aí prima. _ Oi gente, boa tarde. Todo mundo me recebeu com felicidades. Eu amo isso. Aqui na sala só tinha mulher, até a pequena do Luíz estava no meio. Aposto que Gabriela não sabe, aquela ali ama Luiz até hoje e não suporta que ele esteja vivendo a vida dele com minha prima. _ Temos outra buchuda né. Luciana: Nem me fala. Tirei a sandália e sentei no tapete d
Bento Tava ali fora conversando com meus parceiros, só que a cabeça tava avoada. Esse papo aí de que vou ser pai tá mexendo demais comigo. Bagulho que incomoda de verdade, tá ligado? Parece que aquela raiva adormecida acordou, e veio mais forte que nunca. Luízão: Ô cabaço. Olhei pra ele. Os moleques já tinha entrado, foram se arrumar, daqui a pouco a Gabriela tá aí pra pegar eles. Já estava até escurecendo. _ Fala aí. Luízão: Tô falando aqui e tu parece que tá em outro mundo. _ Na boa irmão? Esse bagulho tá mexendo de verdade comigo. Luízão: A mina lá? _ É. Luízão: Foda, entendeu. Só te falar que filho é benção, nós é errado pra caralho nessas fita. As vezes nem me acho merecedor de ter meus filhos. Ainda bem que minha mãe tá aí, me ajudou demais quando a doida lá me entregou o Daniel depois eu tive que arrancar na marra o Luan daquela m*****a. Ainda bem que a Gabriela me ajudou no início. Reconheço o que ela fez pelos meus filhos, abraçou os moleques como sendo dela, e t
Quando ela subiu na moto eu fui devagar.Acostumado a cortar o vento, achei muito estranho andar assim.E o bagulho ficou mais estranho ainda quando a barriga dela começou a tremer. Corpo chega gelou na hora._ Tá com fome? - Perguntei né? Vai saber.Mesmo abafado pelo capacete ela respondeu.Emily: Não, é o bebê mexendo.Voz dela tava meio emotiva, aí parceiro, tenho mente pra isso não. Corpo travou na hora, sei nem o que falar.Segui em silêncio, só percebi quando ela tirou uma mão da minha cintura e passou na barriga. Mano.Xxx: Oooooo Bento. - Ouvi alguém me gritar.Parei a moto e olhei quem era._ Fala parça.Era o Tiago que veio correndo até onde eu parei. A mina ficou em silêncio na dela.Tiago: Aí parceiro da pra tu brotar lá no Santo Eduardo pra resolver umas paradas?_ Ceará tá por lá não? Tiago: Sei nem onde esse filho da p**a tá. Com todo respeito aí dona. _ Tranquilo, é urgente?Tiago: Pô irmão, bagulho é a vera._ Vou resolver um negócio aqui e colo lá depois, é lá na
Mônica Estava deitada na cama com a Luna, estou apaixonada nessa menina, superesperta e linda. Luiz estava para lá e para cá se arrumando todo. Vai sair com os filhos. A “mãe” deles veio aí mesmo depois dele ligar avisando que as crianças estavam dormindo e iam ficar. Ela queria saber com quem, Luiz super grosso disse que não interessava. Acho horrível ela já sendo mulher velha e casada correndo atrás de uma pessoa que claramente vive bem sem ela. A humilhação que eu vejo ela passar, não é cuspindo para o alto, mas que Deus nunca permita eu passar e se Ele não permitir que eu e Luiz dê certo que eu siga meu caminho e ele siga o dele. Por isso antes de criar barriga quero ver se é isso mesmo que nós dois queremos. Se vai dar certo. Filho é para sempre o laço é eterno, e se nós dois não dermos certo como será? Prefiro ser esperta. Luízão: E aí? – Perguntou abrindo os braços e girando para que eu pudesse ver como ele ficou. _ Se arrumou demais pra ir aqui do lado não? Luízão: Vo
Meu corpo reclamava pelo cansaço e era ainda quinta-feira, mas sei que é para um bem maior. Sempre estou chegando em casa perto da meia noite. Esse curso técnico é só para eu ganhar aprimoramento para não ter que contratar alguém para administrar o meu próprio negocio. Cheguei e o Luiz estava assistindo alguma série comendo pizza no meu sofá lindo de camurça bege. O meu coração até acelerou com aquela cena, e o bonito ainda me encarou confuso se fazendo de desentendido. Luízão: Quê? _ Você está comendo pizza com a mão em cima do meu sofá? Luízão: Sou criança não Mônica, vou derrubar nada não. _ Espero mesmo. Estou tão cansada, vou tomar um banho. Fui para o quarto tomar um banho porque o cansaço era real, apesar da preocupação com meu sofá, deixei minhas mochilas dentro do armário porque eu gosto de deixar as coisas organizadas para não dar contratempos na hora da correria. Depois qe sai do banho encontrei Luiz da mesma maneira que deixei na sala. Luízão: Come aí. Trouxe a que t
Mônica Enfim sextou e eu saí da escola com a cabeça fervilhando, teve reunião pedagógica e foram implementados novos métodos de ensino. Nunca funcionou a maneira que eles querem implementar outro idioma no ensino público, mas eles insistem no erro. Já mostrei a diretora meu jeito de ensino. E sei que ela também não gosta nada das apostilas que nos são mandados, por isso ela sempre se faz de cega. Aproveitei que sai cedo e fui na casa da Lu, semana passou e eu só falei com ela por telefone. Estava quase chegando no Dom José quando encontrei com o bonito em cima da moto sem camisa de bermudão e tênis e com ele o Zulu e o Fael. _ Bonito. Ele estava falando com alguém dentro do bar e tomou um susto quando eu gritei. Luízão: Chega de leve preta, quer cantar pra subir? _ Brinca. Ele desceu da moto, atravessou a rua e veio na minha direção sorrindo, aguento com essa tentação. Luízão: Tá fazendo o que na rua? _ Sai cedo. Teve reunião. Agora vou aproveitar e ir lá na Lu ver como
_ E quando você ia me contar? - Perguntei indignada. Luízão: Tô contando agora Mô. Estávamos na cozinha comendo pizza de janta enquanto ele me falava que está indo para o Rio nessa madrugada. Que tem coisas a resolver por lá. _ Tá bom, vai. Luízão: Queria que você fosse comigo. É parada séria, mas quero curtir contigo preta. Vamos? _ Você tem que resolver suas coisas e vai acabar me deixando sozinha. Eu não posso levar nenhuma amiga porque você vai resolver suas coisas. Ou seja, nada de vantagens para mim. Luízão: Eu te levo pra curtir o baile de lá. Bora? Vou ficar numa favela de um cara aí que quer fazer aliança. Sou casado e vou chegar lá sozinho? _ Nem começa viu? - Falei séria, mas era obvio que eu não iria deixa-lo fazer essa viajem sozinho. - Vou lá em casa fazer uma mala. Era puro charme. Até parece que eu perco essa. Ir no Rio assim, de uma hora para outra? Fui em casa e fiz uma pequena mala com coisas necessárias. E ainda liguei para minha mãe e ficamos conversa