AnastáciaEstou no quarto que Gael escolheu pra mim, e não a sua suíte, preferi deixá-lo sozinho.Já é tarde e estou sem sono.Sento-me na cama e olho em volta. Um arrepio percorre meu corpo quando me lembro de tudo o que fazemos, eu nunca tive o que tenho com ele. Não faz parte da minha personalidade ser ousada, mas eu não me arrependo do que está acontecendo. Estava — e ainda estou — ansiosa para viver tudo. A cada toque dele em meu corpo, eu me senti adorada. Suas carícias são doces e fortes ao mesmo tempo.Tomando e doando. Me ensinando e desvendando meu corpo. Me provando e mostrando o que ele gosta.Sacudo a cabeça me reprendendo.Tola, você não é uma princesa. Na verdade, eu sou uma prisioneira. Estou me iludindo? Será que pagarei caro por esse engano?Saio do meu conflito mental quando Gael entra no quarto.__ Está tudo bem?.. acordei sem você, e achei estranho.__ Tudo, estou sem sono e não quis te acordar.Droga, amor. Você foi incrível. Não me lembro a última vez que alguém
GaelOs guardas abrem os portões antes mesmo que chegue perto, estavam nos esperando. Indicado para que eu siga direto para a fortaleza guardada por forte aparato de segurança.Entro na mansão atento ao movimentos de todos, aqui é a sede da irmandade Russa e casa do Pakhan. A construção majestosa, que emula muitos dos castelos da Europa, surge enquanto desço pela estrada. Sem dúvida, parece um lar, como deveria ser, mas também tem aquela atmosfera que permite que você saiba que negócios são realizados aqui.Estaciono, e desço do carro com a postura de sempre, de quem não será intimidado mesmo no território inimigo. Eu tenho uma missão aqui é vou realizá-la. Então, cumprimento com um aceno de cabeça os homens que guardam as portas da entrada. Eles abaixam a cabeça enquanto caminho por eles, demonstrando o mesmo respeito que dão a seu chefe. Eu sou um convidado. Ao entrar, como sempre, absorvo tudo enquanto desço o grande hall que leva à sala de reuniões. Somos conduzidos pela governant
Moscou – RússiaGaelOntem, trabalhei até tarde preparando tudo com antecedência para o nosso primeiro carregamento para os Russos, a entrega será na próxima semana, mesmo não precisando fazer isso, mas eu queria ocupar minha mente.Consigo terminar tudo o que planejara fazer hoje. Quando me preparo para sair, penso na Ana novamente. Já passa das dez, então acho que ela já deve estar na cama. Não recebi nenhuma ligação de Maximus, então ela deve ter se portado como uma boa ovelhinha como pensei que faria.Depois das últimas semanas em Sinaloa, estou interessado em ver o que encontrarei quando voltar para casa. Tenho acesso ao sistema de segurança da casa através de meu computador. Então, decido dar uma espiada rápida antes de sair.Encontro o feed da câmera do meu quarto e observo. Está vazio, vasculhando todos os cômodos não há nenhum sinal de Anastácia. Na casa, devido o horário encontra-se somentea babá no quarto de Luan, meu bebê dorme tranquilamente.Um frio percorre minha espin
GaelQuando o cansaço finalmente bateu, eu tive de lutar contra o sono e as lembranças antigas a me rondar, mas a tensão do dia e a quantidade de álcool em meu sangue fez-me sentir exausto. Dormi no sofá mesmo.Acordei quebrado e com uma dor de cabeça infernal.Caminhei até a sala e tomei meu café da manhã, depois voltei para o meu quarto a fim de tomar um banho. Tranquei a porta, me despi e entrei debaixo do chuveiro. Girei o registro e a água quente caiu sobre a minha cabeça, escorregando pelo meu corpo e contornando os músculos de muitos exercícios físicos e prática de luta. Fechei os olhos e me lembrei da Anastácia. Ainda conseguia ouvir seus gemidos, seus gritos enquanto transávamos. A energia era vibrante e fazia com que me sentisse mais vivo do que nunca. Contudo, logo as imagens dessa minha aventura foram substituídas pela visão dela fugindo. A miragem, a mulher que imaginei que viveria comigo para sempre por apenas alguns segundos desapareceu, como se fosse feita de fumaça.E
GaelTrês semanas atrás, quando acordei em um hospital que estava há quase dois dias, decorrente de uma bala que pegou de raspão no meu pescoço. Por precaução fui mantido sedado para observação.O rosto sem nome foi a primeira imagem que me veio à mente. O que se seguiu foi a memória completa da emboscada que aquele filho da puta armou para matar eu e meu irmão. Naquele momento, me ocorreu que havia sido Rafael, o filho bastardo de Luís que está desaparecido.Foi bom o plano de assassinato, exceto pelo fato de termos sobrevivido. Eu era a principal coisa que deu errado. Não deveria estar vivo para ver meu assassino, ver Rafael na cena do crime, ou rastrear qualquer prova do envolvimento de Ivan ou quem quer que deseje eu morto. Ter inimigo nesse ramo é normal.No meu território, minha palavra é lei. Para provar, hoje cedo eu e meus homem liquidamos três laboratórios que Rafael junto com mais alguém tentaram abrir aqui no México, em Sinaloa, Durango e Sonora. Foi um massacre. Homens mo
GaelComo se soubesse que eu a assistia ela olhou para a câmera. Percebi o pavor em seus olhos, em seguida correu para dentro da propriedade.Dois dias depois não consegui ver mais as imagens. A câmera foi desativado.__Peguei você Anastácia. E agora não fugirá de mim novamente.Peguei meu telefone é liguei para as pessoas que trariam minha família de volta.__ David, preciso de seus talentos. O David Luiz Amargo, é um amigo e detetive particular. Se esse homem não descobrir o que preciso ninguém mais consegue.__Te encontro em uma hora no Word bar.__ Combinado. Desliguei e liguei pro meu chefe de segurança.__ Maximus, venha minha casa a noite, precisamos conversar pessoalmente.__Aconteceu algo? __ ele perguntou. __ Sim, eu sou pai. __ ele ficou mudo. __ Quem.. Como... é melhor nos falarmos pessoal mesmo. Então desligou.Cheio de adrenalina e expectativas para rever a mulher que mudou meu DNA e meu filho. __ meu filho!__ falei em voz alta e senti meu coração se aquecendo.Eu nunca
AnastáciaAnastácia. __ senti o som de sua voz como um sino ecoando em minha mente.Então rígida e enraizada no lugar levantei lentamente meu olhar para o homem que enlourecia os meu sentidos.Meu coração erra uma batida quando encontro seus olhos verdes tempestuoso. Com um nó minha garganta eu reúno todas as forças que posso para fugir de Gael. Mas, ele está apenas alguns passos atrás de mim, me xingando ele manda eu parar. Saio correndo, entro pela mata próxima a minha casa, eu moro em um sítio, achei adequado para as crianças. Corro o mais rápido que posso, e continuo pelo caminho de terra sem saber para onde estou indo ou o que diabos estou fazendo.“O que ele faz aqui, e agora. Se ele descobrir sobre o Thiago, irá toma-lo de mim.”Chego a um beco sem saída e é o fim para mim. Afinal, quem eu estava tentando enganar? Realmente achei que ele não descobriria sobre nosso filho ou que me deixaria em paz pra sempre, mesmo depois de todos esses meses sem me procurar.Seu braço forte aga
AnastáciaVocê nunca sabe como será o seu dia ao acordar pela manhã. Quer dizer, você pode esperar o melhor, mas pode ser o pior dia da sua vida ou até mesmo o último.Eu não tinha ideia quando acordei essa manhã o que estaria esperando por mim ou como meu dia seria.Os últimos dias pareceram correr tão bem, as coisas se encachando. E então como em um sonho tudo mudou, eu estava perdida novamente, com incertezas rondando minha mente.Eu fiquei parada, sentindo algo pegajoso escorrer por minhas pernas me trazendo para a realidade.Preciso usar o banheiro primeiro. _ disse. E segui para o banheiro no interior da casa para me limpar.Minha mente perturbada não me dava clareza. Estava com medo, medo dele tirar meu filho, medo do futuro incerto.Agora eu tinha mais uma ligação com o Gael além da paixão que sentia, tínhamos um filho.Batidas na porta me chamou ao presente. Ele estava na porta me esperando, pegando minha mão, me levou até seu carro parado na frente da chácara. Quando chegamo