Ele tem um dragão cuspindo fogo tatuado na cara
Leonardo Ferrero não era bem o que Lily Rose esperava. Ele não era velho e não era feio. Jovem, bonito, musculoso e tatuado, seu paciente era bonito pra caralho. Mesmo estando deitado, era possível ver o quanto ele era alto, no mínimo deveria ter 1,85m. Ela tinha 1,60m. A pele branca estava pálida como se ele não tomasse sol há um bom tempo. Sua cabeça estava raspada com um corte estilo militar, mas era possível ver que o cabelo que começava a crescer, era castanho escuro. De camiseta branca, calça de moletom cinza claro e meias brancas, Leonardo tinha faixas de gazes enroladas nos pulsos para as algemas não machuca-lo. Nos braços longos e musculosos, havia várias tatuagens de caveiras, anjos, demônios e símbolos da morte como esqueleto, foice e um ceifador cobria seu bíceps esquerdo que estava bem delineado pela manga curta da camiseta. E por último, mas não menos importante, seu paciente tinha um dragão cuspindo fogo tatuado na face direita. Olhos verdes, nariz aristocrático bem reto, lábios ressecados, porém, carnudos, barba por fazer, e traços angulosos e másculos. O sorriso que revelou dentes brancos, brilhantes e alinhados, se desfez à medida que Lily não esboçava reação além de choque. Leonardo ficou sério. Sua voz rouca e profunda, quase cavernosa, quebrou o silêncio constrangedor. - Algum problema, Lily? A forma quase imperceptível como ele pronunciou o nome dela com mais ênfase, fez Lily soltar a respiração. Ela forçou um sorriso que mal chegava nos seus lábios, e rezou para não gaguejar. - Eu vim para a entrevista. Eu não vim preparada para um plantão de 24hs. Eu tenho que me vestir de forma apropriada, trazer algumas coisas, e eu tenho que deixar mais água e ração para o Toddy, é o meu cachorro. Enquanto sua enfermeira falava com dificuldade engolindo a saliva, e mal olhando para ele, Leonardo pensava como seria seu pau abrindo aquela boquinha linda e carnuda. Ele a pegaria pela nuca com a mão direita, com a mão esquerda seguraria o pau pela base, e forçaria a entrada naquele manto de pele quente e úmida. Ele iria sorrir vendo lágrimas nos olhos negros de Lily. Ela iria engasgar e sufocar muitas vezes, mas depois de engolir todo o seu sêmen, ela iria ganhar beijos nos lábios sujos e inchados. Leonardo precisava detalhar tudo na mente antes de executar. Ele iria usar de brutalidade, mas iria dizer palavras de carinho para Lily enquanto socava o pau na garganta dela. Se ela fizesse direito, talvez ele não precisasse mata-la depois. Aquele tom de pele cor de mel, era difícil de achar. Contudo, se ela não fizesse da forma correta, ele teria que planejar a morte dela. Seria uma pena porque Lily era linda, cheirosa e tímida. Ela era o tipo dele. O tipo que facilmente poderia ser uma submissa nas mãos sujas de sangue de um dominador. Deixá-la ir embora, não era uma opção. Ele tremeu o lábio inferior como se fosse chorar. Impotente, balançou as mãos até o barulho das algemas se chocar com as grades de ferro da cama hospitalar. - Eu não fiz nada de errado para ficar assim. Está frio e eu estou molhado e sem agasalhos ou cobertores. Você poderia pelo menos me trocar e me agasalhar? Com os braços cruzados, Doutor West permaneceu em silêncio. Leonardo era do tipo manipulador como a maioria dos psicopatas. Entretanto, ele tinha um padrão de comportamento que ia além da personalidade psicopática. Ele era explosivo igual a um campo minado quando se sentia contrariado. Por isso, estando ali contra a sua vontade, estava algemado e sob efeito de Valium. Por outro lado, quando queria alguma coisa, era educado e sedutor. E entre esses dois extremos, Leo tinha aquele olhar maligno. Seus lábios podiam dizer palavras gentis, mas sua mente doentia nada tinha a ver com a sua amabilidade. E ele se divertia sendo o que era: Um assassino por natureza. Tudo o que mantinha Leonardo fora da cadeia, era a sua família poderosa de mafiosos. Certamente, somado aos seus transtornos mentais, ele também foi treinado para matar. Doutor West se arrependeu por levar Lily até ali. Porém, era tarde demais para arrependimentos. Pelo olhar vidrado de Leonardo, ela já o pertencia. O médico pigarreou para chamar atenção da enfermeira que olhou para ele aflita. Ele sorriu e disse: - Troque o Leo. Você vai achar tudo que precisa no armário, e eu acredito que nós podemos começar amanhã. Lily respirou aliviada, mas ela olhou para as algemas. - Como eu vou colocar um agasalho nele? - Coloque apenas cobertores. Nós não queremos tirar essas algemas ainda, não é mesmo, Leo? Leonardo Ferrero sorriu torto. - Eu jamais encostaria um único dedo na Lily. Ela está perfeitamente segura ao meu lado. O Doutor West sorriu de volta. - Eu acredito em você, Leo. Eu só não acredito no demônio dentro de você. O psicopata não perdeu o sangue frio para não assustar ainda a sua enfermeira bonita e gostosa. - Boa sorte, Doutor West, na sua longa e fracassada tentativa de exorcizar o demônio dentro de mim. Cuidado ao mergulhar dentro da mente de um psicopata como me chamam, você pode não encontrar o caminho de volta. - O mal pode e deve ser combatido. Leonardo desdenhou vendo Lily Rose prender os cabelos castanhos escuros e cacheados. Ele quase gritou para ela não fazer aquilo pois gostava deles soltos. Ela não deveria fazer nada sem a sua permissão. Entretanto, ele olhou zombeteiro para o seu médico. - Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. - Eu adoro quando você cita a Bíblia, mesmo estando com pensamentos não apropriados. Leonardo crispou os lábios de forma imperceptível e ganhou um olhar de advertência do Doutor West que disse para Lily: - Ele é todo seu. Quando terminar, vá até a minha sala. Eu tenho que ver um paciente agora. - Sim, senhor. Lily viu o médico sair do quarto, e um monitor uniformizado de azul marinho e pistola de choque, se posicionou na porta. Ela suspirou, abriu o armário embutido de madeira que era pintado de branco, e se erguia do chão de taco de madeira até o teto de gesso branco. Lily pegou a caixa de luvas de látex, o pacote de lenços umedecidos e o pacote de fralda geriátrica tamanho G. Após pegar tudo, colocou em cima da cômoda branca e virou para a cama enquanto colocava as luvas. Ao levar as mãos no cós da calça de moletom de Leonardo, ele ergueu o quadril e olhou com carinho para ela. - O cheiro da minha urina está forte e eu acho que é por causa dos remédios. Tudo bem se você tiver que segurar o meu pênis, puxar a pele do prepúcio e limpar a glande várias vezes. Eu não quero correr o risco de daqui a alguns anos, ter câncer por causa de uma limpeza de má qualidade. Lily forçou um sorriso já vendo a fralda exposta. - Não se preocupe. Eu sou muito boa no que eu faço. Leonardo recostou no travesseiro de fronha branca e fechou os olhos verdes para melhor aproveitar aquele momento. - Eu espero que você seja boa o bastante para saber que eu posso ter uma ereção. Lily puxou as fitas adesivas e retirou a fralda encharcada de urina. Ela ficou cética ao ver o pênis de Leonardo, e teve pressa para jogar a fralda no lixo do banheiro. Ao voltar a se aproximar da cama, pegou alguns lenços e disse: - Com licença. - Não peça. Como minha enfermeira, você tem livre acesso. Eu confio no seu profissionalismo. Lily respirou fundo sentindo o suor brotar nas têmporas. Ela quase soltou um grito quando pegou o pênis mole de Leonardo, e de repente, ele ficou duríssimo na sua mão. Ela deveria ter escolhido os boletos. Sua mão nem fechava em volta daquilo. A enfermeira desprezou o calor repentino que tomou conta dela.Um olhar, uma obsessão?Leonardo achou melhor ficar de olhos fechados enquanto constatava que Lily era uma boa enfermeira. Ela o limpava com firmeza em todas as partes; pênis, testículos, virilhas, e até mandou ele erguer o quadril para passar lenços na sua bunda carnuda, redonda e firme.Apesar de estar adorando toda aquela atenção dispensada a ele, Leonardo não pôde deixar de sentir a humilhação. Ele não deveria estar preso igual a um animal.Até os cinco anos de idade ele era uma criança normal que gostava de fazer coisas de crianças. Ele era o caçula de três irmãos, Lennox era o irmão do meio dois anos mais velho do que Leonardo, e Liam era o mais velho com diferença de cinco anos.Levi Ferrero, o pai deles, era contra o uso de anticoncepcional, fazendo sua mulher ter um filho atrás do outro para ter muitos herdeiros. Antes de Leonardo nascer, a mãe perdeu duas meninas: Lara e Lilith, e também perdeu Lukas. Já fragilizada por tantas gestações seguidas, sua mãe morreu durante o seu
A Irmandade Lennox jogou o celular em cima da cama. Mais uma morte na conta de Leonardo. Com o passar dos anos, ele perdeu as contas de quantas pessoas o irmão mais novo tinha matado, e de quantas vezes ele foi internado para tratar aquele problema de raiva. Eles eram a máfia, mas até para eles havia um limite que não deveria ser ultrapassado. Por exemplo, matar a prima de um rival de tanto fode-la. Depois daquilo, Lennox teve que lidar com a fúria da Família Lucchese. Seu pai vivia deprimido, e ele teve que assumir os negócios da Família Ferrero.Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island, todos os distritos eram da sua família. Ivan Lucchese detinha o controle de toda Los Angeles de leste a oeste, e de norte a sul. As famílias disputavam o controle pelo tráfico de armas e drogas em San Diego, São Francisco, Boston e Miami. Cansado daquilo, Lennox foi para o sacrifício e se casou com Bianca Lucchese. A frágil trégua entre as famílias, se dissipou feito fumaça ao vento quan
Queda Livre Lily olhou para a fachada da casa no Queens, onde ela morou nos últimos dois anos. Diga-se de passagem, os dois piores anos da sua vida. Pandemia, plantões emendados, caos, correria, choro, gritaria, mortes e exaustão. Ela deveria estar muito feliz por estar deixando aquela parte caótica da sua vida para trás, mas não estava. Tinha algo terrível acontecendo, e ela não conseguia decifrar ao certo o que era.Homens armados esvaziavam a casa, um caminhão de mudança estava na frente do imóvel pequeno na periferia de Nova Iorque, e o irmão de Leonardo, falava em italiano e gritava ao telefone. Lily ouviu palavras estranhas como carregamento, cocaína, ópio, AK-47 e suborno. Todas as suas coisas estavam sendo colocadas cuidadosamente no caminhão preto LoneStar da Navistar, e uma BMW preta estava parada na porta da casa, na frente do seu Honda Civic que seria quitado.Assustada com tudo aquilo, Lily ficou parada na calçada, segurando Toddy pela coleira. Assim como ela, ele tamb
A mente de um psicopata Lily se aproximou da cama depois de se instalar, e olhou para a mão direita do seu paciente. Ela iria pensar nele daquela maneira para tornar as coisas mais fáceis para ela. Na sua mente, eles eram enfermeira e paciente. Acima de tudo, ela seria uma profissional.- O que aconteceu? Os olhos verdes se fixaram na camiseta branca que ela usava. Pouco à vontade naquela posição desconfortável, ele passou a língua pelos lábios carnudos e avermelhados.- Eu me soltei.Lily não prestou atenção na resposta. Ela se inclinou sobre a grade e pediu:- Abre a boca.Leonardo passou a língua pelos dentes da frente, ainda sentindo o gosto de sangue. Ele não se preocupou em escovar os dentes enquanto estava fora das algemas. O gosto metálico era agradável ao seu paladar. Ele obedeceu sentindo o calor da proximidade de Lily, e o seu cheiro de hidratante caro.A enfermeira franziu a testa negra e levou a mão direita no queixo do seu paciente, para melhor examinar os seus dentes.
O assassino em mim Lily não desviou os olhos arregalados de Leonardo que estava em pé ao lado da cama. Por mais inacreditável que fosse, Romeo e Dominic estavam algemados na grade, um de cada lado, e parcialmente caídos com ferimentos na cabeça. Apesar de estarem desacordados, era possível ver que eles respiravam entre gemidos de dor.Lily não teve tempo para pensar em se virar e correr igual uma louca. Seu corpo pequeno e magro, foi erguido do chão, ela girou no ar, uma dor forte pressionou o seu peito, e o ar foi arrancado dos seus pulmões. Um grito morreu na sua garganta antes que pudesse sair pelos seus lábios trêmulos, quando ela foi virada por braços fortes, e suas costas se chocaram contra o taco de madeira.Leonardo a prensou entre o chão e o seu corpo. Até então, Lily não tinha tido uma ideia clara e precisa do quanto ele era grande e forte. Ele a segurou pelos pulsos acima da cabeça dela, e afastou as suas coxas roliças com o joelho direito. Para o seu completo horror, Leon
O melhor de mimPara Leonardo, desde que ele perdeu a virgindade aos doze anos, o sexo era algo puramente carnal. Desprovido de qualquer sentimento de benevolência, na sua mente sempre esteve muito claro em que consistia o ato sexual: "Eu vou comer ela e pronto." Simples assim, sem se importar com o prazer da mulher escolhida por ele. Em geral, ele via as mulheres como um animal de cópula que deveria satisfazer as suas necessidades; sem preliminares, sem toques, sem beijos. E na maioria das vezes, ele se excitava ainda mais por ver a mulher com dor e sofrendo no seu pau. Quando elas imploravam para ele parar, ele metia mais fundo com violência, e por fim, as matava enquanto gozava. Aquela merda sim era prazerosa. Ele fodendo, sentindo tesão, gozando e vendo a mulher agonizando embaixo dele. Sempre embaixo. Leonardo nunca permitiu que uma ficasse em cima, porque aquilo o rebaixava a posição de inferior. Ele era o dominador, e em hipótese alguma, deixaria uma mulher ficar por cima
GatilhosLentamente, Leonardo saiu de cima de Lily e a ajudou a se sentar ao lado dele.- Você está bem?Ela assentiu cruzando os braços sobre os seios úmidos pela saliva dele. Meio desajeitado, Leonardo passou a mão na cabeça dela, e o braço em volta dos seus ombros estreitos. Ele ainda estava de pau duro, e imaginou a cama rangendo com a violência do ato. Na sua mente, ele destroçava Lily.- É normal doer na primeira vez.Tímida, ela assentiu novamente.- Eu vou tomar outro banho e trazer o seu café da manhã. Eu tenho que cumprir com as minhas obrigações, e a cozinha não fica aberta o tempo todo. Eu também tenho que ver o Toddy. Eu deixei ele com o Christian que perdeu toda a família para a pandemia. Ele está com depressão.Para Leonardo, sempre foi um grande mistério a forma como as mulheres conseguiam emendar um assunto no outro. Exasperado, ele pegou Lily pelo queixo e se inclinou para beija-la. Ela cerrou os lábios. Ele se afastou e estreitou os olhos verdes com raiva.- Não rej
Ele tem caninos?!Lily fechou os olhos quando suas costas se chocaram contra a porta fechada. Em seguida, ela sentiu a respiração pesada de Leonardo em seu rosto. E se não estivesse ficando mais louca do que ela já era, ela poderia jurar que tinha ouvido um rosnado baixo. Porém, não era o mesmo gemido rouco que Leonardo tinha soltado quando gozou, era algo mais animalesco, igual quando Toddy rosnava. Lily não abriu os olhos.Um soco forte foi dado na porta ao lado do seu rosto. Lily estremeceu. Era uma boa hora para gritar por socorro, porém, ela não queria ter a garganta cortada. Alguma coisa tinha mudado desde o momento que ela deu o café da manhã para Leonardo, e saiu para ir até a farmácia. Ele não parecia estar bravo apenas por ela ter ido atrás de uma pílula, parecia ter algo mais. Como ele só ficou parado, respirando em cima dela sem dizer nada, Lily respirou fundo, abriu os olhos negros e olhou para cima. Os olhos verdes a olharam de volta. Ela perguntou com hesitação:- Você