O melhor de mimPara Leonardo, desde que ele perdeu a virgindade aos doze anos, o sexo era algo puramente carnal. Desprovido de qualquer sentimento de benevolência, na sua mente sempre esteve muito claro em que consistia o ato sexual: "Eu vou comer ela e pronto." Simples assim, sem se importar com o prazer da mulher escolhida por ele. Em geral, ele via as mulheres como um animal de cópula que deveria satisfazer as suas necessidades; sem preliminares, sem toques, sem beijos. E na maioria das vezes, ele se excitava ainda mais por ver a mulher com dor e sofrendo no seu pau. Quando elas imploravam para ele parar, ele metia mais fundo com violência, e por fim, as matava enquanto gozava. Aquela merda sim era prazerosa. Ele fodendo, sentindo tesão, gozando e vendo a mulher agonizando embaixo dele. Sempre embaixo. Leonardo nunca permitiu que uma ficasse em cima, porque aquilo o rebaixava a posição de inferior. Ele era o dominador, e em hipótese alguma, deixaria uma mulher ficar por cima
GatilhosLentamente, Leonardo saiu de cima de Lily e a ajudou a se sentar ao lado dele.- Você está bem?Ela assentiu cruzando os braços sobre os seios úmidos pela saliva dele. Meio desajeitado, Leonardo passou a mão na cabeça dela, e o braço em volta dos seus ombros estreitos. Ele ainda estava de pau duro, e imaginou a cama rangendo com a violência do ato. Na sua mente, ele destroçava Lily.- É normal doer na primeira vez.Tímida, ela assentiu novamente.- Eu vou tomar outro banho e trazer o seu café da manhã. Eu tenho que cumprir com as minhas obrigações, e a cozinha não fica aberta o tempo todo. Eu também tenho que ver o Toddy. Eu deixei ele com o Christian que perdeu toda a família para a pandemia. Ele está com depressão.Para Leonardo, sempre foi um grande mistério a forma como as mulheres conseguiam emendar um assunto no outro. Exasperado, ele pegou Lily pelo queixo e se inclinou para beija-la. Ela cerrou os lábios. Ele se afastou e estreitou os olhos verdes com raiva.- Não rej
Ele tem caninos?!Lily fechou os olhos quando suas costas se chocaram contra a porta fechada. Em seguida, ela sentiu a respiração pesada de Leonardo em seu rosto. E se não estivesse ficando mais louca do que ela já era, ela poderia jurar que tinha ouvido um rosnado baixo. Porém, não era o mesmo gemido rouco que Leonardo tinha soltado quando gozou, era algo mais animalesco, igual quando Toddy rosnava. Lily não abriu os olhos.Um soco forte foi dado na porta ao lado do seu rosto. Lily estremeceu. Era uma boa hora para gritar por socorro, porém, ela não queria ter a garganta cortada. Alguma coisa tinha mudado desde o momento que ela deu o café da manhã para Leonardo, e saiu para ir até a farmácia. Ele não parecia estar bravo apenas por ela ter ido atrás de uma pílula, parecia ter algo mais. Como ele só ficou parado, respirando em cima dela sem dizer nada, Lily respirou fundo, abriu os olhos negros e olhou para cima. Os olhos verdes a olharam de volta. Ela perguntou com hesitação:- Você
Em FamíliaLily acordou com o rosto em alguma coisa firme e quente. Ela abriu os olhos e viu que já era dia. Os primeiros raios de sol da manhã, entravam pela janela com grades de ferro. Naquela região não era muito comum ter dias ensolarados, e por isso, ela ficou feliz por aquela dádiva. A enfermeira revirou os olhos negros. Em algum momento durante a noite, Leonardo a tirou da cama dela, e a levou para a cama dele. Não satisfeito, colocou a sua cabeça no peito dele, e passou braços e pernas em volta dela.O corpo dele estava quente igual a uma fornalha e Lily respirou fundo. Ela tinha plena consciência do quão errada estava sendo como enfermeira. Ao ir para a Clínica Hope, não estava em seus planos se envolver com o seu paciente. Porém, a culpa não era dela se Leonardo ficou obcecado, e ela também não tinha culpa se ele era um cara lindo e gostoso. Lennox cumpriu a palavra e Lily teve todas as suas dívidas pagas. Assim, em um piscar de olhos, ela não teria que trabalhar igual uma
Dois meses antes...Após uma rápida passagem por outro hospital psiquiátrico na Califórnia, Leonardo voltou para casa sob o efeito de sedativos. Ele preferia ter ido para a fazenda da família, mas Lennox insistiu para ele ficar em casa, e tentar uma reaproximação com o pai. Leonardo não deu o primeiro passo, e Levi tampouco. Eles eram estranhos vivendo debaixo do mesmo teto. Os laços de pai e filho haviam sido quebrados há muito tempo, ou melhor, eles nunca existiram de fato. Para Levi, Leonardo nunca deveria ter nascido. O médico não deveria ter sacrificado a sua esposa, para trazer ao mundo uma criança que ele nunca poderia amar. Para Leonardo, toda a sua vida era um grande e grotesco acidente de percurso. Diagnosticado com vários transtornos mentais aos cinco anos de idade, ele nada mais era do que um erro. Aos 28 anos, ele não tinha controle algum sobre os seus instintos. Era difícil até pensar com clareza com os psiquiatras sempre o dopando, algemando, e o tratando como um ra
Aviso: Para quem não está sabendo, Leonardo tem TOC, distúrbio de personalidade e psicopatia. Ou seja, ele não é bonzinho, docinho e fofinho. Ele faz o que quer, com quem quiser, na hora que ele quiser e sem arrependimentos. O livro é um romance DARK. Com exceção da ortografia decente que eu faço questão de entregar para vocês, não esperem um vilão incompatível com os transtornos mentais dele.Lobo Solitário Lily pegou as malas e saiu jogando tudo dentro. Tanto as roupas do armário, quanto os seus produtos de higiene pessoal que estavam na pia do banheiro. Ele não demorou a aparecer. A porta foi fechada sem um ruído. Com uma expressão sombria, ele enrolou a coleira de Toddy nas mãos, e testou a resistência. A mala caiu no chão com um baque, algo jogado dentro sem o menor cuidado, se quebrou. Um cheiro suave de perfume impregnou o ambiente.Lily ofegou. Ao soltar a respiração, ela gaguejou com o coração batendo forte na garganta:- Cadê... o... Toddy?Ele se aproximou lentamente, e
Ivan LuccheseO Anjo Da MorteLeonardo achou estranho Lennox não entrar para ver Bianca, e descobriu o porquê ao entrar no banco de trás da terceira BMW preta do comboio de seis carros blindados. A quantidade de veículos e seguranças, já era um indicativo de que tinha algo errado.O irmão estava com vários hematomas avermelhados no rosto.- O que foi isso?- Nosso pai permitiu o assassinato do Ivan. Porém, ele disse que é por motivo banal, e apesar de eu ter escolhido o caminho dos fortes, talvez eu não consiga trilha-lo. Leonardo acendeu um cigarro. Ele não tinha o hábito de fumar, mas às vezes, gostava para relaxar. Ficar longe de Lily por vários dias não o agradava. Ainda mais, por ela estar chateada com ele. Ele também não estava feliz com a irritação sem fundamento dela. Seu passado nem deveria ser assunto de pauta entre eles. Bianca, assim como o filho bastardo, eram insignificantes. Por ele, aquela criança nem conheceria a luz do dia.- E você ter me tirado da clínica para r
Eu sou a lei Vestindo preto da cabeça aos pés, e um capuz da mesma cor, Leonardo escalou um dos muitos muros altos da propriedade de Ivan no Central Park. Ele caiu em pé do lado de dentro, rolou na grama e se escondeu atrás do tronco de um majestoso carvalho. Ao todo, dez seguranças montavam vigia. Leonardo sabia com precisão onde ficavam as câmeras de segurança e os sensores de calor e movimento. Ivan confiava na equipe do lado de fora, e não gostava de ter seguranças dentro da mansão, para não tirar a privacidade da família.Com a planta da casa aberta no laptop, Lennox avisou:- Ele está indo para o escritório.Leonardo grunhiu com a voz rouca do irmão no fone de ouvido. Por ter a audição aguçada, ele chegou a sentir uma onda de choque o percorrer. Uma olhada para a janela do escritório, e outra para os seguranças cansados às 23:45h, e ele pulou até o parapeito da janela, ágil igual a um felino. O DNA de lobo em suas veias, tinha lá as suas vantagens.- Nada de excentricidades.