Um forte lampejo saiu da Curva de Nótus que o homem segurava.
-Vocês realmente acham que vão conseguir pegar minha curva com magia? Jovens insolentes.
Jules olhou para Damien com um olhar de cumplicidade. Nesse momento o jovem Forst percebeu que o plano havia saído dentro do esperado. Agora faltava apenas um único objeto, e infelizmente o inimigo já estava de sua posse.
Não havia alternativa que não fosse lutar pela terceira e última parte do Panthagron. Damien já estava se preparando para avançar contra Sebastièn Bouloud quando ouve gritos atrás dele.
A mulher trazia com ela as duas meninas amarradas magicamente.
-Agora que tenho sua atenção de verdade, pequeno Zabareth... poderia me fazer o favor
Uma lágrima solitária e silenciosa rolou na face de Richard enquanto Damien chorava pelo que acontecera a sua irmã. Tanto pai quanto filho não conseguiam imaginar o que teria acontecido com Elizabeth. Aquilo era efetivamente um portal, mas um portal para onde? E qual seria o motivo para ser tão fortemente protegido? -Dammyen...--Kwary agora falava com certa dificuldade. Damien olhou para o minotauro e o ajudou a chegar até a parede mais próxima. -Não fale nada, mestre Kwary.--A voz de Damien mesmo estando chorosa era carregada de rancor. Sentiu uma leve coceira novamente na parte de trás do pescoço. Virou-se na direção onde estavam seu pai e o homem responsável por tudo aquilo. O rancor só aumentava. -Dam!--Jules falou engasgando. Os ve
Se não fossem pelas lágrimas que quase o cegavam, podiam jurar que Damien estava em estado de catatonia. Ele não esboçava reação alguma, desta vez era acompanhado por Adam, que já sentia os laços de família apertarem, tinha Elizabeth como irmã, assim como Richard como pai. Damien estava sentado na escada parcialmente destruída, olhando fixamente para a esfera de Gaia flutuante majestosa em seu pedestal. Nathalie, Katherine e Jules mantiveram uma certa distância, e Edgard parecia um leão enjaulado, andava de um lado para o outro agoniado com alguma coisa que preferia não externar. As paredes em ruínas do círculo central começaram a tremer e se desfazer. Os cinco ficaram olhando em volta, parecia que o labirinto estava ganhando vida novamente.
-Já chega! Nossos caminhos se separam aqui.--declarou Edgard com a voz sombria, após o café da manhã. Abriu um portal.--Boa sorte para vocês. -Onde você vai?--perguntou Adam sem emoção. -Me desculpem, mas... Elizabeth e Sebastièn ou Ollyander, qualquer que seja o nome dele, já foram pra conta. Falta apenas um, e esse é meu. -Malthor?!--Jules parecia incrédulo.--O que o faz pensar que pode derrotá-lo? -Isso não é da conta de vocês. Tenho meus planos...--Edgard vacilou.--Até mais. Foi a última coisa que falou antes de cruzar o portal e este se fechar. -Idiota.--sussurrou Jules.--O que faremos agora, Damien? Damien olhou
Título original: Damien Forst e o Labirinto do Mino-Rei Livro 2 1ª Edição Copyright do texto © 2010, 2021 Alex Mello. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito do autor. Fotos da capa: Richard Gatley em unsplash.com Square photo por bearfotos em freepik.com Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ------------------------- M527d Mello, Alex, 1977 – Damien Forst e o Labirinto do Mino-Rei / Alex Mello. – 1. ed. Rio das Ostras, RJ: Buenovela, 2021.  
O sol com o rosto de meu pai começava a intensificar seu brilho enquanto a lua que lembrava minha mãe diminuía sua luz. Estava amanhecendo naquele lugar espetacular. Albeon permanecia sentado ao meu lado completamente mudo e eu não sabia dizer se o preferia falando suas frases enigmáticas ou em silêncio. Me dava angústia. A calma dele começava a me incomodar, minha sensação era de que estava perdendo meu tempo ali. Que tinha que me levantar e voltar... mas voltar para onde? Nem sei como fui parar ali. O jeito era ficar quieto e esperar que ele me conduzisse à algum lugar ou falasse algo. Me levantei, olhando diretamente para o sol que sorria para mim. “Quer dar uma volta, pequeno Dammyen?”
Damien fora o último a cruzar o portal que apenas ele sabia onde daria, a luz do outro lado era fraca, mas o brilho do portal fez com que demorasse a focar as coisas à sua volta. Aos poucos sua visão foi voltando ao normal, notou quatro vultos próximos, enquanto o portal se desfazia. -São vocês? -Sim, Damien, fique tranqüilo, não há ninguém por perto.--reconheceu a voz de Jules. Os cinco olhavam para todos os lados, mas não era apenas pelo fato de estarem preocupados com sua própria segurança, mas porque nada daquilo era familiar, coisas novas se apresentavam à sua frente: uma infinidade de seres de vários tamanhos, cores, e plantas que jamais conseguiam ver antes do despertar de suas Visões. A
Do outro lado do portal, o que viram foi uma visão que unia o passado, as ruínas do Parthenon, e uma construção com aspectos futuristas e mágicos ao mesmo tempo. O complexo do Conselho das Eras era ainda mais belo e imponente que na foto ou nas gravuras que conheciam. Eles estavam de frente para a Amm Them, a torre sul -- a menor das cinco, tinha a altura de um prédio de vinte andares. Amm Thekra e Amm Thax, as torres que ficavam à direita (oeste) e à esquerda (leste) eram maiores que a anterior e tinham ambas trinta andares. No meio do terreno havia a maior de todas as torres, Adythemynnyn, o Conselho das Eras e todos os seus impressionantes cento e trinta andares e um disco giratório gigantesco que cobria quase todo o terreno, girando incessantemente emitindo luz e melodias suaves e maravilhosa
Uma boa noite de sono seria tudo o que Damien gostaria de ter tido, contudo a ansiedade pelo que estava por vir. James era mestre em colocar “pulgas atrás da orelha” das pessoas, especialmente dos netos. -Maldade o que você fez com ele, James.--falou Virginia com leve tom de autoridade. -Bom dia, vovó.--falou Damien em meio à bocejos. -E então, conseguiu descansar?--perguntou o avô cheio de ironia. Sua esposa limitou-se a lançar-lhe um olhar congelante. -Você foi mal, hein?--brincou Damien.--consegui tirar, no máximo, um cochilo. -Enquanto toma seu café, vou chamar Xavier.--Ele passou pelo neto bagunçando ainda mais os cabelos dele.--desculpe... não resisti. -E