Damien fora o último a cruzar o portal que apenas ele sabia onde daria, a luz do outro lado era fraca, mas o brilho do portal fez com que demorasse a focar as coisas à sua volta.
Aos poucos sua visão foi voltando ao normal, notou quatro vultos próximos, enquanto o portal se desfazia.
-São vocês?
-Sim, Damien, fique tranqüilo, não há ninguém por perto.--reconheceu a voz de Jules.
Os cinco olhavam para todos os lados, mas não era apenas pelo fato de estarem preocupados com sua própria segurança, mas porque nada daquilo era familiar, coisas novas se apresentavam à sua frente: uma infinidade de seres de vários tamanhos, cores, e plantas que jamais conseguiam ver antes do despertar de suas Visões.
A Visão é a capacidade que os difere dos humanos comuns, através dela, os magos podem ver o passado, o presente e o futuro também e o principal, permitia que eles fizessem uso de poderes que vão além da compreensão humana, alguns magos são tão poderosos que vivem isolados de tudo e de todos para evitar uma catástrofe, ao menos aqueles que são consciente de fazem parte de um mundo onde todos merecem viver.
Damien mal conseguiu reconhecer a praça, pois estava completamente diferente daquela que costumava viver.
“E pensar que foi aqui que tudo começou.”--lamentou-se mentalmente.--Wyreth pard tharza (pronuncia-se: virréf párrd fárza -- tradução: Estou em casa.)--murmurou.
-Damien, onde estamos exatamente?--perguntou Nathalie.
-Os pais dele têm um apartamento aqui...--Kate parecia estar receosa.--Mas... onde está o seu prédio, Dam?
O jovem instintivamente olhou na direção onde supostamente estaria sua casa, mas da posição onde estavam não conseguiam ver nada além de uma casa velha, com uma grade muito alta, onde as barras lembravam lanças medievais. Ele correu na direção do local, e foi acompanhado pelos outros. Tinha certeza que haveria de estar ali o local onde passou a maior parte da sua vida, não era possível que em pouco mais de um ano tudo estaria tão diferente, e com uma casa de aspecto ancião no lugar de um luxuoso prédio de classe média-alta da sociedade londrina.
-Como?! Não é possível?--Ele percebeu imediatamente que havia alguma coisa errada. “ É impossível isso!?”--Acho que já sei o que houve...
Ele tentou encostar as mãos nas barras, mas estas tremularam como se fossem feitas de uma substância etérea, e então passou completamente para o outro lado, desaparecendo por completo, deixando à vista dos outros somente o quintal da casa como se não houvesse ninguém.
-Dam?!-chamou Adam desconfiado.
-Podem entrar, é seguro.--gritou ele do outro lado, mas seus amigos ouviram como se fosse um mero sussurro. Adam encostou a mão nas barras e estas pareciam bem reais.
-Não dá.--falou de volta.--acho que vamos precisar de você para poder passar.
Damien estendeu a mão através da ilusão, Adam a segurou e então foi puxado para dentro. Repetiu isso até que todos estivessem do outro lado.
-Sejam bem vindos.--sorriu.
-Será que...?
-Acho que vamos descobrir o motivo assim que entrarmos no apartamento, Kate.--falou Damien interrompendo sua amiga.
-Está na cara que alguém quis proteger sua casa.--concluiu Adam.
Era tarde da noite, se não fossem as luzes da praça estaria tudo em uma completa escuridão, todos em Bloomsbury Square estavam dormindo. E mesmo se tivesse alguém na rua, não veria nada de qualquer forma.
-Feitiços ilusórios... paredes camufladas... um mago muito poderoso fez isso.--concluiu Jules.
O saguão do prédio era luxuoso, as luzes encontravam-se acesas, mas a portaria estava visivelmente abandonada fazia tempos, tinha uma grossa camada de poeira na mesa do porteiro e no chão.
-Isso sem mencionar que para conseguir fazer isso, alguém teve que comprar todos os apartamentos do prédio, não é?--falou a jovem de cabelos loiros muito claros, nem tão compridos como os da outra menina, mas tinha o corpo mais atlético que a outra, embora fosse também mais magra.
-Bem, ao que parece, a família dele tem posses, Nathy.--respondeu Adam.--vamos subir?
Entraram no elevador e Damien apertou junto com Kate o número 3. Ambos ficaram vermelhos. Jules fingiu que não viu, Adam fingiu tossir e Nathy nem se deu ao trabalho de fingir nada, permaneceu impassível.
O elevador era muito antigo, as grades douradas e foscas pela falta de limpeza demoraram a fechar num rangido estridente e então subiu lentamente fazendo um ruído característico de nítida falta de lubrificação nas engrenagens e juntas.
O coração de Damien batia na garganta e tão forte que podia jurar que os outros estavam ouvindo.
Quando o elevador finalmente parou no terceiro andar e as portas abriram uma passagem suficiente para que ele passasse, foi em disparada ao apartamento 3A.
A porta era branca e alta, e de cada lado havia um vaso de plantas, uma das muitas paixões de sua mãe. Levantou o vaso da esquerda e pegou a chave reserva. Enfiou na fechadura, e girou. A porta destravou.
Ficou imóvel por um instante.
-Vamos logo com isso, Damien... todos nós estamos cansados e precisando urgentemente ficar em um lugar mais tranqüilo depois desse tempo todo...--Nathy continuou a reclamar, mas o jovem Forst parecia não escutar nada que não fossem as batidas do seu coração.
Sua mão tremia.
Estava com receio do que pudesse encontrar do outro lado. Adam se adiantou, segurou a mão do amigo que estava girando a chave. Damien então saindo do transe de pavor olhou para o amigo.
-Quer que eu abra?
-Não... não precisa.--disse isso empurrando a porta que se escancarou e revelou uma quantidade de móveis cobertos por lençóis brancos.
Damien engoliu a seco. Entrou em casa pela primeira vez desde o incidente de seu seqüestro por um grupo que se auto-intitulava moderxyre, o grupo da morte. Possivelmente o mesmo grupo responsável pela morte de sua mãe, como ele acreditava.
-Entrem.
Kate puxou Nathy para o banheiro, ambas estavam apertadas para fazer uso do mesmo. Jules e Adam caminharam para a varanda enquanto Damien caía sobre seus joelhos recebendo uma enxurrada de lembranças em sua mente.
A comemoração da aposentadoria de seu pai, a praça, o tiroteio, a morte de Adriana, o enterro, a viagem para os Estados Unidos, a caixa vermelha com inscrições, o envelope com a foto, até a aposta com Elizabeth já no barco de seu avô. Todas as suas recordações invadiram sua mente como um tsunami varrendo tudo pela frente com uma violência tremenda.
A respiração dele estava irregular, puxava mais ar do que soltava, estava a ponto de sufocar.
Adam e Jules voltaram até Damien, lágrimas rolavam em sua face, uma mistura de choro e riso chamou a atenção de todos, ele estava completamente descontrolado.
-Cara! Você está me assustando!--falou Adam. Ele e Jules ajudaram o jovem Forst a se levantar e o colocaram sentado numa das poltronas da sala. Depois Jules correu para fechar a porta e depois foi até a cozinha pegar um copo d’água para o amigo.
-Tome, Damien, beba e respire fundo, amigo.
-Finalmente... me lembro de tudo.--contava todos os detalhes de tudo que passou por sua mente.—quando meu pai finalmente ia nos contar sobre o que estava acontecendo conosco uma névoa estranha entrou no barco e depois disso só me lembro de estar no Instituto.
-É... apesar de arriscado, você tem que admitir, Jules... foi a melhor coisa que fizemos ter vindo pra cá. Se existia alguma coisa bloqueando a mente de Damien, foi desfeito.
-É verdade.--concordou cabisbaixo.
-Mas e agora?--falou Nathy voltando para a sala.
-Vamos descansar, comer alguma coisa decente. Amanhã dou uma olhada nas coisas para ver se encontro algo que possa nos dar alguma dica. Mesmo estando cercado dessas proteções, não me sinto muito seguro aqui.--comunicou Damien.--pessoal... por favor, fiquem à vontade! E tirem esses panos dos móveis enquanto eu vejo se tem alguma coisa na despensa.
Enquanto os outros faziam o que Damien havia pedido, ele aproveitou para ver seu velho quarto antes de prosseguir para a despensa.
Ver aquelas paredes azuis com detalhes brancos, os armários, sua cama, seu computador, alguns de seus brinquedos de infância expostos, a janela que dava para o pátio interno do prédio. Seu coração parecia que ia sair pela boca. Passou a mão pela mesa onde normalmente apoiava sua mochila ao chegar em casa.
Por sorte puderam comer alguma coisa, havia comida na despensa, como se alguém tivesse certeza de que um dos Forst pudesse aparecer de repente. “Nunca se sabe...” diria sua mãe, essa lembrança o fez sentir uma saudade avassaladora de todos da sua família.
-Bem... Kate fica no quarto de Liz. Adam fica no meu quarto, e Jules e Nathy cada um em um quarto de hóspedes. Eu vou ficar no quarto dos meus pais no final do corredor. Acho que todos nós estamos precisando dormir, não é?
-Nem me fala. Estou me sentindo um morto-vivo. Ainda por cima depois de comer feito uma draga.--comentou Adam.
-As minhas roupas devem dar em vocês... e, é claro, que vocês duas podem ver se tem algo da minha irmã que possa servir. Amanhã vamos decidir o que fazer e partiremos o quanto antes.--todos concordaram.--Bem, vou me deitar, se quiserem ficar mais tempo por aí não tem problema.
O semblante de Damien era de algo além do cansaço, ele estava esgotado fisicamente e mentalmente. Entrou no quarto de seus pais, arrumou a cama para dormir e se dirigiu ao banheiro, nem se deu ao trabalho de tirar a roupa, entrou no chuveiro do jeito que estava e aos poucos foi tirando aquela roupa toda suja e rasgada.
Ao sair do banho olhou-se no espelho.
-Nossa! Como estou diferente. Me sinto diferente.--falou baixinho.
Estava com seus dezessete anos, pouca coisa mais alto que no ano anterior, seus cabelos agora estavam compridos na altura das costas, seus belíssimos olhos verde-esmeralda transmitiam cansaço. Olhava para seu corpo, com a toalha enrolada na cintura, estava mais forte, muito mais forte e com algumas cicatrizes e uns poucos machucados, mas nada que estragasse sua bela constituição.
Dirigiu-se ao quarto e pegou o aparelho telefônico na mesa de cabeceira de seu pai. O que mais queria fazer que era ligar para o celular de seu pai ou de seus avós, mas não conseguiu, dentro dele sentia que não era o momento. Deitou-se na cama de seus pais e simplesmente apagou.
Para variar, o jovem Forst havia se esquecido de fechar as cortinas, foi acordado com os primeiros raios de sol refletidos no espelho do armário do quarto.
“Como será que estaríamos se não tivesse acontecido isso tudo? Será que papai teria conseguido nos contar? Por quê será que ele tinha tanto receio em revelar isso para nós?”--pensava enquanto lavava o rosto.--“Acho que terei que encontrá-lo primeiro para ter essas respostas... não vai adiantar nada ficar aqui imaginando uma infinidade de possibilidades.”
Depois de lavar o rosto e dar um jeito no cabelo com as mãos, caminhou até o armário dos pais, retirou duas gavetas e no fundo estava o cofre do pai. Ele e sua irmã sempre souberam a senha do cofre no caso de haver uma emergência, Adriana e Richard depositavam total confiança nos filhos. Digitou o código secreto de seu pai no teclado numérico, ouviu a tranca magnética destravar a portinhola.
Olhou dentro do compartimento, verificou a quantidade de dinheiro disponível, pegou metade e ao devolver o restante notou que havia uma foto.
Era uma foto de um lugar que ele ainda não tinha visitado, mas que já tinha ouvido falar e visto gravuras durante as semanas que ficou no castelo de seu pentavô, Anthonymws Zabareth [pronuncia-se: Anfonímus Zabarréf], sendo treinado por diversos mestres.
O Conselho das Eras. O complexo formado por cinco torres sendo a torre central muito mais alta que as outras e decorada com um disco flutuante e giratório. Cada uma das torres ficava na direção de um ponto cardeal, pontos estes que davam seus nomes.
“É para lá que vamos.”--concluiu Damien. Ele virou a foto e viu que havia um recado especificamente para ele.
-Dammyen, mynarst jot awan Addryon Zabareth. [pronúncia: Damíen, minárrst jót ávan Adrríon Zabarréf.] Damien, procure pelo Conselheiro Addryon Zabareth... é a letra de meu pai.--concluiu.
-Meio óbvio, não?--Jules concluiu, depois de Damien revelar que achava que era algum parente seu.--Afinal de contas tem o nome mágico da sua família: Zabareth.
-Então vamos para o Conselho das Eras. Como?--perguntou Nathy.
-Ora... vocês acham que seria como? Abrindo um portal, não é?--falou Adam.
-Mas podemos acabar aparecendo no meio de um lugar que não existe mais.--falou Kate.
-A gente já abriu um portal se baseando apenas em imagens, não seria um risco diferente do que já corremos antes.--explicou Jules.
-É o melhor método de se viajar no nosso caso, sem ter que enfrentar aeroporto e acabarmos sendo abordados nesse meio tempo.--falou Damien.--Acho que não temos mais o que fazer por aqui, já estão com suas coisas prontas?
As meninas pegaram algumas mudas de roupas no armário de Elizabeth, não sem antes deixar um bilhete, colocaram em duas mochilas. Os outros dois rapazes já tinham deixado tudo pronto no dia anterior, mais pela insistência de Jules que estava sempre um passo à frente, já que Adam provara ser mais displicente em diversas ocasiões. E em poucos minutos estavam todos na sala. Saíram pela porta de entrada, Damien devolveu a chave para o local de origem alegando que sua irmã podia aparecer também. E como não tinham como serem descobertos por ninguém ali e evocou o portal.
-Gelt egearst! [pronúncia: gélt egueárst - tradução: portal abra!]--O jovem pronunciou o encantamento fazendo a já conhecida névoa cintilante saindo da palma de sua mão desenhando um turbilhão, formando um portal azul. Em sua mente visualizava a foto que tinha deixado dentro do cofre, pensando em uma possível visita de Elizabeth, aproveitou para deixar um bilhete para quem chegasse avisando que já havia passado por ali e que estava se dirigindo para o Conselho das Eras.
Do outro lado do portal, o que viram foi uma visão que unia o passado, as ruínas do Parthenon, e uma construção com aspectos futuristas e mágicos ao mesmo tempo. O complexo do Conselho das Eras era ainda mais belo e imponente que na foto ou nas gravuras que conheciam. Eles estavam de frente para a Amm Them, a torre sul -- a menor das cinco, tinha a altura de um prédio de vinte andares. Amm Thekra e Amm Thax, as torres que ficavam à direita (oeste) e à esquerda (leste) eram maiores que a anterior e tinham ambas trinta andares. No meio do terreno havia a maior de todas as torres, Adythemynnyn, o Conselho das Eras e todos os seus impressionantes cento e trinta andares e um disco giratório gigantesco que cobria quase todo o terreno, girando incessantemente emitindo luz e melodias suaves e maravilhosa
Uma boa noite de sono seria tudo o que Damien gostaria de ter tido, contudo a ansiedade pelo que estava por vir. James era mestre em colocar “pulgas atrás da orelha” das pessoas, especialmente dos netos. -Maldade o que você fez com ele, James.--falou Virginia com leve tom de autoridade. -Bom dia, vovó.--falou Damien em meio à bocejos. -E então, conseguiu descansar?--perguntou o avô cheio de ironia. Sua esposa limitou-se a lançar-lhe um olhar congelante. -Você foi mal, hein?--brincou Damien.--consegui tirar, no máximo, um cochilo. -Enquanto toma seu café, vou chamar Xavier.--Ele passou pelo neto bagunçando ainda mais os cabelos dele.--desculpe... não resisti. -E
Estavam com um dia de atraso pelas intenções de Damien, o que dava mais tempo para os avós dele passarem mais tempo ao seu lado. Adam pedia o tempo todo para que não fossem antes que ele concluísse o que estava fazendo. -Espera só mais um instante.--falou Adam.--Falta muito pouco, se eu parar agora posso perder essa poção. O longo copo onde preparava a poção estava com um liquido de cor alaranjada que se revolvia sozinho dentro do recipiente. -Você falou isso há mais de duas horas atrás. Eu já queria ter ido ontem!--reclamou Damien. -Eu sei que não vou poder terminar a poção, mas não posso parar nesse ponto ou vou ter que fazer tudo de novo. Virginia e James vinham da cozi
Dava para notar no semblante de Damien que quanto mais próximo de seu destino, mas excitado ele ficava. Queria correr como um alucinado o caminho todo até chegar em seu primeiro mestre. “Será que meus pais sentiram a mesma coisa?”--pensava.--“Talvez meu pai, minha mãe não faz o perfil ansiosa...” Foi então que começou a bater a saudade de seus pais. Sentia tanta vontade de abraçar seu pai, de perguntar uma série de coisas, de saber se as coisas que ele tinha feito eram realmente extraordinárias ou qualquer outro mago iniciante seria capaz de fazer o mesmo. Estava perdido em pensamentos, calado enquanto andavam apressadamente pelo caminho luminoso. Ali no alto do monte a floresta não era muito diferente da que estava na base, ainda era fechada, mas
O chá que Erdo preparou para Damien fez o efeito desejado, ele dormiu bem a noite inteira e conseguiu descansar completamente, recuperando-se do treinamento. Ao acordar foi para o lado de fora da casa procurando pelo mestre. Caminhou até a área onde estavam os aparelhos de ginástica, ficou parado contemplando e relembrando tudo o que tinha feito ali, sentiu-se orgulhoso de seu aprendizado. “Se tivesse que escolher novamente, queria que fosse exatamente da mesma maneira.”--e tentou imaginar como seria estar no Conselho das Eras aprendendo a ser um lutador. -Teria sido completamente sem graça, não acha? É fácil ler suas reações, pequeno. Se bem que acho que é essa sensação que todos os magos peregrinos sentem ao passar pelo primeiro mestre.--falou
Louis Montgomery se perguntava, andando de um lado para o outro em seu escritório, como estaria seu filho, depois da falha grave cometida por ele no episódio da fuga de Damien Forst, ele temia pela segurança do único ser que importava para ele. Fazia meses que Sebastièn Bouloud não retornava ao Instituto e isso não podia ser considerado um bom sinal. Nem mesmo os capangas de seu superior, em especial Malthor era visto. Ele tinha a esperança de estar em segurança no fato de estar quase triplicando a entrega de jovens magos despertos para os atuais responsáveis pelos Moderxyres, e isso estivesse aplacando a ira de seu superior. Era fácil depois do incidente, ver grupos de mais de cinco jovens serem enviados para os andares superiores para serem treinados pelo grupo de assassinos profissionais.&nb
O jovem Forst estava calçando as luvas novamente. Estavam se preparando para deixar Eagdamm mais uma vez, já tinham cumprido o que tinham a fazer ali. E à pedido do próprio Erdo prolongaram sua estada por mais de uma semana, sem a menor necessidade. Damien caminhava com Kate pelos jardins do lado de fora da casa de seu mestre. -Ele se sente muito só. Deve ser horrível viver isolado aqui no meio do nada.--Kate demonstrava muita compaixão pelos pedidos do minotauro de ficaram mais um dia, e assim foram permanecendo e permanecendo. -Eu sei, mas não podemos mais ficar. Quanto tempo mais ficamos aqui, mais difícil vai ser encontrar minha irmã ou meu pai. -Entendo... e você já sonhou com o próximo mestre?&n
Mesmo com Isabel no colo, Damien abriu o portal e cada um de seus amigos passaram para o outro lado. Ele passou, mas uma mão o puxou de volta pelo portal, ele largou a Srta. Sullivan e o portal então se fechou. -DAMIEN!--gritou Kate. Ela tentou abrir um portal para voltar, mas não conseguiu. -O feitiço protetor...--falou Nathy.--só dá para abrir um portal para sair de lá, para voltar não. -Podemos abrir um portal próximo, em Eagdamm. -Tomara que Damien agüente até lá, seja lá o que tenha acontecido. Vocês três fiquem.--falou Adam.--Levem a Srta. Sullivan para os avós de Damien, eu vou voltar. -Sozinho?--perguntou Nathy.