“A manticora vive em bandos... será que vou ter que enfrentar outras? Espero que tenha sido um macho que enfrentei, senão terei problemas.”--lembrava das aulas no castelo com o mestre Yann.
Damien ainda estava cansado pela batalha com a besta secular. Levantou-se esgueirando pela parede de galhos e folhas, um largo corredor acompanhava o segundo círculo do labirinto. Caminhou por ele durante alguns minutos, mas percebeu que não havia nenhuma abertura, nem para voltar e nem para seguir adiante.
A tempestade de areia parecia estar contida numa espécie de barreira invisível, pois não ultrapassava os limites do corredor. Era tão forte que formava um paredão bem compacto.
-Acho que vou ter que encarar a tempestade.--pensou em voz alta.
Aproximou-se da tempestade e
O jovem Edgard Montgomery decidiu que o melhor era ir na frente, não porque precisasse da última parte do Panthagron, ou para ajudar Damien e os outros. Seu único objetivo era surpreender os moderxyre e vingar o assassinato de seu pai. Para ele a pessoa responsável era Elizabeth Forst, mas ele desconhecia que ela não tinha qualquer intenção de matar Louis, e que na verdade ele tinha sido morto por Sebastièn Bouloud. Ele queria matar na verdade três dos moderxyre, o líder, a irmã de Damien e o general do exército: Malthor. E estava usando a última parte do tão cobiçado objeto como isca para atraí-los. Edgard tinha o plano ideal para isso, e se tudo corresse bem, não precisaria sequer fazer uso de magia. Deixaria o trabalho sujo para o guardião da esfera de Gaia. Tudo o que
Era um novo corredor. Desta vez sem qualquer tipo de truque ou armadilha. O labirinto parecia estar resignado naquele momento, era a sensação que todos tinham naquele momento. O caminho descrevia uma quarta etapa como tendo uma forma oval. A parede era toda de pedra, quase tão bela quanto mármore, e apesar da aparência rudimentar estava impecavelmente limpa e lustrosa. O caminho todo era coberto por uma grama macia e próximo das paredes haviam uma infinidade de plantas e até mesmo alguns pássaros. Kate e Nathy ficaram encantadas com umas criaturinhas que não tinham visto ainda. Pareciam borboletas, mas suas asas eram formadas por veios coloridos e uma espécie de fumaça da mesma cor. Tinham o tamanho da palma de suas mãos e voavam tão graciosamente que não
Um forte lampejo saiu da Curva de Nótus que o homem segurava. -Vocês realmente acham que vão conseguir pegar minha curva com magia? Jovens insolentes. Jules olhou para Damien com um olhar de cumplicidade. Nesse momento o jovem Forst percebeu que o plano havia saído dentro do esperado. Agora faltava apenas um único objeto, e infelizmente o inimigo já estava de sua posse. Não havia alternativa que não fosse lutar pela terceira e última parte do Panthagron. Damien já estava se preparando para avançar contra Sebastièn Bouloud quando ouve gritos atrás dele. A mulher trazia com ela as duas meninas amarradas magicamente. -Agora que tenho sua atenção de verdade, pequeno Zabareth... poderia me fazer o favor
Uma lágrima solitária e silenciosa rolou na face de Richard enquanto Damien chorava pelo que acontecera a sua irmã. Tanto pai quanto filho não conseguiam imaginar o que teria acontecido com Elizabeth. Aquilo era efetivamente um portal, mas um portal para onde? E qual seria o motivo para ser tão fortemente protegido? -Dammyen...--Kwary agora falava com certa dificuldade. Damien olhou para o minotauro e o ajudou a chegar até a parede mais próxima. -Não fale nada, mestre Kwary.--A voz de Damien mesmo estando chorosa era carregada de rancor. Sentiu uma leve coceira novamente na parte de trás do pescoço. Virou-se na direção onde estavam seu pai e o homem responsável por tudo aquilo. O rancor só aumentava. -Dam!--Jules falou engasgando. Os ve
-Já chega! Nossos caminhos se separam aqui.--declarou Edgard com a voz sombria, após o café da manhã. Abriu um portal.--Boa sorte para vocês. -Onde você vai?--perguntou Adam sem emoção. -Me desculpem, mas... Elizabeth e Sebastièn ou Ollyander, qualquer que seja o nome dele, já foram pra conta. Falta apenas um, e esse é meu. -Malthor?!--Jules parecia incrédulo.--O que o faz pensar que pode derrotá-lo? -Isso não é da conta de vocês. Tenho meus planos...--Edgard vacilou.--Até mais. Foi a última coisa que falou antes de cruzar o portal e este se fechar. -Idiota.--sussurrou Jules.--O que faremos agora, Damien? Damien olhou
Título original: Damien Forst e o Labirinto do Mino-Rei Livro 2 1ª Edição Copyright do texto © 2010, 2021 Alex Mello. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito do autor. Fotos da capa: Richard Gatley em unsplash.com Square photo por bearfotos em freepik.com Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ------------------------- M527d Mello, Alex, 1977 – Damien Forst e o Labirinto do Mino-Rei / Alex Mello. – 1. ed. Rio das Ostras, RJ: Buenovela, 2021.
O sol com o rosto de meu pai começava a intensificar seu brilho enquanto a lua que lembrava minha mãe diminuía sua luz. Estava amanhecendo naquele lugar espetacular. Albeon permanecia sentado ao meu lado completamente mudo e eu não sabia dizer se o preferia falando suas frases enigmáticas ou em silêncio. Me dava angústia. A calma dele começava a me incomodar, minha sensação era de que estava perdendo meu tempo ali. Que tinha que me levantar e voltar... mas voltar para onde? Nem sei como fui parar ali. O jeito era ficar quieto e esperar que ele me conduzisse à algum lugar ou falasse algo. Me levantei, olhando diretamente para o sol que sorria para mim. “Quer dar uma volta, pequeno Dammyen?”