VICTOR SALVATOREEu não imaginei que aquele stronzo fosse tão longe com aquela ameaça, mas cometi um terrível erro subestimá-lo. Achei que ele deveria ter muito a perder. No entanto, eu não permitiria que as coisas ficassem fáceis para ele. Os tiros vinham de todos os lados, mas as paredes de vidro estavam aguentando bem aquele ataque.Helena, Chiara, Sra. Rúbia e minha bambina não estavam na sala conosco quando os tiros começaram, o que me deixou quase desesperado. Pensei em ir procurá-las, mas Matteo disse que Chiara sabia o que fazer, então nos concentramos em dar as ordens e atirar contra aqueles que estavam tentando invadir nossa propriedade.Minuto depois, elas apareceram na sala. Helena estava de mão dada com uma Clara muito assustada. Meu olhar cruzou-se com o dela por um segundo, e, mesmo que ela estivesse tentando manter a calma pela bambina, seu olhar mostrava medo. Parei por um momento o que estava fazendo e fui até elas.— Vão para o quarto e se tranquem lá. Não abra a po
De fato, ele estava certo. Helena precisava descansar. No entanto, se enganava quem pensava que aquela ragazza era uma pessoa fraca. Depois de tudo que ela passou, poderia afirmar que isso estava longe da verdade.Saímos para averiguar os danos. Tivemos alguns dos nossos baleados, mas nenhuma morte. Todos estavam atentos às ameaças veladas daquele idiota, então não baixamos a guarda, mesmo quando não acreditávamos que ele seria capaz de algo tão direto.Eu e o Diego prestamos os devidos cuidados a quem precisava. Felizmente, ninguém precisou de uma cirurgia de grande porte, apenas da remoção da bala e da sutura. Isso tornou algo rápido para nós, que já tínhamos experiência nessa área.— O que você pretende fazer, fratello? — Matteo perguntou.— Vamos devolver a cortesia. Não vamos mais perder tempo tentando antecipar tudo que ele pode tentar contra nós. Isso é desperdício de energia. Vamos atacar e mostrar do que somos capazes.— Voltamos para a Itália ou vamos comunicar ao conselho n
HELENA BORGESEu estava preocupada com tudo o que acontecera, mas com Victor diante de mim, lambendo meus seios daquele jeito, eu não conseguia pensar em mais nada. Aquele homem era a tentação em pessoa.— Deita aqui, mia coniglietta.— Victor, precisamos ir, o almoço… AhhhEu gemi quando os dedos dele ultrapassaram a calcinha que eu estava usando e roçaram meu clitóris.— Tenho certeza de que ainda temos alguns minutos. Posso sentir que você está tão sedenta quanto eu.Ele me fez deitar em nossa cama, tirou minha calcinha e fez com que abrisse as pernas para ele. Não sei se a imagem que ele estava vendo era tão sexy com esse barrigão, mas seus olhos brilhavam. Enquanto ele tirava suas próprias roupas, eu percebi o quão excitado ele já estava.Victor, totalmente despido, era a visão de um deus grego. Lembrei que certa vez até discutimos isso na cama, pois ele não acreditava que fosse tão bonito assim, especialmente porque ele dizia que sua idade já não era mais como a minha. Em breve,
O calor daquele beijo me envolveu por completo, revelando a intensidade do seu desejo. Suas mãos seguravam meu rosto com firmeza e suavidade ao mesmo tempo, como se ele temesse me perder caso afrouxasse o aperto. Eu sabia que ele estava tentando me dizer algo, mas suas palavras ainda ressoavam em minha mente.— Victor, você não precisa explicar. Basta sentir. — Sussurrei contra seus lábios enquanto ele me puxava para mais perto.O quarto estava silencioso, e a intensidade do momento fazia o mundo ao nosso redor desaparecer. Era apenas eu e ele, ali, compartilhando algo mais profundo do que palavras poderiam descrever. Algo que ele mesmo parecia relutante em admitir.Ele se afastou um pouco, mantendo os olhos fixos nos meus. Seu olhar era, ao mesmo tempo, suave e intenso, um contraste que refletia sua luta interna. Havia algo em Victor que o fazia se proteger do próprio coração, mas eu queria ser a pessoa a ajudá-lo a se libertar dessa armadura.— Você não acredita no amor? — Perguntei
Eu estava chocada com tudo aquilo. Como as pessoas podem ser tão cruéis a esse ponto? Que tipos de leis são essas que não consideram a vida humana?— Sei que pode ser chocante para você o que estou dizendo. Na verdade, nem deveria estar conversando sobre isso com você. Entende por que digo que ele simplesmente não se deu conta dos sentimentos dele por você?— Tudo que você me falou é um pouco chocante…— Nenhum outro homem seria capaz disso por uma mulher se não a amasse de verdade. Não no mundo do Victor e no meu. Ele abriu mão desse mundo quando perdeu Natali, arriscou muito por isso, mas decidiu voltar por vocês. Não duvide que ele te ama, Helena. Ele apenas não se deu conta disso.— Acho que preciso voltar.— Eu te acompanho até lá.Voltamos todo o caminho em silêncio. Eu não sabia o que falar e tinha muito a refletir depois de tudo que ele me contou. Acreditava que deveria ficar feliz por tudo isso, mas sabendo de tudo que Victor arriscou por mim, por nós, não sabia o que pensar.
Passei algum tempo chorando, cada soluço parecendo ecoar em meu próprio peito. As lágrimas eram como véu, obscurecendo a clareza de que tanto precisava naquele momento.As palavras de Victor, a frieza em seu olhar, as ameaças veladas, tudo me fazia questionar não apenas o amor que acreditava existir entre nós, mas também minha própria segurança.E se um dia eu fizesse algo mais grave do que apenas circular em minha própria casa sem avisar onde eu estava? Era uma questão que eu não parava de me perguntar.Após um tempo, me levantei, o rosto úmido com as lágrimas recentes e fui até aquela parede de vidro e admirei o mar. Precisava agir como as ondas, recuar para ganhar força, e nesse momento, alguém bateu à porta.Respirei fundo e abri, tentando conter as lágrimas que teimavam em continuar rolando pelo meu rosto. Era Chiara, com Clara nos braços.— Helena, eu… eu ouvi o que aconteceu. Está tudo bem? — Chiara perguntou, a preocupação estampada em seu rosto.— Não, Chiara, não está. — Res
VICTOR SALVATOREO silêncio da noite era quase opressivo. As sombras das cortinas pesadas dançavam com o vento que entrava pela janela que eu mesmo havia aberto. Sentei-me no sofá, na escuridão da sala, segurando um copo de uísque na mão, observando o líquido âmbar girar enquanto eu o balançava lentamente.O som do gelo tilintando contra o vidro era a única coisa que preenchia a sala. Meu peito estava apertado, minha cabeça uma bagunça.Eu sabia que tinha sido duro com Helena, mas não conseguia me conter. A raiva, a possessividade, o medo de perdê-la. Tudo isso era como uma corrente elétrica, pulsando e me consumindo.Eu sabia que ela não merecia isso, mas a ideia de perdê-la para alguém, ou até mesmo de Diego ter a atenção que ela não estava me dando, me deixava cego de raiva.O problema era que eu não entendia o que estava sentindo. O amor era um luxo que eu nunca havia permitido a mim mesmo. No nosso mundo, sentimentos eram uma fraqueza.Lealdade, respeito, poder, isso, sim, eram c
Percebi que Matteo estava seguro com o que falava. Provavelmente, recebeu as informações dos nossos hackers. Refleti por um momento sobre o que ele tinha me falado durante a madrugada sobre não machucar Helena.Olhei mais uma vez para minha esposa. Olhei ao redor, para a praia e para as pessoas que estavam sob minha responsabilidade. Mesmo meu irmão afirmando onde aquele desgraçado estava, eu não poderia arriscar a segurança deles em um local tão aberto.— Vou convidar todos para a piscina. Lá podemos garantir mais segurança e manter minha bambina e Helena longe de riscos. Além disso, quero usar essa oportunidade para tentar reparar o que fiz ontem. — Falei, tentando soar confiante.— Boa ideia. Além disso, podemos aproveitar hoje com nossa família e começar a planejar nossa estratégia para lidar com Dominik mais tarde. — Matteo respondeu, sorrindo. — Vamos pegar esse stronzo juntos, fratello, mas antes, faça as pazes com sua esposa.Assenti e voltamos para próximo de todos. Matteo ch