CAPÍTULO 48

Passei algum tempo chorando, cada soluço parecendo ecoar em meu próprio peito. As lágrimas eram como véu, obscurecendo a clareza de que tanto precisava naquele momento.

As palavras de Victor, a frieza em seu olhar, as ameaças veladas, tudo me fazia questionar não apenas o amor que acreditava existir entre nós, mas também minha própria segurança.

E se um dia eu fizesse algo mais grave do que apenas circular em minha própria casa sem avisar onde eu estava? Era uma questão que eu não parava de me perguntar.

Após um tempo, me levantei, o rosto úmido com as lágrimas recentes e fui até aquela parede de vidro e admirei o mar. Precisava agir como as ondas, recuar para ganhar força, e nesse momento, alguém bateu à porta.

Respirei fundo e abri, tentando conter as lágrimas que teimavam em continuar rolando pelo meu rosto. Era Chiara, com Clara nos braços.

— Helena, eu… eu ouvi o que aconteceu. Está tudo bem? — Chiara perguntou, a preocupação estampada em seu rosto.

— Não, Chiara, não está. — Res
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