Quando chegamos ao nosso quarto, percebi que Helena estava pensativa. Algo a estava perturbando, e isso era evidente. Esperei que ela cuidasse de toda sua higiene e preparo para dormir. Assim que ela se sentou em nossa cama, eu a questionei.— O que está deixando essa sua cabecinha tão preocupada?— Agora que você reassumiu novamente a máfia, vamos precisar ir para a Itália?— Provavelmente, sim, amore mio. Preciso me apresentar ao conselho e também fazer sua apresentação.— E se eles não me aceitarem, Victor?— Eles não poderão fazer nada a respeito, Coniglietta. Eu já te declarei como minha, e aquele que não aceitar estará desafiando o DON da máfia, o que não é uma boa ideia para alguém dentro da organização.— Eu queria aprender um pouco mais sobre o seu mundo antes de entrar nele de verdade.— Coniglietta, isso é impossível, amore mio. Depois que você assinou aquele documento, não tem mais volta. Você tem alguma dúvida? — Perguntei com um certo receio.— Não é isso, Victor. Não es
HELENA BORGESVictor conseguiu adiar nossa ida para a Itália por alguns dias. Eu realmente não queria chegar a um local estranho para mim, com um idioma que eu não dominava completamente, e em um mundo que eu não sabia como me portar, nem o que esperar.Chiara e a Sra. Rúbia estavam me ajudando no que podiam, assim como os rapazes. Com a ameaça de Dominik, Victor pediu para não ficarmos na área externa, o que deixou Clara um pouco chateada devido às aulas de natação, mas eu disse para ela que, assim que chegássemos à casa nova, retornaríamos às aulas.Recebemos a visita do amigo de Victor, que era obstetra, para que eu pudesse me consultar. Eu estava ansiosa por isso. O Dr. Diego não era italiano, mas espanhol, o que me surpreendeu. Rapidamente, Victor explicou que a máfia italiana não se limita apenas à Itália, ela tinha conexões em outros países também.— Podemos fazer a consulta agora ou após o almoço. O que você prefere, Diego? — Victor perguntou.Aquele médico me olhou e percebeu
VICTOR SALVATOREEu não imaginei que aquele stronzo fosse tão longe com aquela ameaça, mas cometi um terrível erro subestimá-lo. Achei que ele deveria ter muito a perder. No entanto, eu não permitiria que as coisas ficassem fáceis para ele. Os tiros vinham de todos os lados, mas as paredes de vidro estavam aguentando bem aquele ataque.Helena, Chiara, Sra. Rúbia e minha bambina não estavam na sala conosco quando os tiros começaram, o que me deixou quase desesperado. Pensei em ir procurá-las, mas Matteo disse que Chiara sabia o que fazer, então nos concentramos em dar as ordens e atirar contra aqueles que estavam tentando invadir nossa propriedade.Minuto depois, elas apareceram na sala. Helena estava de mão dada com uma Clara muito assustada. Meu olhar cruzou-se com o dela por um segundo, e, mesmo que ela estivesse tentando manter a calma pela bambina, seu olhar mostrava medo. Parei por um momento o que estava fazendo e fui até elas.— Vão para o quarto e se tranquem lá. Não abra a po
De fato, ele estava certo. Helena precisava descansar. No entanto, se enganava quem pensava que aquela ragazza era uma pessoa fraca. Depois de tudo que ela passou, poderia afirmar que isso estava longe da verdade.Saímos para averiguar os danos. Tivemos alguns dos nossos baleados, mas nenhuma morte. Todos estavam atentos às ameaças veladas daquele idiota, então não baixamos a guarda, mesmo quando não acreditávamos que ele seria capaz de algo tão direto.Eu e o Diego prestamos os devidos cuidados a quem precisava. Felizmente, ninguém precisou de uma cirurgia de grande porte, apenas da remoção da bala e da sutura. Isso tornou algo rápido para nós, que já tínhamos experiência nessa área.— O que você pretende fazer, fratello? — Matteo perguntou.— Vamos devolver a cortesia. Não vamos mais perder tempo tentando antecipar tudo que ele pode tentar contra nós. Isso é desperdício de energia. Vamos atacar e mostrar do que somos capazes.— Voltamos para a Itália ou vamos comunicar ao conselho n
HELENA BORGESEu estava preocupada com tudo o que acontecera, mas com Victor diante de mim, lambendo meus seios daquele jeito, eu não conseguia pensar em mais nada. Aquele homem era a tentação em pessoa.— Deita aqui, mia coniglietta.— Victor, precisamos ir, o almoço… AhhhEu gemi quando os dedos dele ultrapassaram a calcinha que eu estava usando e roçaram meu clitóris.— Tenho certeza de que ainda temos alguns minutos. Posso sentir que você está tão sedenta quanto eu.Ele me fez deitar em nossa cama, tirou minha calcinha e fez com que abrisse as pernas para ele. Não sei se a imagem que ele estava vendo era tão sexy com esse barrigão, mas seus olhos brilhavam. Enquanto ele tirava suas próprias roupas, eu percebi o quão excitado ele já estava.Victor, totalmente despido, era a visão de um deus grego. Lembrei que certa vez até discutimos isso na cama, pois ele não acreditava que fosse tão bonito assim, especialmente porque ele dizia que sua idade já não era mais como a minha. Em breve,
O calor daquele beijo me envolveu por completo, revelando a intensidade do seu desejo. Suas mãos seguravam meu rosto com firmeza e suavidade ao mesmo tempo, como se ele temesse me perder caso afrouxasse o aperto. Eu sabia que ele estava tentando me dizer algo, mas suas palavras ainda ressoavam em minha mente.— Victor, você não precisa explicar. Basta sentir. — Sussurrei contra seus lábios enquanto ele me puxava para mais perto.O quarto estava silencioso, e a intensidade do momento fazia o mundo ao nosso redor desaparecer. Era apenas eu e ele, ali, compartilhando algo mais profundo do que palavras poderiam descrever. Algo que ele mesmo parecia relutante em admitir.Ele se afastou um pouco, mantendo os olhos fixos nos meus. Seu olhar era, ao mesmo tempo, suave e intenso, um contraste que refletia sua luta interna. Havia algo em Victor que o fazia se proteger do próprio coração, mas eu queria ser a pessoa a ajudá-lo a se libertar dessa armadura.— Você não acredita no amor? — Perguntei
Eu estava chocada com tudo aquilo. Como as pessoas podem ser tão cruéis a esse ponto? Que tipos de leis são essas que não consideram a vida humana?— Sei que pode ser chocante para você o que estou dizendo. Na verdade, nem deveria estar conversando sobre isso com você. Entende por que digo que ele simplesmente não se deu conta dos sentimentos dele por você?— Tudo que você me falou é um pouco chocante…— Nenhum outro homem seria capaz disso por uma mulher se não a amasse de verdade. Não no mundo do Victor e no meu. Ele abriu mão desse mundo quando perdeu Natali, arriscou muito por isso, mas decidiu voltar por vocês. Não duvide que ele te ama, Helena. Ele apenas não se deu conta disso.— Acho que preciso voltar.— Eu te acompanho até lá.Voltamos todo o caminho em silêncio. Eu não sabia o que falar e tinha muito a refletir depois de tudo que ele me contou. Acreditava que deveria ficar feliz por tudo isso, mas sabendo de tudo que Victor arriscou por mim, por nós, não sabia o que pensar.
Passei algum tempo chorando, cada soluço parecendo ecoar em meu próprio peito. As lágrimas eram como véu, obscurecendo a clareza de que tanto precisava naquele momento.As palavras de Victor, a frieza em seu olhar, as ameaças veladas, tudo me fazia questionar não apenas o amor que acreditava existir entre nós, mas também minha própria segurança.E se um dia eu fizesse algo mais grave do que apenas circular em minha própria casa sem avisar onde eu estava? Era uma questão que eu não parava de me perguntar.Após um tempo, me levantei, o rosto úmido com as lágrimas recentes e fui até aquela parede de vidro e admirei o mar. Precisava agir como as ondas, recuar para ganhar força, e nesse momento, alguém bateu à porta.Respirei fundo e abri, tentando conter as lágrimas que teimavam em continuar rolando pelo meu rosto. Era Chiara, com Clara nos braços.— Helena, eu… eu ouvi o que aconteceu. Está tudo bem? — Chiara perguntou, a preocupação estampada em seu rosto.— Não, Chiara, não está. — Res