Eu corri direção aos dois mas ambos pareciam animado por se verem. Caleb grudou como se fosse cola nas pernas de Lúcio. Anthony o acompanhava enquanto encarava a cena confuso.— Tio Lúcio!— Caleb parecia vê aquele presente que almejava tanto. Ele estava animado e Lúcio o respondia com a mesma empolgação.— Vem aqui, senta aqui.— Lúcio o chamou para se sentar em uma das poltronas junto e Caleb aproveitou da situação com muito gosto. Caleb o encarava animado enquanto fazia barulhos empolgantes.— Porque você não vai mais me visitar?Caleb virou o rosto a minha direção como se a resposta fosse obvia.— A mamãe não deixa.— Eu franzi o cenho o encarando. Por Deus aquilo Lúcio não precisava saber.— Caleb?— Eu o chamei mas ele estava animado de mais enquanto citava sobre algum tipo de carro que só ele e Lúcio entenderia.— Ele tem um barulho muito legal. Eu quero ele pra mim.— Lúcio gargalhava como se fosse inacreditável ouvir aquilo.— Você tem muito bom gosto mas sabe eu vou te explicar s
Aquilo foi a coisa mais errada que eu fiz na vida, não não foi errado na verdade foi o auge do erro. Meu Deus! Eu e meu chefe, o Lúcio estávamos nos beijando. Meus dedos tremiam, minhas pernas estavam bambas mas eu queria aquilo com todas as minhas forças. Aquele calor, aquele beijo, aquele abraço. Sinceramente eu poderia morar nele. Minha respiração estava completamente afetada e eu não conseguiria pensar com clareza. Lúcio pressionou meu corpo enquanto nos unia com uma urgência inexplicável. Completamente bêbada pela emoção eu retribuía na mesma intensidade. Minhas mãos exploravam seu pescoço, suas costas o seu rosto. Eu nunca soube o que é um beijo até aquele momento e eu podia provar.Lúcio não era só experiente na vida, no beijo também, aquele beijo durou vários minutos embora eu já estivesse morrendo sem ar. Lúcio parou o beijo inesperadamente e minha cara entregava que eu não queria o termino daquilo. Seus olhos escuros vidrados nos meus, sua boca entre aberta mostrando sua res
Ele aproximou-se de mim segurando meu pulso, estava prestes a cair dos degraus de entrada. Senti o coração gelar por alguns segundo. Depois de me recompor eu o encarei retirando os cabelos que corriam sobre meu rosto devido ao vento.— Eu nunca forcei e nem forçaria um homem a ter algo comigo Lúcio, você não me conhece. Olha eu sou muito grata por tudo que você tem feito por mim, mas você me decepcionou, eu diria que muito mais do que o seu próprio irmão.— Lúcio parecia prender o ar com toda sua força.— No dia que me tocar novamente ou tentar me beijar...— Com o dedo indicador direcionei para ele.— Eu denuncio você, e sairei daqui pra um lugar que jamais irá me achar. Eu nunca precisei de homem algum pra sobreviver, e eu tenho algo em mim que cobre qualquer qualidade que eu possa ter, o meu orgulho exagerado.Lúcio tentou se aproximar novamente recebendo uma rejeição de minha parte.— Eu não quis dizer isso dessa forma Samira.— Sim você quis, e agradeço por ter aberto os meus olhos.
— Não só o olhar, mas todo o resto. — Disse voltando a deixa-lo a espera.— Ta bom, olha eu sei que fui um idiota antes... — O interrompi rapidamente enquanto digitava os dados da empresa.— Que bom que reconhece que é um idiota. — Sorri falsamente nenhum pouco acreditada do que ele falava.— Eu deveria ter lutado contra minha familia e tê-la protegido, não precisaríamos estar num relacionamento mas pelo menos ter assumido a criança, ter feito algo quando precisou de mim... — Voltei interrompe-lo.— Mas não o fez eai? De que adianta agora? — Sorri vendo que quanto mais sorria mais nervoso ele ficava.Foi burrice minha achar que um manso como o Max poderia ter atitude de homem quando precisei. Mas isso era um passado, e bem passado, não sentíamos nada e não tínhamos nenhuma ligação mesmo tendo o Caleb.— O Caleb nunca sentiu falta de um pai, pelo menos nunca me cobrou. Não se preocupe, nunca seremos um problema na sua vida.Percebi Phenelope nos encarar confusa. Lawrence surgiu na banc
Phenelope me encarou mordendo os lábios claramente indignada. E não só se sentindo indignada ela se aproximou com a cadeira.— Você está louca? Como pode dizer aquilo para o Lúcio?— Ela me encarou puxando minha cadeira direção a dela.— Acredite, ele não é tão diferente do bendito sentado ali.— Eu disse recebendo o olhar de Carlos e seu sorriso de conquistador barato.— Eu sei que sente algo aí, só questão de tempo.— Carlos disse de forma tão convencida que senti vontade de vomitar.— Nem nos seus sonhos mais loucos!— Respondi mesmo sabendo que era uma péssima ideia. Carlos era o homem que toda mulher de juízo deveria correr. Acredite, se o homem foi capaz de trair o irmão, ele é capaz de trair qualquer um.Phenelope aparentemente parecia se interessar por minha situação. Ela me encarava a cada minuto na espera que eu dissesse algo. Não eramos próximas para isso, mas quando vi que Carlos se aproximava em minha direção e eu o conhecia o suficiente para saber que ele sempre causava prob
Lúcio me intrigava, Lúcio me impressionava, ele me hipnotizava. Eu sei que estava chateada do que ocorrera na noite passada, mas Lúcio conseguia me calar com um simples olhar, era pra ser assustador, mas eu gostava daquilo. Na verdade eu gostava dele, eu realmente gostava do Lúcio de uma forma que não saberia explicar direito. Porque sentia aquilo? Porque ficava nervosa quando sentia seu corpo próximo ao meu?Estava tentando relevar, eu estava tentando esquecer de suas palavras ontem a noite, mas o beijo, aquele beijo eu realmente não tinha nada contra ele e se eu realmente pudesse repetiríamos. Mas ele não saberia daquilo, ele não podia saber que eu gostava dele daquela forma, muito menos depois do que ouvi. Ainda estava decepcionada, ainda precisaria de um tempo para aceitar, para entender que aquela sensação que eu estava sentindo era errada e eu não podia permitir.Mesmo sabendo que era uma atitude boba eu o afastei ao me equilibrar e agasalhar minha roupa. Lawrence se aproximou s
Ao abrir os meus olhos percebi que Lúcio estava ao meu lado enquanto com as mãos segurava minha cabeça. Fiquei confusa, pois não lembrava o que ocorrera para me fazer deitar sobre o sofá da sala dele. Ele soltou a respiração forte, como se estivesse prendendo à bastante tempo. Era como se ele estivesse a espera de algum retorno. Ele provavelmente estava a espera de uma resposta minha. Aparentemente estive desacordada por algum tempo.Eu não falei e Lúcio também não. Ele parecia ocupado de mais usando as mãos de forma completamente protetora por meu rosto e cabelo. Ele fixou seus olhos nos meus por longos minutos e devido aquela ação, era quase que impossível falar. Quando me prendia no seu olhar era difícil raciocinar com clareza. Mas queria entender o que tinha acontecido.Quando forcei a mente a relembrar, as memorias foram ficando clara, senti que meu coração passou bater com mais força. Lembrei do desespero que senti quando Carlos me pressionou no estacionamento.Quando olhei para
— Olha eu sei que tem enfrentado situações complicadas desde que tudo veio a acontecer...— Eu o impedi rapidamente.— Tá louco? que situações difíceis?— Soltei meu pulso do aperto.—Difícil é pouco para ilustrar o que passei. Seu irmão é um imbecil descontrolado que me encara como se fosse uma presa, ele está sempre tentando me devorar. — Lúcio permanecia mantando a calma enquanto me encarava falar. Ele se aproximou novamente.— Você acha que me orgulho disso? —Ele me olhou próximo e a cada segundo sentia mais a proximidade.— Não me orgulho das atitudes ridículas dele e não concordo com elas. Meu Deus você já esqueceu que fui eu que o denunciei com uma medida protetiva contra você? — Lúcio tocou o meu rosto. Senti seus dedos escorregarem sobre a pele do meu rosto. Eu suspirei com uma sensação de derrota. Eu sabia que aquilo era verdade, sabia de tudo que ele fez por mim, sim eu sabia. Mas não queria lembrar disso, pois sentia que se o fizesse, talvez não conseguiria controlar aquele s