Cartas de amor para um amor
Noutro dia escrevi um artigo “Um lugar que não existe” publicado aqui neste meu volume 2 de Crônicas & Causos, no qual eu faço uma reflexão sobre a contraditória alma poeta, me inspirando no metafísico “Vou-me embora para Pasárgada”, poema ícone do inesquecível Manoel Bandeira. Volto hoje a esse tema, porque minha Alma poeta que sempre clama por esse lugar quando sente vazio no coração, viaja, portanto, nesses moment
Em 2.017 eu dava aula de Língua Portuguesa e de Interpretação de textos num cursinho de São João dos Sinos de Del Rei. No primeiro fim de semana de novembro de 2017, tivemos a 1ª prova do Enem: Códigos e linguagens, Ciências Humanas e suas tecnologias e Redação.Como professor de Língua Portuguesa, fui escalado juntamente com mais dois colegas, a professora Volusi, de Inglês, o professor Samuel, de Redação e o diretor Ivan Augusto Assunção, para acompanhar o evento no Colégio Santo Antônio, um dos campi da Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ. Às 11h40 lá estávamos a postos para recepcionar nossos alunos, dando a eles incentivo e força moral para a realização das provas.Quando ao meio-dia em ponto os portões se abriram, entramos e ficamos n
A Internet e, particularmente, as redes sociais são a um tempo – em minha visão de vida – o Bem e o mal de nossa atualidade.O Bem porque, inúmeras vezes, ela nos reserva e nos propicia surpresas e presentes que – com toda certeza – nos ensinam, nos informam, nos enchem de alegrias, de bênçãos e de gratificação.O mal (minúsculo mesmo como essa entidade merece) porque até doenças causa se seu usuário dela se tornar escravo, se dela criar dependência, se dela retirar apenas lixo...Como minha vida é fundamentada no Bem, vamos a Ele nos ater e nele focar estas minhas palavras.Era uma vez um rapaz e uma menina-moça... jovens ainda, que se sentiram atraídos e se enamoraram, num tempo em que a juventude vivia da pureza e da ingenuidade de propósitos, num tempo em que a família era o
A mulher, uma morena de altura média, muito bonita, tipo beleza da mulher libanesa, bastante elegante, cabelos castanho-escuros cortados um pouco abaixo das orelhas, olhos também castanho-escuros, beirando os setenta anos, muito ansiosa, com medo até, mas cheia de esperanças, pega do telefone e liga para a agência de viagens. Alguém atende e cumprimenta, perguntando: - Bom dia! Aqui é Jaqueline. Com quem falo? Em que posso te ajudar? Ao que a jovem senhora, responde: - Bom dia! Eu sou Thaís. Preciso de uma passagem para São Paulo. Para o mês de outubro. De preferência, voo direto. Você vê para mim. Terminada a ligação e resolvida a questão da passagem, ela agora volta toda sua atenção para os preparativos de sua viagem. Uma aventura! E olha que seus botões insistem em martelar em sua cabeça: verdadeira maluquice! Uma loucura! Um momento de completa alucinação! Nesse ínterim, lembra-se de que não
Um fortíssimo zumbido retumbou em seus ouvidos após as últimas palavras do médico e ela se sentiu como que caindo num poço escuro e sem fim, ao mesmo tempo em que surdos gemidos de sua boca saíam como se tivesse levado um fortíssimo murro no ventre e este afundara de dor, tamanha fora a violência do golpe. Repentinamente, uma névoa espessa e escura toldou completamente seus olhos e ela se sentiu pairando no ar... Sim, parecia um sonho aquele pesadelo vivo que ela estava vivendo! Neste terrível momento, sobreveio um grito de desespero vindo – não da garganta – mas lá das suas entranhas! Ele veio crescendo, crescendo e aumentou até explodir num tremendo urro de dor! Pas
Aproveitando este momentum tão difícil que atravessamos: pandemia, corona vírus, isolamento, bizarrices cometidas pelo nosso Supremo e por políticos do Congresso e de todas as regiões do Brasil, e até mesmo por pessoas comuns como eu e você, tudo isso agravado por tantas incertezas e dúvidas quanto ao futuro, enfim por todos esses problemas que estamos vivendo desde março passado, inspiro-me em Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, um dos mais belos e significativos poemas-canção da música brasileira de todos os tempos, para refletir com vocês, meus caros e persistentes leitores desta coluna, sobre algumas questões relevantes de nossas vidas, especialmente agora quando vislumbramos uma nova perspectiva de futuro. Com ce
Como cronista aprecio bastante o jogo de palavras, especialmente aqueles que contêm e instigam o bom humor. Aprendi até o momento – com pessoas mais sábias que eu – ao longo desta minha passagem neste Plano, que o humor é o tempero que dá vida à vida! Vida sem humor é como comida sem sal, é como sexo sem amor, é como a Primavera sem sabiá, como vida sem fé! É como um rio sem peixes, é como Inverno sem Ipê Roxo, é como um campo de girassóis sem um único girassol! Viver sem humor é como passar o tempo e pelo tempo, aqui no Planeta, vendo este tempo se acabar sem o encantamento do Amor... O humor nos apimenta e nos salga para que tenhamo
Olhando – aqui e agora – do alto da minha insignificância e pequenez de ser perante a magnitude deste Universo fascinante e a Onipotência de Deus, fico me perguntando se aprendemos o necessário nesta pandemia por que atravessamos há longos, amedrontadores e dolorosos 10 meses? Será que aprendemos? Essa é a pergunta que quero refletir com vocês, caros leitores, nesta altura do ano, em que, ao nos aproximarmos do natalício do Menino Jesus – um Natal totalmente diferente de todos os natais por nós vividos nos últimos 75 anos – após o término da 2ª Guerra, penso dia e noite, noite e dia nesta questão como fosse uma inacabada sinfonia... Por essa razão, olho à minha vol
Um jantar árabeNada como a palavra como uma fonte de mal-entendidos. Quantas e quantas vezes perguntamos ao nosso interlocutor:- Por acaso eu estou falando em grego? Ou...- Eu falo alhos você entende bugalhos! Ou ainda:- Você não entendeu nada do que eu falei! Frase recorrente nas discussões marido & mulher; pais & filhos; irmão & irmão; amigo & amigo.E assim vamos convivendo nossos relacionamentos, as mais das vezes, recheados muito mais de desencontros que de encontros.