Chuva que veio para lavar e levar...
Desde meus tempos de menino, não me recordo em momento algum, de ter ouvido o barulho da chuva adentrando minha janela num mês de abril, ainda que minha jornada até o aqui e o agora tenha sido por tantos lugares deste meu Brasil... nos quais eu morei, ainda mais esta chuvinha mansa e gostosa desta hora, e que me lembra os barquinhos de papel deslizando nas corredeiras das ruas, em que um dia em minha infância eu naveguei...
Por isso componho aqui esta canção em forma de poema &
Cartas de amor para um amor Noutro dia escrevi um artigo “Um lugar que não existe” publicado aqui neste meu volume 2 de Crônicas & Causos, no qual eu faço uma reflexão sobre a contraditória alma poeta, me inspirando no metafísico “Vou-me embora para Pasárgada”, poema ícone do inesquecível Manoel Bandeira. Volto hoje a esse tema, porque minha Alma poeta que sempre clama por esse lugar quando sente vazio no coração, viaja, portanto, nesses moment
Em 2.017 eu dava aula de Língua Portuguesa e de Interpretação de textos num cursinho de São João dos Sinos de Del Rei. No primeiro fim de semana de novembro de 2017, tivemos a 1ª prova do Enem: Códigos e linguagens, Ciências Humanas e suas tecnologias e Redação.Como professor de Língua Portuguesa, fui escalado juntamente com mais dois colegas, a professora Volusi, de Inglês, o professor Samuel, de Redação e o diretor Ivan Augusto Assunção, para acompanhar o evento no Colégio Santo Antônio, um dos campi da Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ. Às 11h40 lá estávamos a postos para recepcionar nossos alunos, dando a eles incentivo e força moral para a realização das provas.Quando ao meio-dia em ponto os portões se abriram, entramos e ficamos n
A Internet e, particularmente, as redes sociais são a um tempo – em minha visão de vida – o Bem e o mal de nossa atualidade.O Bem porque, inúmeras vezes, ela nos reserva e nos propicia surpresas e presentes que – com toda certeza – nos ensinam, nos informam, nos enchem de alegrias, de bênçãos e de gratificação.O mal (minúsculo mesmo como essa entidade merece) porque até doenças causa se seu usuário dela se tornar escravo, se dela criar dependência, se dela retirar apenas lixo...Como minha vida é fundamentada no Bem, vamos a Ele nos ater e nele focar estas minhas palavras.Era uma vez um rapaz e uma menina-moça... jovens ainda, que se sentiram atraídos e se enamoraram, num tempo em que a juventude vivia da pureza e da ingenuidade de propósitos, num tempo em que a família era o
A mulher, uma morena de altura média, muito bonita, tipo beleza da mulher libanesa, bastante elegante, cabelos castanho-escuros cortados um pouco abaixo das orelhas, olhos também castanho-escuros, beirando os setenta anos, muito ansiosa, com medo até, mas cheia de esperanças, pega do telefone e liga para a agência de viagens. Alguém atende e cumprimenta, perguntando: - Bom dia! Aqui é Jaqueline. Com quem falo? Em que posso te ajudar? Ao que a jovem senhora, responde: - Bom dia! Eu sou Thaís. Preciso de uma passagem para São Paulo. Para o mês de outubro. De preferência, voo direto. Você vê para mim. Terminada a ligação e resolvida a questão da passagem, ela agora volta toda sua atenção para os preparativos de sua viagem. Uma aventura! E olha que seus botões insistem em martelar em sua cabeça: verdadeira maluquice! Uma loucura! Um momento de completa alucinação! Nesse ínterim, lembra-se de que não
Um fortíssimo zumbido retumbou em seus ouvidos após as últimas palavras do médico e ela se sentiu como que caindo num poço escuro e sem fim, ao mesmo tempo em que surdos gemidos de sua boca saíam como se tivesse levado um fortíssimo murro no ventre e este afundara de dor, tamanha fora a violência do golpe. Repentinamente, uma névoa espessa e escura toldou completamente seus olhos e ela se sentiu pairando no ar... Sim, parecia um sonho aquele pesadelo vivo que ela estava vivendo! Neste terrível momento, sobreveio um grito de desespero vindo – não da garganta – mas lá das suas entranhas! Ele veio crescendo, crescendo e aumentou até explodir num tremendo urro de dor! Pas
Aproveitando este momentum tão difícil que atravessamos: pandemia, corona vírus, isolamento, bizarrices cometidas pelo nosso Supremo e por políticos do Congresso e de todas as regiões do Brasil, e até mesmo por pessoas comuns como eu e você, tudo isso agravado por tantas incertezas e dúvidas quanto ao futuro, enfim por todos esses problemas que estamos vivendo desde março passado, inspiro-me em Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, um dos mais belos e significativos poemas-canção da música brasileira de todos os tempos, para refletir com vocês, meus caros e persistentes leitores desta coluna, sobre algumas questões relevantes de nossas vidas, especialmente agora quando vislumbramos uma nova perspectiva de futuro. Com ce
Como cronista aprecio bastante o jogo de palavras, especialmente aqueles que contêm e instigam o bom humor. Aprendi até o momento – com pessoas mais sábias que eu – ao longo desta minha passagem neste Plano, que o humor é o tempero que dá vida à vida! Vida sem humor é como comida sem sal, é como sexo sem amor, é como a Primavera sem sabiá, como vida sem fé! É como um rio sem peixes, é como Inverno sem Ipê Roxo, é como um campo de girassóis sem um único girassol! Viver sem humor é como passar o tempo e pelo tempo, aqui no Planeta, vendo este tempo se acabar sem o encantamento do Amor... O humor nos apimenta e nos salga para que tenhamo
Olhando – aqui e agora – do alto da minha insignificância e pequenez de ser perante a magnitude deste Universo fascinante e a Onipotência de Deus, fico me perguntando se aprendemos o necessário nesta pandemia por que atravessamos há longos, amedrontadores e dolorosos 10 meses? Será que aprendemos? Essa é a pergunta que quero refletir com vocês, caros leitores, nesta altura do ano, em que, ao nos aproximarmos do natalício do Menino Jesus – um Natal totalmente diferente de todos os natais por nós vividos nos últimos 75 anos – após o término da 2ª Guerra, penso dia e noite, noite e dia nesta questão como fosse uma inacabada sinfonia... Por essa razão, olho à minha vol