7 de Maio de 2010
— Eu acho que te amo — sussurrou.
— Eu pedi para você não me amar — respondi apreensiva
Ele sorriu e colocou a mão em meu rosto, apertando carinhosamente a minha bochecha.
— Eu sei, me perdoe. Tentei cumprir com a minha promessa. — Me olhou como se estivesse admirando as estrelas e a lua. — Mas eu sei que você me ama também.
Eu o encarei como se ele tivesse falado algo tão inacreditável e impossível, mas que na verdade era completamente possível e acreditável. Eu o amava.
— Você é meu melhor amigo Troy, é claro que eu te amo.
Troy balançou a cabeça, fazendo seus cabelos ficarem bagunçados e soltou uma doce risada.
— Você me ama Mikaella, mais do que seu melhor amigo — Troy disse em um tom sedutor e foi aproximando o seu rosto do meu, me fazendo sentir o seu hálito de menta com café.
E sem conseguir pensar em mais nada, eu simplesmente avancei para mais perto também, fazendo os nossos lábios quase se tocarem. E com a voz quase falhada eu respondi:
— Amo mais do que toda a minha vida — e nisso ele me beijou.
O beijo começou com pressa, como se as nossas bocas fossem imãs que se atraiam a milhares de quilômetros e não pudessem nunca mais se separar. Troy apertava a minha bochecha carinhosamente, porém firme, como se quisesse ter certeza, que eu não iria me afastar. Eu coloquei minhas mãos em seu pescoço e o puxei para mais perto, como se só os nossos lábios juntos não fosse o suficiente, eu queria o corpo dele junto ao meu.
O ritmo do beijo foi diminuindo, ficando mais calmo e doce, me fazendo sentir como se estivesse descendo das nuvens devagar.
Troy sorriu para mim de um jeito que me fez pensar que não existia coisa melhor do mundo do que aquele sorriso.
— Minha Ella, eu te amo por todas as vidas que eu terei daqui por diante. Mikaella Bellucci, você será para sempre a minha melhor amiga e amor da minha existência. — Eu sorri e acariciei o seu rosto, observando enquanto ele me dizia aquelas juras de amor.
— Troy Brown Fairwell, você tem apenas quinze anos, não acha que está exagerando demais nessa sua declaração, não? — respondi rindo, contagiando Troy a fazer o mesmo.
— Não, por ter apenas quinze anos, como você quis recordar, eu te terei uma vida imensa pela frente e quem não garante que não viverei ela ao seu lado? Afinal, você é a minha melhor amiga e não conseguira se livrar de mim tão fácil —disse rindo.
— Você é o meu melhor amigo Troy. Vê se não estraga isso, hein — falei séria.
Ele colocou as mãos em minha cintura e afastou um pouco o rosto do meu e disse com uma voz séria e penetrante:
— Eu não irei, prometo. — Respirou fundo e apertou minha cintura. — Não quero perder você, sua amizade, isso tudo Mikaella, eu juro.
— Você não é bom em manter promessas Troy, isso aqui é um exemplo disso — suspirei. — Mas eu te amo muito, também não quero te perder, perder tudo isso que temos.
Troy me puxou para perto, me abraçando e sussurrou:
— Isso nunca irá acontecer Ella, eu amo você.
E nos braços de Troy eu senti que aquilo tudo era verdade, mesmo tendo apenas quinze anos, tudo aquilo iria durar para sempre e desejei mais do que tudo que realmente durasse. E pensei: tem como às coisas serem mais perfeitas?
—Eu amo você, Troy.
Quatro anos depois.
No dia seguinte, acordei cedo e fui dar uma corrida na praia, como fazia quando morava aqui. Tinha tido uma boa-noite de sono comparado ao que aconteceu ontem, eu apostava que iria ter algum pesadelo e com tudo o que vem com isso, a dor de cabeça e as marcas bizarras, nada disso aconteceu.Não morávamos longe da praia, uns sete minutos de caminhada e já estávamos nela. Eu não corria quando estava na Itália, por conta disso resolvi começar uma caminhada e então aumentando o ritmo para uma corrida. Meia hora depois eu já estava correndo em uma velocidade razoável, conseguia sentir o vento bater no meu rosto, o cheiro do oceano e o barulho das gaivotas tentando pegar algum peixe. Havia esquecido de como era bom fazer isso, era algo libertador. Como se correndo, eu pudesse abandonar todas as minha
Natasha, Gabe, Lucca e eu fomos para uma festa que estava acontecendo na casa de algum amigo dos meninos. Eu nunca gostara muito de festa, porém os acompanhei porque queria passar um tempo a mais com meu irmão, saber o que ele aprontava nessas festas e não deixar que nenhuma encrenca o encontrasse. A festa era o clichê que sempre houve em festas: música alta tocando em uma batida que fazia você dançar involuntariamente; bebidas espalhadas pela casa; pessoas se beijando e outras dançando. Natasha e eu fomos na cozinha pegar algo para bebermos e tentar achar algo para comer, já os meninos haviam ido encontrar se
Levamos apenas meia hora da casa do sr. Pietro até a casa dos pais do Troy, porém levamos quase quarenta minutos para sairmos de dentro do caso. Nenhum dos dois tinha realmente planejado aquilo direito, acredito que nem pensamos que iriamos vim aqui ainda hoje, achamos que conheceríamos o Pietro e passaríamos horas descobrindo algo sobre toda essa situação, só que o encontro não aconteceu e fomos direto para a casa do Troy. E agora que estando aqui, não sabemos o que fazer.Eu não via os pais dele desde do enterro, não tivera nenhuma notícia deles durante esses anos, então não sei como eles irão reagir com a minha presença aqui, já que afinal eles nem sequer iram saber que Troy está aqui comigo. O que leva ao fato de que tecnicamente estou aparecendo sozinha depois de dois anos sem qualquer motivo para bater na porta deles.— Acho melhor a
Quando cheguei no cinema me despedi da Natasha e fui comprar meu ingresso para assistir meu filme favorito. O cinema “Clássico Vive” era um dos meus lugares favoritos de passar o tempo, existia há quase trinta anos e sempre passava filmes antigos, o filme precisava ter pelo menos dez anos de existência no mínimo para então ser passado nesse cinema.A entrada do cinema continua sendo a mesma da inauguração, com a bilheteria do lado de fora com uma cabine para uma pessoa apenas. Os cartazes ficavam nas paredes do lado de fora também, com pequenas luzes piscando e o letreiro também continuava o mesmo, anunciando o filme da noite e embaixo informando qual seria o próximo que passaria.Depois de comprar o ingresso vou em direção a porta de vidro de empurrar, o saguão é com carpete vermelho com mais dois pôsteres de filmes antigos, tinha um círculo no mei
Ficar sozinha voltando para casa me fez pensar em teorias e hipóteses do que eu poderia ser, eu ainda tinha os livros que havíamos pegado na biblioteca e li pelo menos mais do que a metade, não foi muito revelador ler eles, porém me fez pensar no que eu poderia ser ou que eu tinha. Havia lido um livro sobre criaturas e lendas nórdicas, aquele livro me deixou fascinada e curiosa, primeiro porque eu sempre gostei sobre lendas e histórias de criaturas sobrenaturais, mesmo sabendo que não são reais eu achava incrível como as pessoas tinham criatividade para criar tal coisa.A mitologia nórdica ou também conhecida como viking ou escandinava, era uma coleção de história e crenças compartilhadas pelo povo germânico do Norte, era transmitida principalmente oralmente, passada de pai para filho, geração para geração. As criaturas principais da mitol
Acordei com alguém chamando meu nome baixinho, abri os olhos de forma sonolenta e com preguiça, estava tudo embaçado e com muita luz vindo da janela, pisquei os olhos várias vezes e quando consegui focar melhor e encontrar quem estava me chamando, vejo que era o Troy sentando em minha cama sorrindo.Rapidamente me sentei na cama e fiquei animada ao vê-lo novamente, me desvencilhei das cobertas e abri um sorriso enorme nos lábios.— Bom dia, dorminhoca — disse Troy de forma doce.— Troy! Estava com tanta saudade e fiquei tão preocupada — respondi com a voz rouca e fraca de sono — Onde você estava?— Desculpa minha Ella, perdi a noção do tempo enquanto ficava com a minha família.— E como foi? Ele estão realmente bem? O Bruno consegue te ver mesmo? — perguntei ansiosa e curiosa. Algo bom tinha que vim dessa situaç&a
Ele então olhou para a nossa direção e havia em um livro em suas mãos, ele me olhava com expectativa e também com ansiedade, até com ternura, como se estivesse conversando com uma criança que lhe perguntava se já havia visto o Papai Noel ou o Pé Grande, ele veio até nós novamente e me entregou o livro, era idêntico ao que eu estava carregando na bolsa.— Você também tem esse livro. Mas o que significa? O que está acontecendo comigo?— É, afinal ele pode me ver ou não?Pietro se sentou no sofá a nossa frente e se encostou no sofá.— Eu não tenho o seu dom Mikaella, eu não posso realmente vê-lo, não nitidamente como você. Apenas sei que tem alguém aqui e posso sentir o que ele faz. É como se eu visse um vulto ou uma sombra clara, nada mais do que isso.