CAPÍTULO 15 PART 6

— Não é assim, Gabe — me defendi, era muito mais complicado do isso.

—Sim, é — rebateu com a voz embargada. — Ah, tome. É seu — e colocou o colar em minha mão. — É o meu pagamento da fiança — falou determinado, tentando se recompor.  Estamos quites agora.

Gabriel virou de costas e saiu, voltando para o bistrô. Enquanto eu desabava encostada na porta do carro. Como aquilo havia acontecido? Como um dia pode começar no pico da felicidade e ir decaindo bruscamente assim?

Entrei no carro com certa dificuldade, minhas pernas estavam bambas e minha visão embaçada por causa do choro. Nem sei como consegui dirigir até em casa, minha cabeça apenas repetia as palavras brutas dele, nunca havia sido tão machucada como estava sendo aquilo. Pior que ele tinha toda a razão em ter falado aquilo, eu estava sendo uma covarde,

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