Quando cheguei à boate, meu desespero fez com que eu sentisse vontade de sair correndo, mas não podia ser covarde. A batida da música eletrônica ecoava em meus ouvidos, mas só até avistar Greg conversando com os amigos. Troquei o caminho para lhe tapar os olhos.
- Quem é? – tirei as mãos e ele me olhou surpreso.
- Feliz Aniversário.
- Lizzie?
- Acho que sim.
- Nossa... Não estou acreditando. Q
A boate não era longe do nosso dormitório, então pedi para irmos caminhando até ele. De mãos dadas e aconchegada no peito dele... como eu poderia estar além de “pessoa mais feliz do mundo”? Perdi a conta de quantas vezes ele beijou minha cabeça e também de quantas vezes suspirei com essa carícia. Chegamos ao nosso campus e em poucos minutos estávamos passando pela porta. Foi o primeiro momento que soltamos nossas mãos. Eu não sei o que aconteceria conosco ali, depois do que aconteceu, mas se ele tomasse o primeiro passo, eu não conseguiria resistir.- Eu... Vou trocar de roupa...- Te espero aqui, então. – ele se apro
∞ Amor12As coisas foram se complicando ao longo das semanas... Ela começou a fazer amizades – afinal cada vez que eu a via estava mais linda e com roupas novas -, sair e ser popular com quem queria. Perdi as contas de quantas vezes a vi na mesma boate que eu estava, dançando com a Helena e o povo de Jornalismo. Tínhamos nos tornado estranhos um para o outro desde o dia do meu aniversário. Fazíamos nossas refeições juntos, trabalhos, víamos filmes, mas nada acontecia, muito menos nossas antigas conversas.Meus amigos tinham marcado para irmos novamente à boate. N&atild
LizzieComo era flutuar com os pés no chão? Não sei há quanto tempo não me sentia tão feliz e realizada como agora. Mal aceitei seu pedido e ele colou sua boca na minha. O doce mais saboroso não seria tão apetitoso quanto aprofundar nos lábios dele. Era a perfeita combinação de amor e realização dentro de um único ato. Quando paramos, encostamos nossas cabeças e sorrimos. Valeu a pena ter beijado o Mark e ele ter ficado com a Tess. Ali, criamos o início do nosso sentimento; o ciúme é a declaração explosiva do amor. A única coisa que eu queria era ficar a noite toda ao lado dele e, de alguma forma, ele leu meus pensamentos. Fiquei esperando encostada na parede enquanto ele jun
Nós dois queríamos ir até à boate hoje. Tanto eu quanto ele precisava mostrar para certas pessoas que o que sentíamos era oficial e recíproco. Não conseguia deixar de reparar na forma que Greg me olhava... Nunca tinha sentido aquele carinho todo. Era real?A noite se aproximava e estava ficando mais nervosa do que o costume. Com certeza seríamos um pouco discriminados pelo que estava acontecendo, mas realmente era algo muito melhor ter Greg ao meu lado do que encarar caras feias de Mark e Tess. Separei minha roupa enquanto ele tomava banho e comecei a me maquiar.Ninguém sabia que estávamos namorando; e isso era ótimo. Queria mostrar para todos que ele rea
GregA noite passou em um piscar de olhos para nós dois. As costas de Lizzie estavam bem presas em meu peito e estávamos abraçados. Tinha sido tudo tão espontâneo e maravilhoso que nunca poderia trocar nada. Senti sua respiração se tornar mais calma e profunda e percebi que ela tinha adormecido. Lizzie, agora era completamente minha e eu era completamente dela.A manhã não demorou a se aproximar. Permanecíamos na mesma posição desde que adormecemos. Nossos corpos ainda estavam quentes desde nossa noite. Senti uma espreguiçada de Lizzie e virei seu corpo de frente para o meu. As semanas na faculdade começaram a voar e, com isso, completamos um ano de namoro. Um ano que tudo tinha acontecido e um ano que tudo passou a dar certo. Faltavam dois anos para nós terminarmos a faculdade e começar a outra nova vida. Já começávamos a guardar certo dinheiro para a vida de verdade que levaríamos depois desses dois anos. Greg e eu começamos a fazer estágios e o dinheiro que ganhávamos era até legal. Eu trabalhava no jornal da faculdade e ele, com a arquitetura dos prédios de lá mesmo. Só avaliava e montava os projetos, mas para dois estagiários, estávamos bem.Os amigos foram indo e vindo. Tess largou a faculdade porque ficou grávida de Mark – sim, de Mark – e eu e Greg n&atiCapítulo 16
GregEstava nervoso, nervoso como nunca poderia ter ficado na minha vida. Recebi o telefonema de uma das maiores empresas de arquitetura de San Diego. Era longe, eu sei, mas não sabia o que pensar! Para alguém que mal saiu da faculdade, isso era algo quase impossível de acontecer! Meu Deus, tinha Lizzie. O que eu ia falar para ela? Que não ia mais para New York ao seu lado, que não viveríamos mais juntos, depois desse tempo todo? Eu não tinha o mínimo direito de lhe tirar as oportunidades que ela teria na Big Apple, mas como seria a minha vida? Como viveríamos na casa da tia dela?Assim que tive essa notícia, liguei para pedir conselhos ao meu pai e ele me disse
Liz HarrisAcordar, levantar, tomar um banho e ir para o trabalho... Grande rotina. Mais uma vez um dia monótono e cansativo surgia pelas minhas grandes janelas de vidros fumês. Essa era a minha realidade, mas o ruim era se acostumar com ela por todos os dias.Por mais uma vez, entrei em um banho quente, coloquei um de meus terninhos, tomei café, peguei o carro e fui para meu trabalho. De tanto esforço, me tornei uma colunista importante e bem visada em jornais e revistas. Gostava do que toda aquela situação tinha me proporcionado. O sofrimento por algumas partes era até bom; cresci, me envolvi diretamente com coisas que eram necessárias para minha vida e, principalmente, tirav