Liz Harris
Acordar, levantar, tomar um banho e ir para o trabalho... Grande rotina. Mais uma vez um dia monótono e cansativo surgia pelas minhas grandes janelas de vidros fumês. Essa era a minha realidade, mas o ruim era se acostumar com ela por todos os dias.
Por mais uma vez, entrei em um banho quente, coloquei um de meus terninhos, tomei café, peguei o carro e fui para meu trabalho. De tanto esforço, me tornei uma colunista importante e bem visada em jornais e revistas. Gostava do que toda aquela situação tinha me proporcionado. O sofrimento por algumas partes era até bom; cresci, me envolvi diretamente com coisas que eram necessárias para minha vida e, principalmente, tirav
- Lizzie... Você tá tão diferente. Saudades demais de você... – aquele encontro tinha me deixado mais triste do que eu pensava que ficaria.- Se isso foi um elogio, obrigado. O que faz em Nova York? Não te vejo faz o que... três anos mais ou menos? – acho que ela estava meio que jogando na minha cara que eu a abandonei nesses anos todos, o que não deixava de ser verdade.- Eu estou morando em San Diego, mas meu chefe disse que eu precisava vir até aqui para acompanhar a construção de um prédio. O projeto é meu.- Vejo que se deu bem na arquitetura.
Liz HarrisQuando entrei em minha sala, mal pude acreditar no que via. Era ele, o homem que eu continuei amando nesses anos todos, aquele que me abandonou de uma hora para outra, aquele que eu sonhava todo dia e que queria ter sua presença ao meu lado. Gregory Harris. Mal pude conter minha vergonha quando percebi que ele tinha se tocado que eu estava usando seu sobrenome como meu. Tentei trabalhar, mas ele estava ali domeu lado, falando que não queria ter ido embora e que teve motivos para não se despedir de mim. Aquilo estava me matando por dentro! Depois daquelas horas, ele ficou me chamando para almoçar e eu me tranquei no banheiro por cinco minutos. Precisava chorar, coisa que eu não fazia h&
GregoryPor mais uma vez a abracei, só que agora eu sabia que ela não era minha. Me doía ver a insegurança em seus olhos, mas sabia que eu mesmo era o causador disso tudo. Quando cheguei ao quarto, fiz tudo, menos dormir. Não parava de pensar no nosso passado e em tudo que faria para ficar ao lado dela novamente. Ainda dava para ouvir os tiros ao lado de fora. Depois de um tempo, as coisas pareceram se acalmar e acabei caindo no pouco sono que consegui.Meus olhos só permaneceram fechados até sete e meia da manhã porque sabia que ela tinha que trabalhar. Fui ao banheiro, tomei um bom banho quente e escovei meus dentes com uma
GregoryDepois de alguns anos, me senti em casa de novo; nos braços dela. Queria beijá-la, mas conseguia perceber que não era o momento certo para isso. Precisava conquistá-la aos poucos. Não vou voltar para San Diego assim. Não vou deixá-la mais. Me afastei, querendo ver seus olhos e os mesmos estavam paralisados. Talvez, um pouco mais abalados com minha declaração.- Vamos comer enquanto está tudo quente.- Ok... – não tinha mais o que falar.Conversamos um pouco sobre tu
Liz HarrisBarulhos de “bip” sondavam minha cabeça. Aquele cheiro era algo que estava fixado em minha cabeça. Abri os olhos e encontrei o teto branco e mais “bips”. Minha mão estava dolorida. Agulhas. Agulhas de novo. Meu coração acelerou junto com minha respiração. Estava no hospital.- Ah! – gritei e Greg levantou a cabeça.- Lizzie, calma! Não grites senão vão te sedar de novo, calma!- Me tira! Me tira daqui! Por favor, Greg, me tira daqui!
Liz HarrisNão conseguia mais resistir àquilo tudo. Quantas noites desejei que ele estivesse na minha cama por mais uma vez e agora ele estava? Minha geleira estava se derretendo e eu não sabia se poderia congelá-la outra vez. Ele envolveu nossos pés, coloquei minha cabeça em seu pescoço e minha mão em sua barriga. Queria tanto poder beijá-lo... Tanto poder ser amada por ele de novo... Mas o amanhã me provocaria coisas muito ruins. Meus olhos transbordaram e só percebi quando ele levantou meu rosto pelo queixo e beijou meus olhos bem devagar e, em seguida, a ponta do meu nariz. Estava fraca para conseguir negar aqueles carinhos. Não sabia o quanto precisava dele, o quanto que meu corpo ansiava e respondia a ele. Greg deixou nossos narize
GregoryAs palavras dela soaram como navalha sobre minha pele, principalmente no meu coração. Seria mais difícil conquistá-la do que eu pensava. Peguei uma roupa na mala, deitei na cama e vi as horas se passando até me dar vontade de dormir.Ouvi gemidos no quarto de Lizzie e acabei acordando. Quando a encontrei, ela estava contraída e com os olhos fechados.- O que você tem?- Dor, muita dor.- Você tomou o Valiu
GregoryTudo melhorou depois das palavras dela. Meu ímpeto para conquistar Lizzie era enorme e faria tudo o que eu pudesse para darmos certo mais uma vez. Ela já estava bem melhor e seu rosto tinha ganho mais cor do que antes. Nunca tinha conhecido sua família, mas seus pais sabiam que éramos namorados na época da faculdade.Lizzie não precisava mais ficar deitada e agora andava pela casa, comia e dormia sozinha em seu quarto.Nós dois já tínhamos arrumado tudo para a viagem de amanhã. Quase quatro horas de estrada e eu não tinha o mínimo sono; ansiedade n&atil