Capítulo VII

Viviane

Nós estávamos nos beijando! Como para confirmar que aquilo era mesmo real, e não apenas mais um sonho como tantos outros que eu já havia tido com o João Felipe, me agarrei ainda mais ao seu corpo, sem conseguir acreditar totalmente no que estava acontecendo naquele momento.

Eu sentia suas mãos em todos os lugares ao mesmo tempo e a sensação era maravilhosa.

Mesmo negando os meus sentimentos, eu sempre esperei por este momento, só nunca quis aceitar que, mesmo diante de tantas mágoas causadas pelo João Felipe, eu ainda pudesse sentir algo de bom por ele.

E foi exatamente por lembrar de suas palavras, de tantas coisas que saíram de sua boca e que me magoaram, que eu tentei me afastar.

- Me larga, João Felipe! - Falei, me desvencilhando dele.

- Eu quero você e não aguento mais fingir que não. - Ele falou me olhando de forma apaixonada. Quase não acreditei que aquele era o mesmo homem que não perdia a oportunidade de me ferir com suas palavras e com seus olhares de escárnio.

- Como posso acreditar em você? - Questionei, por quê no fundo, eu queria acreditar que ele realmente sentia por mim aquilo que estava falando.

Ele se aproximou de mim novamente e me abraçou apertado e cuidadoso ao mesmo tempo, como se eu fosse algo precioso para ele.

Não impus resistência, por que eu realmente gostei de estar em seus braços, só que eu tinha medo de me magoar ainda mais.

Eu já havia ficado com outros rapazes, e jamais senti nenhuma vontade de seguir adiante. Mas com o João Felipe, eu estava me sentindo diferente, uma intensidade me queimando como brasa, após apenas alguns poucos beijos.

Ele me puxou pela nuca, levantando minha cabeça e falou, olhando em meus olhos

-Acredite! Eu quero você como nunca quis nenhuma outra. E se voltei agora, foi por que não aguentava mais estar distante. - Ele me olhava com paixão e desejo e eu acreditei em suas palavras tão intensas. - Eu não suporto mais está longe de você, Vivi. Eu a quero junto de mim, e acredite quando eu digo que tudo que já falei que possa ter te magoado, era apenas por que eu queria que você fosse forte por nós dois.

Ouvir aquelas palavras foi como um bálsamo para os meus ouvidos. Eu não sofri sozinha por todo esse tempo. Não era apenas eu que fingia detestar alguém que estava dentro do meu coração e que não saia do meu pensamento.

Dessa vez, quem tomou a iniciativa fui eu, o beijando com fome. Uma fome que vinha me consumindo desde que me descobri apaixonada por alguém tão inacessível como o João Felipe.

Coloquei meus dedos dentro de seus cabelos e acariciei, me deleitando com a sua maciez e querendo ter certeza que aquilo estava mesmo acontecendo.

Quando percebi, já estávamos deitados em uma espreguiçadeira, nos beijando apaixonadamente.

Eu nunca havia estado com outro em um momento de tanta intimidade, pois o João Felipe estava me tocando de maneira que nunca permiti que ninguém tocasse. Acho que sempre estive esperando por ele.

Estava de olhos fechados, aproveitando ainda mais intensamente as sensações despertadas pelas mãos do Felipe quando lembrei de onde estávamos e tentei o fazer parar novamente, afastando meus lábios.

- João Felipe, não podemos fazer isso aqui. - Falei fracamente, pois o Felipe continuava a beijar o me pescoço e a descer sua boca em direção aos meus seios.

- Todos saíram. Ninguém vai nos ver.

- Os seguranças, eles estão por toda a propriedade. - O lembrei.

Ele levantou o rosto e me olhou com uma intensidade que me deixou ainda mais desejosa de seus carinhos. Ele era branco e os nossos beijos o haviam deixado com os lábios e o rosto vermelhos.

- De que você está rindo? - Falou me puxando junto com ele quando foi levantando da espreguiçadeira onde estávamos deitados.

- Você está todo vermelho. - Falei colocando a mão na boca, tentando controlar a risada que queria escapar.

- E você está ainda mais linda, com esses olhos brilhando de desejo. - Falou me abraçando, desta vez os dois de pé, ao lado da piscina.

- Mas você tem razão sobre os seguranças. Vamos para o meu quarto, que eu quero muito mais que seus beijos. - Falou, voltando a me beijar e tirando toda a minha racionalidade, mas deixando claro para mim quais eram as suas intenções.

Pegou na minha mão e me puxou em direção a mansão, fazendo uma pergunta silenciosa com o olhar, quando viu que eu não reagi ao seu chamado. 

Naqueles poucos segundos eu tomei uma decisão, não tinha certeza se era a correta, mas eu queria aproveitar aquele momento com o João Felipe e se por acaso aquela fosse nossa única noite juntos, eu não iria voltar atrás e me arrepender, pois poderia guardá-la para sempre na minha memória.

O segui e fomos para o seu quarto, praticamente correndo, tamanha era a nossa pressa em voltar para os braços um do outro.

Quando ele fechou a porta do seu quarto, girando a chave, mais uma vez eu pensei se ter aquele momento com o João Felipe valeria a pena e decidi mais uma vez que sim! Eu jamais poderia me acusar de não ter pensado claramente no que estava fazendo. Eu pesei tudo naqueles poucos minutos em que estávamos indo para seu quarto e tudo em mim gritava que sim, que eu deveria aproveitar aquele momento.

- Eu posso imaginar o que você está pensando, parada aí. - Ele falou se aproximando de mim e tocando o meu rosto com uma das mãos, de maneira carinhosamente, enquanto a outra acariciava o meu braço em um movimento lento, e olhou diretamente em meus olhos ao deixar claro o que ele queria de mim - Não posso te prometer um relacionamento sério. Eu preciso realizar meus objetivos profissionais antes de qualquer outro passo na minha vida. Mas quero você ao meu lado e posso garantir que o meu sentimento por você é verdadeiro e que jamais irei tocar em outra mulher, enquanto estivermos juntos.

As palavras do Felipe não mudaram a minha decisão, apesar de saber que aquilo que ele me oferecia, não seria o suficiente diante do tamanho do meu sentimento por ele e de tudo que teríamos que enfrentar, caso fôssemos em frente com aquilo.

Fiz apenas um pequeno gesto com a cabeça, de forma que ele entendesse que eu aceitava aquilo que ele me oferecia e nos beijamos novamente.

Nossos beijos foram ficando cada vez mais vorazes e intensos. O João Felipe começou a dá alguns passos e direção a sua cama, até que senti minhas pernas tocarem a maciez do colchão.

Nunca havia entrado no quarto do Felipe e estava tão concentrada nele, que não consegui olhar nada ao redor. Vi apenas que era um aposento bem grande, assim como o do JP.

De maneira gentil, ele fez com que me sentasse em sua cama e depois deitasse. O vi tirar a calça de moletom que estava sobre uma cueca box preta e depois ele deitou sobre mim.

Aos poucos ele também foi tirando o roupão que eu vestia por cima do maiô e começou a me acariciar de maneira mais íntima, por baixo da única peça de roupa que eu vestia.

Eu também o estava tocando por todo o seu corpo, pois precisava sentir aquele homem que eu tanto amava e sempre precisei fingir que não.

- Eu quero muito você, Vivi. Eu não menti quando disse que não estava mais suportando ficar longe de você. - Ele falou, ao mesmo tempo que distribuía uma trilha de beijos em direção ao meu colo. - Você tem certeza que quer fazer isso?

Ele falava olhando em meus olhos, e apesar de estar totalmente pronto, pelo que pude perceber, ele não iria continuar aquele ato sem ter certeza se era realmente o que eu queria, e aquilo me deixou ainda mais decidida em aproveitar aqueles momentos ao seu lado.

- Eu quero sim! - Falei de forma firme, para que ele pudesse discernir a certeza em minhas palavras.

Independentemente do que acontecesse depois de hoje, eu jamais me arrependeria de ter sido com ele esse momento, pois o Felipe era um amante extremamente carinhoso e foi muito atencioso comigo, ainda mais depois que percebeu a minha inexperiência no sexo.

A gente se amou com paixão e desespero, como se um de nós pudesse sumir a qualquer momento ou algo pudesse acontecer e interromper aquele momento que era, ao mesmo tempo inesperado, mas pelo qual ansiamos por muito tempo.

Quando já estávamos exaustos, ficamos deitados, abraçados um ao outro, como se fossemos apenas um. E isso foi ainda mais especial, pois mostrava que o que tínhamos feito não se resumia ao ato carnal. Não foi só sexo. Havia muito sentimento, de ambas as partes.

Conversamos sobre as nossas vidas, um sedento por informações do outro. Por saber o que tínhamos feito, enquanto estávamos fingindo nos detestar. Mas enquanto eu desconhecia totalmente a sua vida em Nova York, ele parecia saber bastante sobre a minha aqui.

E nós nos amamos mais uma vez, dessa vez de maneira lenta e com muito mais amor. Amanhã eu pensaria sobre o que fizemos e como aquilo mudaria nossas vidas, ou não. 

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