Viviane
Um contratempo nos negócios, o qual deveria ser resolvido com extrema urgência, fez necessária a presença de um dos diretores da Mendes em um empreendimento que estava sendo construído em Mykonos, na Grécia.
Para minha
surpresa, o João Pedro se disponibilizou a ir em lugar do Felipe, que era a pessoa responsável pela negociação.- Por que você já vai viajar novamente, JP? - Questionei a ele, enquanto o ajudava a fazer as malas.
- Eu estou me sentindo ansioso ultimamente. Acredito que você e o meu irmão também precisam de um tempo a sem a minha presença para que possam se entender melhor.
- Você realmente acredita que eu devo dar uma nova oportunidade para o Felipe? Seja honesto comigo sobre a sua opinião.
- Jamais iria dizer algo que não
João FelipeEu sentia que a Viviane não havia aprovado a minha escolha para o restaurante aquela noite, mas mesmo diante da minha sugestão em irmos para outro lugar, ela permaneceu firme em continuar naquele ambiente, que aparentemente não era de seu gosto.Já estávamos com nossos pratos diante de nós, pois o serviço do restaurante era excelente, e ela apenas mexia na comida, sem realmente levá-la a boca.- Você não gostou do seu pedido? – Questionei mais uma vez. – Podemos pedir outra coisa.- Está maravilhoso.- Como você pode saber? Não tocou ainda em nada d
VivianeEu estava preocupada, muito mesmo.O João Pedro estava cada vez sendo mais insistente sobre eu ter que contar para o João Felipe que a Sarah era sua filha.Eu realmente não achava que era o momento adequado, mas segundo ele, eu nunca iria encontrar esse momento, adiando sempre a verdade.De qualquer forma, eu não iria contar agora. Nós estávamos cada dia mais felizes juntos, o Felipe era amoroso e bastante cuidadoso comigo e com a Sarinha. Fazia questão de me deixar e buscar no trabalho, além dos nossos passeios juntos.A Marta adorava quando saíamos sós, pois ela ficava com a Sarah só para ela e o senhor Rodolfo, como ela sempre
João FelipeMeu coração estava apertado. Minha pequena bonequinha estava doente e não sabíamos ainda do que se tratava essa febre tão repentina.Estava tudo tão bem! Ela era uma criança muito saudável e desde que voltei a morar em São Paulo, ela nunca havia ficado doente. Nem mesmo quando tomou suas vacinas, as quais as enfermeiras sempre alertavam sobre ter algum tipo de reação, ela ficou com febre.- O que ela tem, doutora? - A Viviane se antecipou a mim, quando a médica que estava acompanhando a Sarinha entrou no quarto em que estávamos aguardando o resultado de alguns exames que foram realizados.- Os exames apresenta
VivianeAs palavras do Felipe não me acalmaram em nada, caso fosse essa a sua intenção. Eu estava arrasada por ele ter descoberto dessa forma, mas sabia que a culpa era toda minha, uma vez que houveram tantas oportunidades para que eu contasse a verdade e mesmo assim eu optei por continuar com aquela farsa.Ele errara em tudo o que aconteceu antes, mas ele reconhecera seus erros e eu tinha concordado em dar-lhe uma segunda chance. Então eu deveria ter contado a verdade.Mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado. Era seguir em frente, seja qual for a decisão dele após tudo.A Marta entrou no quarto logo após a saída do filho e eu contei para ela t
João FelipeEu realmente acreditava que nada mais poderia me fazer mais feliz do que estar ao lado da Viviane e da minha filha. Eu estava enganado.Parado no altar da igreja, vendo a mulher da minha vida entrar pela nave central acompanhada por seu pai, a minha mãe com a Sarah em seus braços, bem ao meu lado, a felicidade era tamanha, que senti o coração falhar uma batida.Até alguns meses atrás, eu acreditava firmemente que a felicidade consistia em estar em uma mesa de escritório, à frente de uma empresa que movimentada milhões de dólares por mês. Hoje eu vejo o quão era vazia a vida que eu estava vivendo, pois a minha maior alegria agora, era ir pegar minha mulher em s
VivianeCinco anos antes - Vamos, Vivi! Escolhe logo essa roupa. - Eu já escolhi. Gostei da camisa azul com a bermuda caqui. - Mas eu não gostei. Escolhe outra. Por favor, não me deixa na mão, vai. Diga uma outra que ficaria legal. - João Pedro insistiu teimoso, me olhando com as duas mãos na cintura. Olhei para o João Pedro e desisti de contraria-lo. Quando ele queria uma coisa, insistia até conseguir e eu não tinha paciência para ficar debatendo sobre uma mesma questão por vários minutos...ou horas, dias..., mas o João Pedro sim, então decidi escolher uma outra combinação de roupa. - Gostei dessa camisa branca com a bermuda azul.
VivianeDias atuaisEntrei na mansão aonde os meus pais trabalhavam há mais de trinta e cinco anos. Estava tudo silencioso, o que era bastante normal para um sábado, tendo em vista que já era noite e que os funcionários já deviam ter se recolhido a ala destinada a estes dentro da casa.Como em todos os domingos o senhor Rodolfo, que era o dono da mansão e portanto, patrão dos meus pais, dava folga para a maioria deles, alguns já deviam até mesmo ter ido para suas respectivas casas.O João Pedro havia me enviado uma mensagem mais cedo, chamando-me para ir até o seu quarto. Era algo normal, mas eu evitava encontros com a mãe do meu melhor amigo e então, consequentemente, eu evi
VivianeEu não estava bebendo, pois sempre que saia com o João Pedro, nos revessávamos na direção. Hoje ele poderia beber a vontade que eu iria dirigir.Como eu não tinha carro, apesar da insistência do senhor Rodolfo em querer me presentear com um veículo, eu jamais poderia aceitar um presente tão caro e ele sabia disso tão bem, pois conhecia os meus pais desde que era um jovem ainda. Meus pais concordavam comigo e eu vivia das caronas que o JP me dava e hoje estávamos com o carro dele.O meu amigo estava lá no bar já algum tempo, conversando com um cara que eu não reconheci, imaginei então que já havia feito uma nova amizade, algo que ele sempre fazia. Decidi ir ao banh