Viviane
Eu estava preocupada, muito mesmo.
O João Pedro estava cada vez sendo mais insistente sobre eu ter que contar para o João Felipe que a Sarah era sua filha.Eu realmente não achava que era o momento adequado, mas segundo ele, eu nunca iria encontrar esse momento, adiando sempre a verdade.
De qualquer forma, eu não iria contar agora. Nós estávamos cada dia mais felizes juntos, o Felipe era amoroso e bastante cuidadoso comigo e com a Sarinha. Fazia questão de me deixar e buscar no trabalho, além dos nossos passeios juntos.
A Marta adorava quando saíamos sós, pois ela ficava com a Sarah só para ela e o senhor Rodolfo, como ela sempre
João FelipeMeu coração estava apertado. Minha pequena bonequinha estava doente e não sabíamos ainda do que se tratava essa febre tão repentina.Estava tudo tão bem! Ela era uma criança muito saudável e desde que voltei a morar em São Paulo, ela nunca havia ficado doente. Nem mesmo quando tomou suas vacinas, as quais as enfermeiras sempre alertavam sobre ter algum tipo de reação, ela ficou com febre.- O que ela tem, doutora? - A Viviane se antecipou a mim, quando a médica que estava acompanhando a Sarinha entrou no quarto em que estávamos aguardando o resultado de alguns exames que foram realizados.- Os exames apresenta
VivianeAs palavras do Felipe não me acalmaram em nada, caso fosse essa a sua intenção. Eu estava arrasada por ele ter descoberto dessa forma, mas sabia que a culpa era toda minha, uma vez que houveram tantas oportunidades para que eu contasse a verdade e mesmo assim eu optei por continuar com aquela farsa.Ele errara em tudo o que aconteceu antes, mas ele reconhecera seus erros e eu tinha concordado em dar-lhe uma segunda chance. Então eu deveria ter contado a verdade.Mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado. Era seguir em frente, seja qual for a decisão dele após tudo.A Marta entrou no quarto logo após a saída do filho e eu contei para ela t
João FelipeEu realmente acreditava que nada mais poderia me fazer mais feliz do que estar ao lado da Viviane e da minha filha. Eu estava enganado.Parado no altar da igreja, vendo a mulher da minha vida entrar pela nave central acompanhada por seu pai, a minha mãe com a Sarah em seus braços, bem ao meu lado, a felicidade era tamanha, que senti o coração falhar uma batida.Até alguns meses atrás, eu acreditava firmemente que a felicidade consistia em estar em uma mesa de escritório, à frente de uma empresa que movimentada milhões de dólares por mês. Hoje eu vejo o quão era vazia a vida que eu estava vivendo, pois a minha maior alegria agora, era ir pegar minha mulher em s
VivianeCinco anos antes - Vamos, Vivi! Escolhe logo essa roupa. - Eu já escolhi. Gostei da camisa azul com a bermuda caqui. - Mas eu não gostei. Escolhe outra. Por favor, não me deixa na mão, vai. Diga uma outra que ficaria legal. - João Pedro insistiu teimoso, me olhando com as duas mãos na cintura. Olhei para o João Pedro e desisti de contraria-lo. Quando ele queria uma coisa, insistia até conseguir e eu não tinha paciência para ficar debatendo sobre uma mesma questão por vários minutos...ou horas, dias..., mas o João Pedro sim, então decidi escolher uma outra combinação de roupa. - Gostei dessa camisa branca com a bermuda azul.
VivianeDias atuaisEntrei na mansão aonde os meus pais trabalhavam há mais de trinta e cinco anos. Estava tudo silencioso, o que era bastante normal para um sábado, tendo em vista que já era noite e que os funcionários já deviam ter se recolhido a ala destinada a estes dentro da casa.Como em todos os domingos o senhor Rodolfo, que era o dono da mansão e portanto, patrão dos meus pais, dava folga para a maioria deles, alguns já deviam até mesmo ter ido para suas respectivas casas.O João Pedro havia me enviado uma mensagem mais cedo, chamando-me para ir até o seu quarto. Era algo normal, mas eu evitava encontros com a mãe do meu melhor amigo e então, consequentemente, eu evi
VivianeEu não estava bebendo, pois sempre que saia com o João Pedro, nos revessávamos na direção. Hoje ele poderia beber a vontade que eu iria dirigir.Como eu não tinha carro, apesar da insistência do senhor Rodolfo em querer me presentear com um veículo, eu jamais poderia aceitar um presente tão caro e ele sabia disso tão bem, pois conhecia os meus pais desde que era um jovem ainda. Meus pais concordavam comigo e eu vivia das caronas que o JP me dava e hoje estávamos com o carro dele.O meu amigo estava lá no bar já algum tempo, conversando com um cara que eu não reconheci, imaginei então que já havia feito uma nova amizade, algo que ele sempre fazia. Decidi ir ao banh
João FelipeAcordei com uma dor de cabeça terrível. Nada fora do normal, pois eu tinha exagerado na bebida ontem e sabia que haveriam consequências. Sempre tinha, quando o assunto era bebida em excesso.Cheguei à cozinha a procura de alguém que pudesse me dá um analgésico, mas apesar de estar tudo em ordem, não havia ninguém por lá. Lembrei então que era domingo, dia de folga de quase todos os funcionários da casa.Subi a procura do meu irmão, bati em sua porta e chamei repetidas vezes, mas ele não respondeu. Tentei a fechadura e vi que estava apenas encostada.Ao entrar em seu quarto e ver que ainda estava dormindo pesado, pensei que ele devia ter exagerado na bebida tanto quanto eu.Suspirei e fui até o seu banheiro, a procura de algum remédio que pudesse aliviar essa dor infernal na minha c
João FelipeDeixei o carro na garagem e entrei em casa muito irritado.Estava chegando em frente à minha casa, quando me deparo com a Viviane abraçando e beijando um idiota dentro de um carro parado. Ela desceu rapidamente após isso, com um sorriso enorme, o que quase me fez ir até eles e dizer alguma besteira.Era por estas coisas que eu preferia me distanciar. Não aguentaria ver essas cenas e não fazer nada. Eu era uma pessoa controlada, mas o forte sentimento que tinha por aquela garota me deixava fora de orbita.Joguei as chaves em cima de um aparador ao lado da porta da sala de visitas com certa f&