* Rose *.2 meses depois..Olho para aquele envelope na minha mão sem coragem de abrir, respiro fundo e olho para Maurício que está ao meu lado, sorrindo alegre.A fazenda do Maurício é grande, e ele gosta muito de tudo por aqui, percebi que para todos ele é um homem respeitado e muito macho, se você me entendi, pois, o pai dele não o aceita como é, difícil viver assim, duas vidas diferentes, uma de aparências e outra escondida.Mas de tudo ele é um bom amigo, me apresentou alguns colegas e até em festas tem me levado, só que não me interessei por ninguém e disse a ele que por enquanto quero ficar sozinha.Nunca pensei que meu marido me levaria em boates para encontrar alguém, sim, ele levou, mas eu não quis.Só que a duas semanas comecei a passar mal, muito sono e enjoou no fundo, eu não queria acreditar, me neguei o máximo que pude em acreditar que fosse possível.Até que meu sogro desconfiou e não pude mais evitar, o pai do Maurício, José Fortunato é um homem de terceira idade be
* Rose *.7 meses depois..A dor fica cada vez mais forte, e a todo momento eu penso,"E se ele estivesse aqui, será que gostaria de saber que vamos ter um filho".Mas sei que não posso contar, pois, se eu fazer isso meu pai vai se vingar dele, vai tomar meu filho de mim, e vai destruir tudo na minha vida.Agradeço pelo Maurício ser um bom amigo, ele tem cuidado de mim e me bajulado, mas não é ele que eu queria aqui do meu lado segurando minha mão, não nesse momento tão importante, o nascimento do meu filho._ Nasceu Rose, nasceu. — Maurício fala todo feliz e me emociono, as lágrimas descem do meu rosto. Ele segura meu filho e traz ainda sujinho para meu colo, assim que o pego beijo sua testa. _ Como vai chamá-lo._ Gustavo, ele vai se chamar Gustavo Maurício..* Guilherme *.A colheita de soja aqui em Rio verde começou, e como Emanuel não pode vir esse ano a tia Manuela pediu para eu vir no lugar dele, ela acha que vai ser bom pra mim já que não tenho saído muito.Não vou mentir a
* Rose *.Acordo com os olhos cansados, e ainda turvos, mas vejo Maurício de costas segurando meu filho._ Maurício. — o chamo ainda cansada, e ele se vira com Gustavo no colo._ Até que fim acordou, ele está com fome._ Me dê ele aqui. — estico os braços tentando levantar então sinto alguém me ajudando, penso ser a enfermeira, mas quando olho, vejo que é o Guilherme.No primeiro momento fico em choque, sem acreditar no que vejo, provavelmente deve ser alguma alucinação por conta da anestesia que usaram para diminuir a dor do parto, mas mesmo assim fico com os olhos fixos nos dele, não conseguia pronunciar nenhuma palavra._ Assim está melhor? — ele pergunta em um tom calmo e eu só concordo com a cabeça, Maurício se aproxima de mim me entregando Gustavo, ainda não consigo parar de olhar para Guilherme._ Rose, não vai dar mama ao Gustavo. — Maurício me pergunta e só assim para de olhar para o Guilherme._ Acho que estou ficando maluca Maurício!_ Por quê?_ Porque estou vendo o Guilh
* Valentina *.Cheguei de Atibaia a algumas horas, meus primos e minha tia vieram comigo.Não vou dizer que é fácil morar lá, mas com o tempo tenho me acostumado.Já sei até cozinhar, olha que milagre!Tudo bem que nas primeiras vezes meu ovo mais parecia um carvão, e meu arroz dava para usar como cola, mas com o tempo tudo se ajeita e hoje pelo menos não vou morrer de fome._ Aquela ali que é a Carla? — Patrícia me pergunta apontando com o olho._ Essa daí mesmo._ O bicha desarrumada em. — não tem como não rir do que ela fala._ Carla. — a chamo e ela se aproxima me olhando torto._ Sim, Valentina._ Quero que limpe meu quarto, como fiquei fora alguns meses ele precisa ser limpo._ Eu limpo ele todos os dias. — ela responde com uma voz de raiva e eu apenas sorrio._ Mandei limpar, não perguntei se já tinha feito antes. Apenas limpe e pronto.Quase posso ver a fumaça de raiva sair de seus cabelos que já estão maiores, vou para a cozinha com a Patrícia já que Afonso está na casa da t
Demorou um pouco para eu achar o rastro, não sou tão boa assim, mas como imaginei eles foram para a cabana que ficava no meio da mata, me aproximei devagar e acerola é quietinha, assim que cheguei na porta da casa que estava aberta, meu coração quase fugiu pela boca, vendo o homem com a arma apontada para meus primos, ele ia atirar no Bento, e eles não poderiam fazer nada já que estavam amarrados.Respirei fundo e tentei colocar tudo que a tia Manuela me ensinou em prática, calma e foco._ Vai para o inferno Bento. — é a única coisa que escuto da boca daquele homem então sem pensar duas vezes eu atiro.O homem fica parado sem fazer nenhum movimento, mas eu sei que acertei o tiro, sua camisa começa a manchar de sangue, foi certeiro bem no meio do alvo, mas não para matar, sou nova para ir presa, ele solta a arma, a derrubando no chão, nesse momento Emanuel me olha e abre um sorriso enorme nos lábios, claro acabei de salvar a vida desses dois que a poucos minutos iriam falar com anjos.
* Guilherme *.Toda festa na fazenda é uma loucura, e o casamento do meu primo não seria diferente, minha irmã Lúcia veio de nova York e foi muito bom, ela e a mulher estão felizes e pretendem até adorar uma criança.Espero a festa ficar mais calma e tomo coragem de chamar o cunhado da minha prima, a esposa dele está grávida então ele fica sempre perto dela, cuidando._ Boa noite, Mohamed. — o chamo e ele me olha por um tempo, não temos muitas intimidades, isso é verdade, mas em um momento como esse, toda amizade é bem vinda._ Boa noite, Guilherme não é?_ É sim, eu gostaria de falar com você um minuto, poderia me acompanhar. — ele me olha como se estivesse analisando meu pedido._ Habiba, vá com Jamilah. Está muito tempo em pé, e Taís está grande, daqui a pouco eu volto. — ele beija sua mão e ela se afasta.A cada passo que eu dou, meu coração pula feito louco, não sou o tipo que encomenda a morte das pessoas, mas nesse caso o velho tem de bater as botas, para que eu posso trazer m
* Davi *.Depois do casamento do patrão eu tava bem de olho na loirinha sobrinha da patroa, ela é bunitinha, tem uma carinha de delicada tipo aquelas que mora na cidade e nunca pisou no mato.Mas só tem a cara mesmo, já que eu sei que ela mora lá num sítio não sei da onde, mas mora.Já tava inquieto um pé no outro pra chegar nela, o não eu já tinha e o máximo que eu podia levar era um tapa na cara, mas eu queria mesmo era o sim.Esperei a festa da, uma esfriada e a Valentina saiu de perto dela na hora de joga o tal buquê, nem sei pra que serve joga aquilo é um desperdício de flor, as coitadas é cortando e ainda são jogadas para um bando de doida se mata pra pegar.Mas eu dei foi risada da Valentina, ela que pego com um bico de tucano de uns dois metro, bem que eu vi meu irmão indo atrás dela, aquele ali é cego só ele não vê que tá de quatro pela criança que ele vive chamando.Aff criança, onde já se viu isso, ela já é quase mulher e o besta não abre o zói, ele vai perde já tô vendo t
* Magda *.Escuto barulhos, mas finjo dormir, sou boa nisso já fingi várias vezes só para Antenor não me tocar.Se eu amo ele? Claro que não, nunca amei.O conheci na faculdade, morava em Rio verde com meu irmão, e ficamos algumas vezes.Lá também conheci Amália, que se tornou minha amiga, ela era simples assim como eu e nos demos bem, mas sempre odiei isso, sempre odiei ser pobre, na primeira oportunidade meu irmão deu o golpe do baú e se casou com uma mulher rica, tiveram o Maurício, mas eu não encontrava nenhum ricaço pra mim, então recebi o convite de casamento da Amélia que tinha se mudado para Juara, eu nem sabia onde era isso, e por ser sua amiga me chamou para ser sua madrinha de casamento.Imagina a minha surpresa em ver Antenor como noivo, e depois descobrir a fazenda aonde ela iria morar com ele, não acreditei que ele era rico, ele nunca me falou nada quando ficamos juntos na faculdade, na verdade, às vezes ele parecia até mais pobre que eu.Eu merecia aquele lugar, e eu t