CARMEM NARRANDO Estava bem cansada, e ainda tinha tantas horas pela frente. Recebo uma notificação e era mensagem do Alex Amor, não vejo a hora de encontrar amanhã. Que saudade absurda que eu estou de você, quero muito encurtar essa distância. "Quando penso que foram quase 2 anos separados de você o meu coração fica pequeno, no entanto, o que eu mais quero é estar ao seu lado todos os dias da minha vida. beijos" “Ai amor, que mensagem mais linda essa sua, eu nem tenho palavras pra dizer o que você representa para mim, é um amor tão maior que eu, é uma coisa que foge um pouco a realidade às vezes quando penso. Saiba que você está em mim em cada pedacinho do meu ser, só vem que estou te esperando.” Um lágrima escorre dos meus olhos, eu nunca imaginei que a nossa vida fosse se cruzar novamente, depois que ele casou eu não imaginei que nós dois pudéssemos nos encontrar de novo, apesar de sentir e saber que sempre foi um amor maior que nós, eu achava que iria acabar ali. M
ALEX NARRANDO A viagem foi meio tensa, depois do que o Sugg me falou eu não tinha como não estar preocupado, meu Deus, enquanto eu não pegasse esse miserável eu não teria sossego. Eu precisava de todas as formas de blindar todos que nos cercavam e isso inclui meu filho a Noemi e a Carmem. Quem quer que seja, certeza que vai querer nos minar atacando eles. A viagem estava bem tranquila, o meu pai não sentiu nada, os médicos preferiram dar algo para ele dormir e foi ótimo, porque ele só acordou para comer, assistia um pouco de filme, e depois voltava a dormir. Até que aterrissamos e a ambulância já estava lá. Chegamos ao hospital cerca de 40 minutos depois e avisei para ela que estávamos aqui. Quando estávamos entrando no quarto ela chegou. E que saudade eu estava. — Bom dia. - Eu me viro enquanto os enfermeiros entram com ele. - Vou até ela e a abraço, parece que era o ar que estava me faltando e ficamos assim por um tempo. Beijo o seu ombro. Passo a mão no seu ros
KAROL NARRANDO Estava aqui perdida nos meus pensamentos na sala dos médicos e acho incrível como ainda deixo a minha mãe minar a minha autoestima, a fortaleza que ergui parte da minha vida visando me proteger das suas investidas evaporam facilmente quando se empenha em me atacar e o pior não sei como me permito isso. Já tenho quase 30 anos mas não aprendo. Ela sempre consegue, enxugo uma lágrima. O que a Carmem fez a pouco na nossa casa me defendendo dela foi incrível, realmente eu sou privilegiada, tenho amigas que me amam e me protegem de uma forma única, e agora eu tenho ele, um homem maravilhoso que faz os meus dias mais felizes apesar das minhas brigas internas eu enfim sucumbi a esse amor, estou me permitindo, coisa que pensei que nunca mais faria. Fico aqui perdida olhando para esse celular vendo que tem “mil mensagens” da minha mãe e eu decidi que não abrirei nenhuma, eu decidi que não deixarei ela acabar mais com a minha paz interior. Isso era tão constante. C
KAROL NARRANDO Volto à realidade quando percebo que a Carmem bate no meu ombro, nem percebi que ela tinha entrado na sala dos médicos. Ficamos conversando e sou chamada para ir na recepção quando eu vou chegando e nem acredito no que eu estou vendo, ele estava ali na porta com um pequeno buquê nas mãos, o meu coração quase sai pela boca e eu não podia correr para abraçá-lo e beijá-lo ali na frente de todo mundo, afinal era o meu ambiente de trabalho, mas a vontade estava enorme. — Oi Ka, que saudade. - Ele me dá um sorriso e um abraço forte, que pena está onde estava e não puder manifestar a minha saudade. — Que flores mais lindas. - Pena que eu não podia naquele momento retribuir do jeito que deveria em abraça-lo mais forte ainda, em beijá-lo e sair de lá para matar a nossa saudade eu precisava disso, eu precisava sentir ele, o mais perto possível, ele como o Fillipo me dava proteção. — Porque você não falou que vinha hein? e aquela sua irmã né? nem pra mim dizer? dois
ISABEL NARRANDO Preciso ir fazer ultrassom, já estou com quase 8 meses, é muito peso, o Daniel só chega mais tarde, mas eu preciso ir hoje. Tomo um banho em seguida chega na clínica, faço o ultrassom. A médica falou que eu ficasse mais de repouso porque do jeito que estava poderia nascer prematuros, bom vou passar na farmácia comprar as vitaminas que ela falou e vou para casa. Tinha saído da farmácia e de repente sinto uma pessoa pegar em meu braço, e o meu coração foi a mil. — Boa tarde, será que poderíamos conversar?- Olho assustada e não reconheço bem quem estava na minha frente. Mas ele não me era estranho, achava que eu conhecia de algum lugar. — Desculpa, mas eu não sei quem você é, então se me der licença eu estou com uma certa pressa. - Tento passar, mas sou impedida. — Sabe sim Isabel, me chamo Mikhail e nos conhecemos a um tempo atrás em New York, no bar em que você trabalhava. - Eu realmente não o reconheci, mas também não o achava um completo desconhecido
ISABEL NARRANDO — Daniel a bolsa estourou. - De repente eu sinto um líquido escorrendo, os meus filhos estão nascendo meu Deus. E eu não podia se quer pensar em ligar para a médica, que dúvida cruel. — Amor, pega as bolsas e temos que ir agora. - Ele fica igual ao barata tonta me deu até vontade de rir do seu desespero e as dores estão maiores. — Ai Deus o que eu faço. - Ele corre e pega tudo, eu vou até o armário e pego um vestido e troco, aí meu Deus que dor. Escuto ele chamar a empregada, agora ela vai avisar ao miserável, uma lágrima escorre não pela dor, mas já pela saudade dele. — Amor, preciso ir aqui nesse hospital aqui perto, não temos tempo de ir para o outro. — Mas e a médica, como vamos falar com ela. — Ela me disse que hoje qualquer coisa fosse para esse, tem médicos capacitados. Que dor ter que mentir para ele, que dor saber que esses são meus últimos momentos ao seu lado. Ai james, eu morreria se ele te matasse. Seguimos para o hospital ele estava mu
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo