TOM NARRANDO Os últimos acontecimentos foram bem emocionantes. São 15 dias que vivo numa montanha russa. Os meus sentimentos e sentidos estavam todos à flor da pele, eu me perguntava o porquê de tudo isso, mas, ao mesmo tempo eu sabia de todas as respostas. Viver no mundo da máfia era correr perigo o tempo todo, era estar exposto a situações que você não tinha controle e isso não envolvia apenas você, mas toda a sua família. Por isso que o meu pai sempre pensou bem quando ia atacar alguém, ele sempre teve medo que todas as suas ações acabassem chegando em mim e na minha mãe. O pior que toda essa coisa com o Romeu o culpado não foi as suas ações e sim a minha teimosinha. Mas era isso ou perder a Liza, claro que para ter a Liza eu jamais pensei que pudesse perder a minha mãe, sim, se eu tivesse que naquele momento ter que escolher era não perder a minha mãe para que a Liza também ficasse segura porque sei que esse louco ainda vai aprontar algo mesmo preso. Quando recebemo
FERNANDO NARRANDO Acordei meio desnorteado, escutava uma voz de longe pedindo para eu voltar, naqueles momentos eu não conseguia saber de quem era. Mas pude perceber depois que fiquei mais consciente que às vezes eram do meu filho e da Paola. Foram 15 dias em coma, nem acredito que pude enfim superar isso, ultrapassar essa barreira, foi inacreditável e eu precisava voltar, muito claro que pela Paola, ela já me esperou por tanto tempo que não seria justo nós dois não desfrutarmos desse amor que só cresce em mim. Mas eu precisava voltar pelo meu filho, eu nasci para ser pai do Tom, no fundo eu sei que se eu tivesse que passar por tudo que passei para só ter o privilégio de ter tido ele na minha vida entraria de cabeça novamente. Amei a Ana intensamente, vivi muito tempo à mercê do que eu poderia ter vivido com ela, tentei a amar a Márcia, mas infelizmente a nossa relação era movida a pequenos momentos de harmonia e as coisas não aconteceram. Então me frustrei como marid
ELIZA NARRANDO Enfim o Senhor Fernando acordou, eu nem acredito que agora as coisas vão começar a fluir, afinal desde que a Márcia morreu o nosso mundo parou e foi tudo uma reação em cadeia. Ver o Tom feliz me deixa muito feliz, a gente é muito companheiro, às vezes ele é um meninão num corpo de homem e é muito engraçado porque ele se perde as brincadeiras que mesmo inventa. Mas uma coisa é muito certa, quando estamos juntos tudo para, tudo é muito perfeito e sou muito feliz porque estou ao lado dele. Ele tinha saído para levar o pai para fazer uma bateria de exames, era uma revisão que pedimos só para acompanhar a evolução e enfim darmos alta completa a ele. Quando recebeu alta veio relutante para cá, mas depois acho que ele achou ótimo, porque além de ter a nossa companhia a Paola sempre estava aqui e vínhamos como eram tão felizes juntos. Entro no meu quarto e pego a caixa com as minhas cartas, uma delas depois eu vou mostrar para ele, no seu devido tempo, até porq
BRUNO CACCINI NARRANDO Chamo-me Bruno Caccini, tenho 28 anos, sou da máfia Salerno, a nossa organização surgiu na Sicília, mas se expandiu para vários lugares do mundo. Meu bisavô foi um grande desbravador chamado de Fat Tony. Levou a organização para além das fronteiras da Itália, onde prosperou consideravelmente. No entanto, ao longo do percurso foi colecionando vários inimigos. Sou um cara que trabalha duro, meu pai sempre teve muito orgulho de mim, tenho uma família muito bem estruturada e fui ensinado a sempre tentar não falhar. Meu pai sempre respeitou o meu espaço em relação ao casamento, ele falou que no momento que eu me sentisse preparado ele ficaria muito satisfeito em me ver com alguém que eu gostasse como foi o caso dele e minha mãe, não foi um casamento arrumado. Eu vivia muito mais entre Roma e New York do que Palermo. No entanto, em decorrência da expansão de vários pontos de contrabando, estou ficando mais tempo em Palermo. A grande maioria dos meus amigo
TOM, FERNANDO E MARCOS NARRANDO. Enfim chegou o dia da tão sonhada conversa com o Romeu, aquele traidor filho da puta que levou a minha mãe. Eu não falei para a Eliza onde estava indo, apenas disse que voltaria mais tarde que tinha umas coisas para fazer com o meu pai, e se eu falasse que o seu pai iria junto ela saberia o que iríamos fazer. Chegou o momento de ficarmos cara a cara com esse demônio. Eu não tive essa oportunidade antes, que um dos seus homem me acertou pelas costas, mas vaso ruim não quebra e aqui estou eu para o acerto de contas apesar de saber que isso não trará a Márcia de volta, mas no mundo na máfia ninguém trai e sai impune não. O Fernando me ligou não tem muito tempo, para enfim nós três irmos acertarmos os ponteiros com o Romeu, esse miserável fez de tudo para colocar a culpa da morte da Márcia na minha filha, e além de tudo mesmo sob a nossa custódia ainda tinha planos de matá-la. Encontrei com o Fernando e o Tom nas empresas Denaro, deixei m
BEATRICE ZAGARIO Fiquei muito feliz com a conversa com o Tom, e mais ainda de conhecer a sua esposa, linda e parece ser uma pessoa muito doce. Tive muita vontade de perguntar o que eles fizeram com o meu pai, porque ninguém acha ele. Mas, no fundo, sei qual foi o destino dele, ele procurou, a sua ganância levou ele a esse destino cruel. No fundo sabemos que somos o senhor do nosso destino, as nossas atitudes nos leva a ter aquilo que merecemos grande parte das vezes. Segundo o que fala, o meu pai estava escondido em uma das suas fazendas, onde o local que foi invadido, com isso o Sr Denaro foi baleado e quase foi a óbito e em seguida o meu pai foi levado de lá e depois disso ninguém soube mais dele, isso já tem quase um mês que ninguém sabe onde meu pai foi levado e se morreu. Bom deixa isos de lado. Saindo da reunião com o Tom ele me chamou para jantar com ele e a Eliza, seria uma boa. Tem uns 10 dias que eu conheci um advogado, o Stefano, ele é incrível, filho de
TOM NARRANDO Depois de toda aquela tortura eu chego em casa péssimo, não pelo que fiz a ele, pelo contrário acho até que fizemos pouco, mas por tudo. As vezes acho que viver nesse mundo máfia as vezes é muito triste. Vivemos no limite de perdemos a vida, de perdemos quem amamos. É muita dor muitas vezes. Eu nunca conheci outro mundo que não seja esse, mas tinha vontade de estar do outro lado, dito normal. Mas pelo menos uma coisa nisso tudo me faz bem, estou aqui e vou abraçar a minha mulher e dizer o quanto a amo. Tinha parado na garagem e fiquei pensando em tudo. Respiro fundo e subo, que ela vai me ajudar a ficar melhor. Assim que entro vou direto para o quarto no primeiro andar. Ela estava dormindo, então, não fiz barulho e fui tomar banho, coloquei uma camiseta e um short e quando entro no quarto ela estava sentada na cama. Fui até ela. — Oi amor - Dou um beijo demorado. — Tudo bem? - Ela sempre me desvenda incrível. — Por que está perguntando? - Fico olhando
ELIZA NARRANDO O Tom saiu com o Sr Fernando e o Marco, acho que foram falar com o Romeu, não gosto nem de pensar no que eles estão fazendo nesse momento. Eu ainda não consigo me acostumar com essas ações da máfia, de ser olho por olho dente por dente. Estou organizando umas coisas pois iremos nos mudar em breve a nossa casa está quase pronta e não vejo a hora de estarmos lá. quero vê aquela casa cheia de pessoas amigas nossas famílias e nossos filhos, é algo que mais quero. O Tom é filho único e eu passei boa parte da minha vida pensando ser também. Queremos encher aquela casa com crianças correndo para nos dar alegrias e ao avô também, mas também acho que o Tom vai perder esse posto de filho único logo logo, porque pelo que a Paola já comentou comigo ela e o meu sogro andam se pegando pesado, só não chegaram nos finalmente porque ele contém ela. Começo a rir sozinha. A Paola nesse sentido foi bem parecida comigo, eu quase mato o Tom antes da nossa primeira vez coitado