TOM NARRANDO Depois de toda aquela tortura eu chego em casa péssimo, não pelo que fiz a ele, pelo contrário acho até que fizemos pouco, mas por tudo. As vezes acho que viver nesse mundo máfia as vezes é muito triste. Vivemos no limite de perdemos a vida, de perdemos quem amamos. É muita dor muitas vezes. Eu nunca conheci outro mundo que não seja esse, mas tinha vontade de estar do outro lado, dito normal. Mas pelo menos uma coisa nisso tudo me faz bem, estou aqui e vou abraçar a minha mulher e dizer o quanto a amo. Tinha parado na garagem e fiquei pensando em tudo. Respiro fundo e subo, que ela vai me ajudar a ficar melhor. Assim que entro vou direto para o quarto no primeiro andar. Ela estava dormindo, então, não fiz barulho e fui tomar banho, coloquei uma camiseta e um short e quando entro no quarto ela estava sentada na cama. Fui até ela. — Oi amor - Dou um beijo demorado. — Tudo bem? - Ela sempre me desvenda incrível. — Por que está perguntando? - Fico olhando
ELIZA NARRANDO O Tom saiu com o Sr Fernando e o Marco, acho que foram falar com o Romeu, não gosto nem de pensar no que eles estão fazendo nesse momento. Eu ainda não consigo me acostumar com essas ações da máfia, de ser olho por olho dente por dente. Estou organizando umas coisas pois iremos nos mudar em breve a nossa casa está quase pronta e não vejo a hora de estarmos lá. quero vê aquela casa cheia de pessoas amigas nossas famílias e nossos filhos, é algo que mais quero. O Tom é filho único e eu passei boa parte da minha vida pensando ser também. Queremos encher aquela casa com crianças correndo para nos dar alegrias e ao avô também, mas também acho que o Tom vai perder esse posto de filho único logo logo, porque pelo que a Paola já comentou comigo ela e o meu sogro andam se pegando pesado, só não chegaram nos finalmente porque ele contém ela. Começo a rir sozinha. A Paola nesse sentido foi bem parecida comigo, eu quase mato o Tom antes da nossa primeira vez coitado
MARCO NARRANDO Cada vez que penso em tudo que o Romeu fez para envenenar a minha família e a do Fernando a vontade era de ir atrás da família dele, mas aí penso que elas não tem nada haver com a loucura do pai. Nos últimos dois meses a minha relação com a minha filha vem melhorando, não sinto tanta resistência dela, apesar dela sempre se manter distante. Mas com a Martina e meus filhos não, vejo ela cada vez mais unida, e ela vem sempre, com ou sem o Tom. Inclusive já até dormiu aqui uma vez que o Tom viajou e o Fernando também, eles não queriam deixá-la só no final de semana e ela acabou ficando aqui e foi um dos melhores finais de semana que eu já passei na minha vida. Hoje receberemos a família do Guido Costello, que é o avô da Liza, e estava nervoso, pois não nos vimos cara a cara tinha tempo. Desde que ele soube que eu matei a filha dele. Eu já matei muita gente nessa vida, mas aquela morte era a que mais me trazia arrependimento, não pelo ato em si, mas po
FERNANDO NARRANDO Voltei para a minha casa, depois de mais de 30 anos morando aqui com a Márcia, é muito estranho entrar e não me deparar com ela. Desde que tudo aconteceu eu só dormi um dia, e depois fui para casa do Tom. Nesse tempo, o meu filho vem sendo como sempre o meu melhor amigo, e um ser protetor. Fico muito feliz de vê-lo crescer e amadurecer com a Liza, ela é uma mulher fantástica apesar da pouca idade. Eu e a Paola estamos cada vez mais apaixonados e estar vivendo um amor desse depois de tanto tempo me deixou mais jovem, cerca de uns 20 anos. Eu não vejo a hora de nos casarmos porque realmente eu não estou mais aguentando a pressão que ela me dá. Ao pensar nisso um sorriso brota nos meus lábios. Ela é terrível. Estou aqui na minha sala pensando nas surpresas que foi esse final de semana, pensando em tudo que aconteceu com a notícia que serei avô, que a Ana também nutria sentimentos por mim, isso foi revitalizante, me fez acreditar que apesar de tudo vale
ELIZA NARRANDO Nem acredito que daqui a uma semana eu irei casar novamente, mas dessa vez não por qualquer motivo, mas por um único PORQUE NOS AMAMOS. Voltando no tempo, quanta coisa vivi em poucos meses. Sai de uma vida pacata, onde o hospital basicamente era a minha casa, saia com amigos, mas nunca tinha de fato me apaixonado por ninguém. Aí apareceu o Tom Denaro que me tirou o chão, me fez sentir ódio, raiva, atração, gostar e AMOR. O Tom realmente mudou muita coisa em mim, assim como eu sei que mudei tanta coisa nele. Estou aqui no hospital, ele está viajando, só volta amanhã. E a Paola irá dormir comigo lá em casa. Eu adoro quando ela vai ficar comigo, ganhei outra irmã, nos damos muito bem e somos confidentes. Fico aqui lembrando no dia que ela pegou o meu sogro. Ela conseguiu viu?? já eu não tive resultado. Fico rindo só em lembrar quando eu ficava provocando o Tom. Início do Flashback Estou na sala quando alguém bate na minha porta. — Liza, posso falar c
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo
VIKTOR NARRANDO. Eu não sou um homem muito cativante. Sou tranquilo e não gosto de me meter nos problemas dos outros, especialmente nos do meu irmão, Nathan. Esses últimos dias têm sido cansativos. Meu pai descobriu que está com câncer em fase terminal e precisa que eu me case urgentemente para assumir a direção da máfia Mallardo. Mas há um detalhe: ele fez um pacto com os Contini. Em troca de assumir a liderança, devo me casar com a filha deles, uma virgem, por um contrato de um ano. Não estou feliz com isso, mas farei o que for necessário para garantir meu lugar. Curiosamente, meu irmão não quis disputar a cadeira comigo, sabe que a preferência é sempre do filho mais velho. Contudo, o que mais me incomoda é ter que me casar com uma garota de apenas 18 anos. Hoje pela manhã, pedi à minha secretária que comprasse um vestido para presentear a moça. Como hoje é o dia da troca das alianças, ela precisava estar com algo que eu escolhesse. O dia passou depressa. Quando cheguei ao cass