Viktor NarrandoFinalmente a sós, finalmente nossa lua de mel de verdade. Eu queria muito viajar com a Anna, mas foi muita coisa de uma vez, e por isso decidimos ir a alguma praia que fosse mais próxima de casa para aproveitarmos mais juntos. Eu amo a minha mulher e quero viver o resto da minha vida com ela, nossos filhos e nossa família, todos juntos e em harmonia, como sempre foi.Anna estava incrivelmente linda, e seu corpo perfeito me instigava. Eu estava louco por um beijo dela, e no momento em que ela passou por mim e me provocou, eu não resisti. Dei o primeiro passo, um beijo devagar, gostoso, do jeito que ela me pedia, mesmo sem palavras.Eu sabia o que fazer. Primeiro, tirei seus sapatos e os joguei para o lado. Em seguida, joguei-a na cama, avançando lentamente sobre seu corpo, passando as mãos por cima das roupas e beijando-a. Tirar o que vestia foi fácil; comecei devagar, roçando meu rosto contra suas coxas lisas e perfumadas. Ela estava concentrada, de olhos fechados, mor
Anna Narrando.Nada como um dia após o outro. Eu tenho me sentido completa, feliz e incrivelmente amada por todos que estão ao meu lado: meus filhos, meu marido, meu pai, minha irmã, meus amigos… E é somente isso que precisamos.Alguns dias após o ano novo, tive um pequeno sangramento e acabei perdendo o bebê que estava esperando. Foi um sufoco, uma tristeza sem igual, nem sei como explicar, mas com o tempo fomos superando tudo e cá estamos, dois anos depois…São dois anos de silêncio profundo, tanto da parte dos russos quanto da parte do tio Arthuro… Ele sequer tem atendido as ligações do meu pai ou as minhas. Outro que sumiu foi Bernardo, o que achei bastante estranho, já que ele vivia me rondando, mesmo o Viktor não gostando.Nada me tira da cabeça que algo pode estar acontecendo. Talvez o tio Arthuro tenha se sentido ofendido com algo, ou quem sabe… existem muitas possibilidades.Eu estava tentando deixar pra lá até que comecei a receber algumas mensagens estranhas e a notar apari
Viktor narrando.Tudo está em total tranquilidade e equilíbrio: minha família bem, a máfia crescendo cada vez mais, com muitos aliados. Ainda mais agora que Anna e eu resolvemos unir nossos negócios, transformando nossas máfias em uma só. Assim, controlamos tudo sem precisar confiar em aliados que podem se voltar contra nós, como aconteceu com o desgraçado do pai da Tânia.Essa foi a maior traição vivida por ambas as máfias, e pode apostar que o jeito como ele foi cobrado se espalhou pelo mundo como exemplo para aqueles que pensassem em nos enganar de alguma forma.Anna tem sido uma esposa incrível, não tenho nada a reclamar de suas atitudes, e não tenho qualquer desconfiança dela, assim como ela de mim.Hoje tive muitas coisas para resolver com Stevan e Raul no escritório. Estava pilhado, muito estressado, então resolvi sair mais cedo e dar uma passada rápida no clube para tomar uma dose de uísque e ouvir uma boa música, só na minha companhia… mesmo sabendo da probabilidade da maldit
Anna narrando.Depois da conversa com Nathan, achei que ficaria mais tranquila, mas não foi o que aconteceu. Eu estava cada vez mais pilhada com tudo.Não queria expor para Viktor o que eu estava sentindo, muito menos as coisas que estavam acontecendo, mas de um jeito ou de outro ele acabaria percebendo. Até o irmão dele poderia abrir o jogo e contar sobre a minha pergunta referente à tal ruiva do clube.Estávamos indo jantar a dois. Hoje as crianças estavam aos cuidados do papai e da Rosa, então resolvemos sair. Meus pensamentos, porém, estavam longe, e eu sequer ouvia o que Viktor estava falando, até que ele se aborreceu e chamou minha atenção batendo a mão no volante.– Merda, Anna… – Ele falou, um pouco irritado. – Estou ficando cansado disso.– Desculpa, Viktor… – Falei, tentando pensar em alguma desculpa rápida. – Eu só estava pensando no papai.– Tem dias que você está no mundo da lua, e eu não sei o que tanto está te incomodando. – Ele respondeu.– Papai tem novos exames essa
Viktor Narrando.Tem dias que a Anna está diferente, vive aérea, não está se alimentando direito, e nem sai de casa com a frequência de antes. Parece que algo muito sério a está incomodando ou até deixando com medo, o que é raro, já que ela sempre foi uma mulher forte e muito independente.Eu tenho passado bastante tempo no clube para me distrair. Alguns acontecimentos na Máfia têm me deixado de cabeça quente, principalmente as negociações para a exportação de drogas. O DEA não tem facilitado as coisas para nós e já perdi cerca de 500 mil euros em mercadorias apreendidas. Esse novo governador está empenhado em acabar com o narcotráfico, e eu preciso urgentemente encontrar uma brecha para que as mercadorias voltem a entrar na minha rota.O único jeito vai ser fazer negócios com a Camilla. Dallas tem crescido muito, e se for necessário, eu me mudo para lá por um tempo, só para conseguir a confiança dela e dos policiais que trabalham para ela. Mas essa decisão não depende só de mim; eu p
Martina NarrandoDesde o dia em que conheci o Viktor, me apaixonei à primeira vista. Apesar de seu jeito rude, são justamente esses detalhes que nos fazem perder a cabeça, ainda mais para uma mulher como eu, que não tem nada a perder na vida.Eu sempre levei a vida desse jeito, sem ninguém que me apoiasse ou em quem me espelhar, como as pessoas normais. Meus pais me abandonaram, e a única coisa que parece que herdei deles foi a beleza, algo que aprendi a usar para ganhar algum dinheiro.Foi aí que o Viktor entrou na minha vida. Ele me deu a oportunidade de trabalhar aqui e, de vez em quando, passava um tempo comigo. Não era sempre, mas depois que a noiva dele foi embora, tudo começou a mudar.A atual mulher dele, a Anna, provavelmente não se lembra, mas ela já me viu na casa deles. Acho que foi no dia do jantar de noivado. Na época, o Nathan me levou para provocar o irmão, mas obviamente não deu certo. Viktor não deu a mínima para minha presença, e a Anna também parecia não se importa
Anna narrando.Quarto branco, luzes fluorescentes, porta fechada, bip de aparelho de pressão, veia puncionada… merda… hospital de novo, não é possível, creio que a minha vida seja isso, me dar mal…A pergunta é… onde está o meu marido? A única coisa que me lembro era de estar completamente desestruturada em cima do seu corpo cheio de sangue, mas e depois? Como eu vim parar aqui e por que não tem ninguém da minha família comigo?Eu procurei algum celular perto de mim e não encontrei nada, a única coisa que consegui achar era um botão, parecido com aqueles de campainha. Eu apertei e esperei que alguém aparecesse para ao menos me explicar o que estava acontecendo comigo e onde estava o meu marido, o meu Viktor.— Olá, querida… já era tempo de você acordar. — Uma senhora simpática, vestida de branco, falou assim que entrou no quarto. — Aposto que deve estar com fome, não é mesmo? Três dias não é nada fácil.— Três dias? Como assim? — Perguntei, ignorando totalmente a pergunta da fome.— V
Anna narrando.Um mês. Mais um dia e eu estou aqui, sentada sobre o túmulo do meu marido, pensando em quantas coisas nos foram tiradas, quantas oportunidades de um final feliz foram simplesmente jogadas fora em uma única noite. Um momento vivido que eu preferia ter esquecido para sempre, se não fosse o fato de ter levado o amor da minha vida.Todos os dias é uma luta acordar e não sentir o corpo dele ao meu lado. Aquele braço pesado que praticamente me sufocava quando ele queria um abraço. Aquelas mãos macias e, ao mesmo tempo, grandes, me envolvendo no calor dos seus braços e me fazendo simplesmente derreter por inteira.— Por que, meu amor… — Eu sussurrei alisando a sua foto.Todos os dias, a Julieta e o Dudu perguntam onde está o papai, quando o papai volta, e eu não estou mais sabendo lidar com tantas perguntas, com a ausência dele na minha vida e na das crianças.As coisas não são como nós planejamos, isso eu já aprendi desde o dia em que fui forçada a me casar com ele. Mas, dent