Capítulo 2
Ponto de Vista de Sarina:

Eu não sabia como eu parecia naquele momento, mas as palavras que saíram da boca de Maximus estavam longe de qualquer coisa que normalmente se ouviria. Eu devia estar com uma expressão de choque, com a boca aberta.

— Você me ouviu, Sarina?

Eu me sobressaltei com o som da voz dele.

— Você está insatisfeito em se satisfazer, Sr. Salonga? Não me envolva em suas besteiras. — Eu retruquei rapidamente.

Era enfurecedor. O que ele pensava que eu era? Ah, certo, ele era cego. Ele achava que eu era uma prostituta?

— Sou enfermeira, Sr. Salonga, não uma mulher fácil. Eu aceitei este trabalho por causa do alto pagamento, não por causa do seu grande pênis.— Eu nem sabia por que acrescentei essa última parte, mas vi o sorriso se espalhar pelo rosto dele.

— Diga isso de novo. — Ele disse.

— O quê?

— A última coisa que você disse. Diga de novo.

— Porque o pagamento é alto?

— A parte depois disso.

— Não por causa do seu grande p...

Eu nem cheguei a terminar antes que ele interrompesse, — Droga, você acabou de me excitar. Diga algo sujo de novo. Isso soa tão bem, estou ficando duro.

— Você é nojento, Sr. Salonga. — Eu disse, minha voz carregada de desprezo.

— Eu vou te pagar.

— Agora você acha que sou uma prostituta! — Eu rebati.

— 200 mil. Por um ano sendo minha parceira sexual pessoal. — Ele disse, e minha boca se abriu novamente.

200.000 reais?

— Você realmente acha que eu não posso ganhar esse tipo de dinheiro?

— Você não vai ganhar tanto em um ano, Sarina. E antes de começar a fantasiar, eu poderia transar com qualquer mulher de graça se quisesse. — Maximus afirmou.

— Na sua condição atual? — Eu devolvi.

— Claro, não agora. Mas se eu pagasse, ainda poderia ter alguém para transar. — Ele disse.

— Então vá pagar. — Eu retruquei.

— Estou oferecendo para você, não estou? — Ele disse como se fosse uma proposta razoável.

— Ofereça para outra pessoa. — Eu esclareci.

— Se eu quisesse outra pessoa, você não acha que já teria oferecido para ela? Você é até peituda. — Ele disse, e eu automaticamente olhei para o meu peito. Como ele sabia?

— Não seja delirante. Você me ajuda a sentar e levantar da cadeira de rodas. Eu sei que você é peituda. — Ele acrescentou rapidamente, como se estivesse lendo meus pensamentos.

— Por que não oferecer para outra pessoa? — Eu perguntei novamente.

— Porque eu ainda tenho um pouco de dignidade. As pessoas vão falar, dizendo que eu ainda sou tão tarado apesar da minha condição. E eu não quero ninguém espalhando boatos sobre mim. — Maximus justificou.

— E você acha que eu não espalharia boatos sobre você?

— Vou fazer você assinar um contrato. — Ele respondeu.

— Então faça elas assinarem um também. — Eu retruquei.

— Sério? Você quer que cada mulher com quem eu durma assine um contrato? Isso não seria um grande transtorno? — Maximus zombou. — Se for só você, eu só serei obrigado a você. E se algo sobre minha vida sexual vazar, eu investigarei você.

— Mesmo assim, não me envolva na sua perversão. — Eu disse, pegando a bandeja e caminhando em direção à porta.

— Pense nisso, Sarina—200 mil reais por um ano dormindo comigo. — Ele acrescentou enquanto eu rapidamente saía do quarto dele e seguia direto para a cozinha.

Isso era insano — O que havia de errado com ele?

Os homens que estavam acostumados a conseguir tudo eram tão descontrolados? E por que ele era assim? Ele estava disposto a me pagar 200 mil reais apenas para dormir com ele por um ano?

Eu não conseguia entender como funcionavam as mentes dos ricos. Como eles processavam as coisas?

Sim, eu precisava do dinheiro, e a oferta dele não poderia ter chegado em um momento mais conveniente.

Meu querido pai, Dean, tinha se viciado em jogos de azar, e na minha última ligação com minha mãe, Martina Ferrer, eu descobri que ele tinha penhorado o título da nossa fazenda.

Maximus sabia sobre isso? Não, ele não poderia saber. Eu estava no meu quarto quando conversei com minha mãe. Mesmo que o telefone estivesse no viva-voz, ele não podia me ouvir—Eu estava na varanda. Além disso, meu quarto ficava do outro lado de um vazio, e o quarto dele era duas portas abaixo.

Ugh! Eu não queria mais pensar sobre isso. Talvez ele estivesse fora de si por se masturbar mais cedo. Talvez quando ele voltasse ao normal, percebesse quão absurda era sua oferta.

Quando entrei no quarto dele mais tarde para dar seus remédios, ele não mencionou isso de novo, e eu soltei um suspiro de alívio.

Quando a noite chegou e eu estava de volta ao meu quarto, eu havia esquecido da oferta dele como se nunca tivesse acontecido.

Isso foi até por volta das 21h, quando recebi outra ligação da minha mãe.

Honestamente, meu salário como enfermeira especializada em um hospital conhecido era decente. Mas eu realmente queria construir uma casa decente para minha família, e foi por isso que aceitei o trabalho de ser enfermeira particular de Maximus.

— Mãe. — Eu atendi.

— Desculpe incomodar você de novo, Rina.

— Está tudo bem, mãe. — Eu disse, embora na verdade, não estivesse.

Como eu poderia dizer isso a ela?

Ela trabalhou incansavelmente para me colocar na escola. Além disso, ela apoiava meu irmão mais velho, que desperdiçou suas próprias chances, se casou imediatamente e ainda dependia dela.

— Eu não queria te envolver em nossos problemas, mas... você conhece alguém que poderia nos emprestar dinheiro para pagar as dívidas do seu pai? — A voz da minha mãe estava carregada de preocupação. — Eu serei a responsável por pagar de volta, eu prometo. É só... você sabe como as coisas são difíceis aqui no interior.

— De quanto estamos falando, mãe?

— São cerca de 70 mil reais, Rina. — Ela respondeu.

— O que? — Eu engasguei. — Como nós vamos conseguir esse tipo de dinheiro? E não é fácil pegar emprestado uma quantia tão grande.

Seu suspiro profundo ecoou pelo telefone, e meu coração doeu por ela.

— Desculpe, Rina. Eu não queria te sobrecarregar com isso, mas eu não sabia para quem mais recorrer. — Ela disse, sua voz suave e apologética.

Fechei os olhos e esfreguei as têmporas, sentindo o peso das palavras dela.

Onde eu encontraria 70 mil reais?

Meu pai não passava de um fardo, sempre trazendo problemas.

Eu não podia deixar de sentir pena da minha mãe. Ela teve azar ao se casar com ele. Mesmo sendo meu pai, eu não conseguia afastar o ressentimento que sentia.

Estava tão difícil encontrar um homem confiável hoje em dia. E aqueles que eram responsáveis? Bem, eles provavelmente estavam procurando alguém como eles.

— Tudo bem, mãe. Vou tentar encontrar uma solução. — Eu disse, na esperança de acalmar a ansiedade dela.

O pensamento da minha mãe, aos 55, ainda enfrentando esses problemas pesava sobre mim.

— Obrigada, Rina. — Martina disse, alívio evidente em sua voz. — Cuide-se.

— Você também, mãe. — Eu respondi antes de encerrar a chamada.

A proposta indecente de Maximus de repente apareceu em minha mente. Eu deveria considerá-la? Afinal, ele só me queria para sexo.

— Ugh... Posso realmente dormir com alguém que não é meu parceiro? — Eu murmurei em voz alta.

Olhei para a porta do meu quarto, certificando-me de que estava trancada. Ninguém tinha ouvido isso, certo?

— Pai, eu juro que esta é a última vez que você fará a mamãe passar por isso. — Eu prometi. — Eu pessoalmente vou garantir que você acabe na prisão.—

Mas eu sabia a verdade. Não havia nada que eu pudesse fazer—ninguém para desabafar além de mim mesma.

-

No dia seguinte, avaliei meu empregador pervertido, esperando que ele trouxesse sua oferta novamente.

No entanto, mesmo quando ele estava pronto para dormir, ele não disse uma palavra.

A mesma coisa aconteceu no dia seguinte.

Ele havia caído em si? Percebeu que 200 mil reais era muito dinheiro por um ano de sexo?

Honestamente, ele não perderia, especialmente porque eu ainda era virgem.

No entanto, considerando o quão tarado ele era, eu poderia acabar pior. Como ficaria meu pobre corpo depois de um ano disso?

-

Passou uma semana.

Eu me encontrava novamente em seu quarto, alimentando-o, incapaz de desviar os olhos dele. Afinal, ele não perceberia, já que era cego.

— Sarina. — A voz dele me assustou, apesar do meu foco intenso nele.

— O que agora? — Eu perguntei, fingindo irritação.

— Você está me olhando? — Ele perguntou.

Que inferno? Ele era realmente cego?

Não pude resistir a acenar minha mão na frente do rosto dele, mas nada aconteceu. Ele nem piscou.

— Não, por que eu olharia para você? — Eu respondi, tentando soar irritada.

— Não sei. Apenas sinto que alguém está me encarando há um tempo. Hesitei em perguntar porque achei que você poderia pensar que eu estou ficando louco. — Ele disse com um dar de ombros.

Respirei fundo e reuni coragem.

— Eu aceito. — Eu disse sem hesitação.

Droga, eu esperava que este pervertido ainda estivesse interessado.

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