Capítulo 5
Ponto de Vista de Sarina:

Maximus e eu estávamos morando juntos havia uma semana, mas ele ainda não tinha tomado nenhuma iniciativa comigo. Fiquei um pouco surpresa porque, embora compartilhássemos a cama, ele nem sequer tentou me abraçar.

Os papéis do nosso casamento já tinham sido processados, e eu começava a me perguntar se ele ainda estava em sua plena consciência.

Considerando o quanto ele era pervertido, era difícil acreditar que ele não tinha me tocado.

Eu já tinha enviado os 70 mil reais para minha mãe para pagar as dívidas do meu pai.

Tinha reunido toda a minha coragem para pedir a ele. Não me importava se ele decidisse dormir comigo até o Natal — o que importava era que eu precisava do dinheiro agora.

Estávamos no nosso quarto, e eu estava vestindo-o.

Na verdade, tínhamos tomado banho juntos, embora eu não quisesse realmente, mas ele tinha insistido tanto que acabei cedendo. Eu imaginei que ele gostaria de fazer sexo, mas não.

— Amor. — Ele chamou, então me virei para ele.

— Você pode ver se o motorista está aqui? — Maximus perguntou.

— Por quê? Você vai a algum lugar? — Perguntei, intrigada. Ele não tinha mencionado que sairia.

— Quer que eu ajude você a se trocar? Você está só de camiseta e bermuda. — Ofereci.

— Assim está bom. Só vou ao hospital. — Ele respondeu.

— Hein? Por que você não disse isso antes? Você está bem assim. Só espera um segundo, e vou trocar de roupa para ir com você. — Eu disse.

— Não precisa. Vou sozinho. —

— O quê? De jeito nenhum. Não quero que digam que sou sua esposa e não cuido de você. Espera, serei rápida. — Então, troquei por uma calça e uma camiseta, em vez da camisola e shorts que eu estava usando antes.

— Vamos. — Eu disse, e saímos.

-

— Eu te disse que não precisava vir. — Maximus disse quando chegamos ao hospital, e Aries nos cumprimentou com um sorriso.

— Meu assistente está aqui mesmo. — Maximus acrescentou.

— Deixa para lá. Já estou aqui. Você deveria ter dito algo antes de sairmos. — Eu respondi, então sorri para Aries.

— Você deveria ficar aqui. — Maximus disse novamente quando estávamos prestes a entrar no consultório do médico.

— Por quê?

— Não quero que você ouça o que o médico vai dizer. — Ele respondeu.

— E por que não posso ouvir? — Eu insisti.

— Quero que você ouça quando os resultados forem positivos, para que você fique feliz. — Maximus declarou.

— O que isso tem a ver com a minha felicidade? — Perguntei.

— Apenas fique aqui. — Ele insistiu, então deixou que Aries o empurrasse para dentro da sala, me deixando do lado de fora.

Pouco tempo depois, Aries saiu.

— Ele não me quis lá dentro também. — Aries disse, e eu apenas assenti.

Era decisão de Maximus se ele não queria companhia. Ele ligaria se precisasse de alguma coisa.

Não muito tempo depois, Maximus saiu com o médico, que sorriu para mim.

— Como ele está, doutor? — Perguntei.

O médico olhou para Maximus antes de responder com um sorriso exageradamente doce. O que foi isso? Por que ele parecia estar me provocando?

— Sra. Salonga, ele está bem. Já providenciei os médicos que cuidarão da cirurgia dele. — o médico explicou. — Mas, por favor, o ajude com a terapia. Ele precisa caminhar, e isso não acontecerá se ele continuar na cadeira de rodas.—

— Ah, ok. — Eu respondi.

Então, senti Maximus pegar minha mão enquanto eu estava ao lado dele. Deixei porque, afinal, éramos casados.

O médico nos deixou sozinhos.

— Senhor, vou voltar ao escritório. — Aries disse.

— Ok. Não se esqueça de enviar todos os documentos que preciso revisar. — Maximus respondeu.

Ri de mim mesma. Revisar? Balancei a cabeça — a confiança desse homem era de outro nível.

-

Aries ainda estava conosco enquanto íamos até o estacionamento onde o motorista estava esperando.

O elevador parou no andar térreo, e Maximus e eu saímos primeiro, enquanto eu empurrava sua cadeira de rodas, com Aries nos seguindo atrás.

Quando nos aproximamos da saída, uma mulher passou por nós, seu olhar fixo em meu marido.

Espera, meu marido?

Curiosa, parei de andar e olhei para ela. Ela não conseguia tirar os olhos de Maximus. Será que eles se conheciam?

— Amor, por que paramos? — Maximus perguntou.

Era como se a mulher tivesse sido despertada — ela se assustou e me olhou antes de rapidamente olhar de volta para Maximus.

— Amor. — Ele repetiu.

— Hein? Desculpe, pensei que a conhecia. — Eu disse, e a mulher se afastou apressada.

Observei-a por um momento, minha curiosidade aguçada.

— Quem era ela, amor? Não vamos embora? — Maximus perguntou, me trazendo de volta à realidade.

Antes que eu pudesse responder, notei que Aries também estava observando a mulher. Seus olhos se arregalaram quando percebeu que eu o peguei.

— Você a conhece? — Eu perguntei para ele.

— Hein? Não, Sra. Salonga. — Aries respondeu rapidamente.

— Quem era? — Maximus perguntou novamente.

— Ninguém. Eu também não a conheço. Ela só estava olhando, e achei que a reconheci. — Eu disse.

— Você está comigo, e ainda está de olho em outros caras? — Maximus brincou, com um tom de ciúme.

— Eu estava olhando para uma mulher, não um cara. Não sou como você! — eu retruquei, retomando o empurrão da cadeira de rodas até chegarmos ao estacionamento.

-

Voltamos para casa. Uma coisa que eu admirava em Maximus era que, mesmo com uma simples camiseta e shorts de caminhada, sentado numa cadeira de rodas, as mulheres não podiam evitar olhar para ele.

Seria difícil deixá-lo ir. Com certeza, haveria uma fila de mulheres esperando por sua chance com ele.

— Amor, amor, amor!—

— O que foi? Por que continua dizendo 'amor'? — Eu disparei, um pouco irritada.

Como não estar? Estávamos apenas sentados um ao lado do outro no sofá, e ele continuava me chamando sem motivo.

— Por que você não me diz logo o que precisa? — Perguntei, irritada.

— Pensei que talvez você não estivesse me ouvindo. — Ele disse, sorrindo, e revirei os olhos.

— Sabe, mal posso esperar para você voltar a ver para que possa testemunhar como meus olhos se estreitam de frustração por sua causa. — Eu retruquei.

— Eu preferiria ver como seus olhos rolam de prazer quando eu estiver comendo sua buceta. — Ele provocou.

— Sr. Salonga! — eu ofeguei.

— Amor, quando vai me chamar assim? Acha que não percebi que você nunca usa isso? Lembre-se, temos um contrato, e eu já paguei a você integralmente. Então é melhor começar a cumprir sua parte no acordo. — Ele exigiu.

Droga! Ele estava prestes a fazer o que pagou para fazer?

— Sr. e Sra. Salonga, aqui está seu lanche. — Disse Lisa, nossa empregada, colocando suco e donuts na mesinha de centro.

— Obrigado. — Maximus disse.

Fiquei em silêncio e peguei um donut.

— Não se esqueça de mim, amor. — O atrevido brincou.

— Vou sair agora. Volto amanhã de manhã. — Lisa disse.

— Tudo bem, obrigado pelo lanche. — Maximus e eu respondemos em uníssono.

Assim que Lisa saiu, éramos só nós dois. Liguei a TV, ainda comendo, quando de repente Maximus me puxou para perto dele.

— O que foi agora?

— Quando estamos sentados assim, quero você perto de mim. — Ele disse.

— E por que isso? — Eu perguntei.

— Para minhas mãos poderem brincar. — Ele disse, deslizando a mão por baixo da minha camiseta.

Ele não parou até sua mão estar sob meu sutiã, e eu pude sentir o calor de sua palma enquanto seus dedos provocavam meu mamilo.

— Ohh…

Droga, por que eu gemi?!

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