Capítulo 4
Ponto de Vista de Sarina:

— O que isso significa? Por que precisamos nos casar? — Perguntei, confusa.

Sim, eu me perguntava se poderia dormir com alguém que não fosse meu parceiro, mas nunca me passou pela cabeça que ele associaria a palavra ‘casamento’ ao nosso acordo.

— Você já viu e leu, então por que está perguntando? — Maximus respondeu.

— Ainda não entendo. Estamos falando de casamento aqui, Sr. Salonga — um compromisso para a vida toda. Nosso acordo era apenas por um ano de sexo. — Expliquei.

— Isso é para o seu benefício também. Você não quer que evitemos ser imorais? — Perguntou como se realmente tivesse pensado nisso.

— Eu entendo isso, mas não estou pronta para me casar! — Exclamei.

— Bem, é melhor você começar a se preparar. Se está pronta para se comprometer com um ano de sexo, então esteja pronta para se tornar a Sra. Salonga.

— Você acha que é assim tão fácil? — Perguntei de volta.

— Eu sei que não é. Você consegue me imaginar casando? Preso a você? — Ele disse de forma zombeteira.

— Exatamente! — Exclamei, exasperada.

Talvez ele tenha enlouquecido, e eu precise trazê-lo de volta à realidade.

— E se você engravidar? — Maximus perguntou.

— Sou enfermeira, sei como evitar gravidez. — Respondi.

— Mas e se acontecer? — Ele insistiu.

— Esse é meu problema. — Eu respondi.

— E quanto ao meu filho? — Maximus inquiriu.

— Ainda seria meu filho. — repliquei.

— Você quer tornar meu filho um bastardo? — Ele perguntou, soando irritado.

— Você já dormiu com várias mulheres antes, e nunca pensou nisso. Por que isso te preocupa agora? — Retruquei.

— Eu não durmo com a mesma mulher duas vezes. E, todas as vezes, eu me certifiquei de que não engravidassem. — Maximus afirmou.

— Ah, então você é o homem. Mas o que o casamento tem a ver com isso tudo?

— Imagine, estarei dormindo com você por um ano. Todo dia, estarei gozando dentro de você. Você realmente acha que não teremos um bebê? — Ele perguntou.

Por mais séria que fosse nossa conversa, não pude deixar de me sentir excitada. Talvez seja verdade — falar safado realmente pode ser excitante.

— Todo dia durante um ano? E quando eu estiver menstruada? — Perguntei.

— Você acha que isso vai me deter? — Ele gabou-se.

— Uau, você é intenso! Então, mesmo quando minha buceta estiver cheia de sangue, você não vai parar?

— Preciso saber se sua buceta vale mesmo 200 mil reais. Seja grata por eu não ter pedido uma amostra grátis. Apenas certifique-se de que seus sucos são doces quando eu te lamber. — Maximus advertiu.

— Eca! Não é pra ser doce.

— Bem, esse é um problema seu para resolver. — Ele disse casualmente.

Balancei a cabeça e não discuti mais. Talvez isso fosse melhor do que ser imoral. Lidaríamos com nossa separação quando chegasse o momento.

— Assine o contrato e o pedido de casamento também, porque Aries voltará para processá-lo. Planejaremos o grande casamento uma vez que você esteja grávida. — Maximus instruiu.

Meus olhos se arregalaram com suas palavras. Eu não esperava uma grande celebração quando aceitei este casamento, sabendo que era apenas um meio para um fim sexo.

Ainda assim, ao assinar os papéis, não pude parar de pensar na palavra casamento. — Deveria ser para pessoas apaixonadas, então por que eu estava fazendo isso com alguém que eu nem sequer gostava?

Não era questão de ser exigente demais — Meu empregador era rico, bonito, tinha um ótimo corpo e, bem, ele era bem-dotado. Mas um playboy? Isso era um grande não para mim.

Por outro lado, eu já estava segurando o pau dele, então poderia muito bem continuar com isso.

— O que é isso sobre 'amor'? — Perguntei enquanto examinava o contrato.

— Você precisa me chamar de ‘amor’, especialmente quando estivermos fazendo sexo. — Maximus explicou.

— E por quê, exatamente? — Pressionei, levantando uma sobrancelha.

— Isso me excita. Imagine eu te penetrando e, em vez de gemer 'Sr. Salonga', você dizer ‘Amor’. — Ele elaborou com um sorriso.

— Eu não vou gemer! — Retruquei defensivamente.

— Continue lendo para saber no que está se metendo. — Ele respondeu, com um tom casual.

— Espere, sou obrigada a gemer?!

Maximus sorriu. — Claro. Quero te ouvir aproveitar.

— E se eu não gostar de verdade? — Rebati.

Ele pausou, então respondeu confiante. — Tenho certeza de que você vai. Toda mulher com quem estive pede uma segunda rodada. Mas eu nunca dou porque não quero. Se você for realmente fria, no entanto, terá que fingir.

— Fria? Talvez eu só não goste de você. — Provoquei.

— Eu? Você não gosta de mim? Por quê? É porque sou cego e não posso andar? — Ele perguntou, parecendo chateado.

— O que ser cego e não poder andar tem a ver com qualquer coisa? Se não fosse pela sua condição, eu nem teria um emprego. — Retruquei, indiferente.

— É só isso?

— Era para ter algo mais?

— Sou Maximus Salonga, o solteiro mais cobiçado do país. — Ele disse, claramente se gabando.

— E um playboy. Não se esqueça disso. Por isso não entendo por que precisamos nos casar, quando provavelmente você será o primeiro a quebrar nosso casamento. — Eu disse.

— Não tenha tanta certeza, Sarina. Você não sabe — Posso ser leal. — Ele disse, mas eu o ignorei e continuei lendo o contrato.

Tudo parecia bem, exceto a parte de chamá-lo de ‘amor’ e os gemidos. Era ridículo. Eu sabia que essas coisas deveriam vir naturalmente, mas ele queria forçá-las.

Apenas balancei a cabeça e aceitei, sabendo que era eu quem precisava do dinheiro, por mais irracionais que os termos parecessem. Assim, assinei.

-

Duas horas depois, Aries voltou para recolher os documentos.

— Vou embora agora, Sra. e Sr. Salonga. — Ele disse.

Senti uma onda repentina de vergonha. Ele me chamou de 'Sra. Salonga', mesmo sabendo que isso era apenas um contrato.

— Por que temos que nos mudar para o seu apartamento? — Perguntei curiosamente quando estávamos sozinhos novamente.

— Quero marcar uma consulta para um exame. — Ele respondeu.

Levantei uma sobrancelha para ele. Pelo que eu sabia, ele sempre recusou atendimento médico.

Sua avó tentou inúmeras vezes convencê-lo a fazer cirurgia, mas ele nunca concordou. Mesmo estando no exterior, ela ligava com frequência, e suas conversas geralmente eram no viva-voz, então eu a ouvi implorando muitas vezes.

O que fez com que ele de repente quisesse melhorar?

— Por que você está tão quieta? — Ele perguntou, intrigado.

— Como eu poderia não estar? Parece que acabei de presenciar um milagre. O que te fez querer ver e andar de novo? — Perguntei, genuinamente curiosa.

— Para fazer o sexo melhor. — Ele respondeu.

— Sr. Salonga! — Exclamei, frustrada. — Sexo é tudo o que você pensa?

— Sim, mas vamos ver se ainda será o caso depois que eu provar você. — Ele disse despreocupadamente.

Sua resposta casual me deixou sem palavras.

— Gostaria de ter uma conversa normal com você pelo menos uma vez. — Disse enquanto me levantava.

— Para onde você vai? — Ele perguntou.

— Vou conferir o que tem na sua geladeira. Estou com fome. — Respondi.

— Não cozinhe. Vamos só pedir comida. — Ele instruiu. — Temos uma empregada, mas ela só está aqui durante o dia para limpar. À tarde, somos só nós dois, como agora.

Assenti, mas ainda me dirigi à cozinha.

— Você está com fome? O que você quer? — Perguntei.

Era tarde demais para um lanche e muito cedo para o jantar, então eu estava pensando em preparar algo leve.

— Você. — Ele disse.

— Hein? O que você quer dizer?

— Quero te comer.

Virei-me para vê-lo rindo como se tivesse acabado de ouvir a piada mais engraçada. O idiota não parava. Ele deve ter imaginado minha reação ao seu comentário ridículo. Que canalha!

— Por que você está quieta? Foi só uma piada. — Maximus perguntou.

— Pare com as piadas pervertidas, Sr. Salonga. — Exigi.

— Acostume-se a me chamar de ‘amor’. Em breve estaremos casados, não seremos mais empregador e funcionária. Será estranho para outras pessoas te ouvirem me chamar de ‘Sr. Salonga’.

Ele tinha razão, mas ainda assim...

— Não é tão fácil. Preciso de tempo para me adaptar. — Eu disse.

Essa palavra 'amor' era para alguém por quem eu realmente me importava.

Não entendia por que era tão importante para ele que usássemos. Talvez ele só quisesse exibir nosso relacionamento falso, provar para ele mesmo — E talvez para sua ex — que ele tinha superado.

O ego realmente era um adversário formidável.

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