Alguns minutos depois, Aurora sentiu sua cabeça melhorar, então se levantou, mas sentiu-se só za novamente e só não caiu porque uma mão a segurou. — Está tudo bem, precisa de um médico? — perguntou Vicent, preocupado. — Eu estou bem, pode me soltar, foi só um mal estar momentâneo — Aurora se desvencilhou e se afastou. — Está tudo bem mesmo? Parece um pouco nervosa. Aconteceu alguma coisa? — Já disse que estou bem. Com licença! — Aurora… — Vicent pegou em seu braço antes que ela saísse. — Qual é a sua, Vicent? — Aurora fez um movimento que o obrigou a soltá-la e .aia uma vez se afastou. Vicent seguiu o olhar dela até ver sua carteira ao lado do laptop dela na mesa, então seu coração acelerou. — Droga! Não é o que você está pensando — ele começou, sua voz firme, mas foi cortado imediatamente. — Acho que deveria sair agora — Aurora disse friamente. — Não posso fazer isso — Vicente respondeu rapidamente. — Hunter me deixou encarregado de ficar perto de você. Aurora cruzou
No porta-luvas, encontrou documentos e cartões que poderiam ser úteis. Decidiu dirigir para Jersey City, onde poderia se esconder e tentar estabelecer contato com seu pai ou alguém de confiança. Ao chegar na cidade, entrou em um subúrbio tranquilo e alugou um quarto em uma pensão barata, um local que não chamasse a atenção. Sentada na cama, com o celular e o laptop deixado no carro, tentou repetidamente fazer conexão com Edwin ou seu pai, sem sucesso. Pensou em ligar para Megan, mas descartou a ideia, seria perigoso demais. Exausta e frustrada, Aurora decidiu tomar um banho para clarear a mente. A água quente ajudou a aliviar a tensão muscular, mas sua mente continuava agitada. Quando saiu do banheiro, enrolada em uma toalha, ouviu uma movimentação estranha fora do quarto. Seu corpo congelou momentaneamente. Com passos cuidadosos, aproximou-se da porta, tentando ouvir melhor. Através da fina divisória, podia ouvir vozes abafadas e passos rápidos. Seu coração acelerou, a adrenalina
O coração de Aurora acelerou ao ouvir menção à sua mãe. Rafael percebeu a reação dela e seu sorriso se alargou ainda mais, claramente aproveitando o impacto de suas palavras. — Ah, vejo que isso te tocou. Sim, sua mãe era uma mulher extraordinária. Assim como você, Aurora. — Ele se inclinou mais perto, o sorriso cruel não saindo do rosto. — Mas estou curioso para ver até onde vai essa sua coragem. Aurora olhou nos olhos dele. Ela precisava se manter firme, por ela mesma, por Megan, e por seu bebê. Tentando controlar a respiração e manter a calma, sabia que precisaria de toda a sua inteligência e coragem para sair daquela situação. Rafael continuou sua narrativa com um semblante carregado de tristeza e raiva contida. — Leonard roubou minha mulher, Aurora. Ele a maltratou tanto que, quando ela estava grávida de você, fugiu para meus braços. Adson foi uma mãe para você desde o momento em que nasceu. Você e Vicent eram como irmãos, crescendo juntos sob os cuidados dela. Tudo parecia e
Matt explicou mais detalhes, entre gemidos de dor, sobre o ataque. Chegando em sua casa, Megan o levou para dentro e o fez sentar-se na cozinha. Ela pegou suprimentos médicos que mantinha para emergências e começou a limpar e suturar o ferimento do amigo. — Você precisa descansar um pouco. Vou te dar algo para a dor. Ela entregou-lhe um analgésico e um copo d'água, que ele aceitou com gratidão. Enquanto ele se recuperava lentamente, Megan pegou seu celular e tentou ligar para Aurora várias vezes, mas só dava na caixa postal. — Droga, ela não está atendendo. Matt suspirou, visivelmente abalado pela situação. — Ela pode ter se escondido. Precisamos encontrar uma maneira de localizá-la. — Vou tentar de novo. Enquanto isso, descanse. Vou cuidar disso. Matt assentiu, confiando em Megan para ajudar Aurora. Sentada ao lado dele, ela continuou a tentar ligar para a irmã, rezando para que conseguisse alcançá-la antes que fosse tarde demais. ....... Vicent segurava o telefone com mão
– Tem uma coisa que precisam saber – começou ele, a voz tensa. – Megan não é apenas a irmã mais nova de Aurora. Ela é sua irmã gêmea. Hunter e Vicent o olharam, surpresos. – O quê? – exclamou Hunter, incrédulo. James assentiu, o rosto sério. – A mãe delas escondeu Megan porque a verdadeira irmã mais velha, Aurora, estava morta. Leonard, claro, não podia saber. Megan foi criada como se fosse a mais nova, mas ela e Diana são gêmeas. Vicent parecia lutar para processar a informação. – Então... Aurora é a verdadeira Diana? – perguntou ele, a voz carregada de incredulidade. James assentiu novamente. A revelação deixou Vicent ainda mais desesperado. Ele passou a mão pelos cabelos, a mente girando com a nova informação. – Meu pai... ele vai matá-la. Ele passou anos buscando vingança pela morte de Diana e não vai hesitar em puxar o gatilho assim que a encontrar. James acelerou ainda mais, o carro rugindo pelas ruas de Nova York. – Não vamos deixar isso acontecer — ele respondeu,
Megan olhou para Matt e depois para o bebê, sua decisão já tomada. – Eu vou com vocês – disse ela, decidida. Matt tentou argumentar: – Megan, seu lugar é aqui com seu filho. Ele é sua prioridade agora. Megan balançou a cabeça. – Cuide bem do meu bebê, Matt. Caso eu não volte. James tem razão , e a minha irmã, ela morreria por mim – pediu ela, com um olhar resoluto. Com isso, eles saíram juntos, determinados a encontrar Rafael e salvar Aurora. Sem saber por onde começar, Vicent começou a fazer várias ligações, tentando obter alguma pista. Enquanto isso, Megan pegou seu computador portátil e, em questão de minutos, encontrou o telefone de Rafael. A esperança reacendeu nos olhos de todos enquanto se preparavam para a próxima etapa de sua missão desesperada. ....... Rafael mantinha Aurora em cativeiro, e a torturava com palavras cruéis. Ela estava impotente, sem meios de se defender. Em sua mente, pensamentos de arrependimento a consumiam. "Se tudo tivesse sido esclarecido ant
Aurora não conseguia parar de chorar, a angústia crescendo dentro dela. De repente, ela desabafou, a verdade explodindo de dentro dela. – Eu não sou Aurora! Meu nome é Megan. Diana é minha irmã e ela está viva. A verdadeira Aurora... Foi ela quem morreu há 10 anos. Aurora soluçou ao terminar de dizer as palavras. Guardar esse segredo por tantos anos, não ter o amor de seu pai porque ele não podia saber quem ela era… e no final estar ali. Não era justo. Rafael piscou, surpreso e confuso, apertando ainda mais o volante. – Você está tentando me enrolar. Isso é impossível! – gritou ele, os olhos cheios de dúvida. – Não estou. A revelação me pegou de surpresa também. É impossível que eu esteja fingindo – Mega falou com a voz cheia de desespero. – Minha mãe nunca me disse nada, apenas que Diana deveria ocupar o lugar de Aurora, e eu não poderia voltar para a casa do meu pai. Rafael, ainda incrédulo, dirigia cada vez mais rápido, o carro ziguezagueando pelas ruas. Megan chorava silen
O carro foi atingido na traseira, fazendo Rafael perder o controle. O veículo girou violentamente na estrada, as luzes dos faróis criando um borrão de movimento caótico. Eles atravessaram a pista e saíram da estrada, indo em direção a uma vala profunda. – Segure-se! – gritou Rafael, tentando estabilizar o volante. Mas era tarde demais. O carro despencou na vala, capotando várias vezes antes de finalmente parar de cabeça para baixo. Dentro do carro, Rafael sentiu um corte profundo na testa, o sangue escorrendo pelo rosto. Megan estava inconsciente ao seu lado, a protuberância em seu ventre ainda mais visível e preocupante. – Megan! – chamou Rafael, sua voz rouca e desesperada, sem resposta. Ele tentou se soltar do cinto de segurança, gemendo de dor ao mover o corpo ferido. Conseguiu se libertar e se arrastou até Megan, tentando verificar seus sinais vitais. – Por favor, acorde. Não desista agora – sussurrou ele, com a voz trêmula. Lá fora, os carros que os perseguiam pararam ab