Eu estava frustrado. Não consegui comprar meu café e agora dei de cara com minha ex-noiva. Meu dia havia começado tão bem, com Clara em minha cama, e agora parecia que o céu tinha fechado quando Renata apareceu.Entrei no carro e dirigi até o prédio da minha empresa. Quem contou para ela sobre o fato de eu estar sem secretária deve ter dado alguma pista para ela se aproximar, e isso me deixava mais furioso.Não poderia ser ninguém da minha família. Minha mãe e minha irmã querem minha felicidade e sabem muito bem como fiquei arrasado com o que Renata fez. E muito menos meu meio-irmão, que está me ajudando com Clara e a fechar os negócios com outra empresa.Poderia ser alguém da minha própria empresa? Quando Clara foi ao RH por conta própria ou quando eu pedi o desligamento dela, alguém deve ter dito algo para Renata. Ela sempre teve seus contatos, e não duvidaria nada se alguém de dentro da empresa ficasse do lado dela.Eu preciso descobrir quem está vazando informações. Essa traição m
Desde o momento em que a correspondência chegou, eu estava bastante irritada. Eu havia me entregado a Victor, e ele prometeu que não sairia com mais ninguém se eu fosse dele por completo. Eu odiava tudo aquilo e estava tentando ao máximo tornar aquilo mais confortável possível. Não amava Victor Calderón, mas queria que aquele casamento desse certo para ambos conseguir o que desejávamos.Ao me trancar no quarto, me sentei na beira da cama e peguei o celular, ficando olhando para a foto do meu irmão. Sentia tanta falta da minha família, queria ver meu irmão bem, minha mãe e meu pai ainda juntos. Meu pai fazia tanta falta, e sua partida deixou a família destruída, minha mãe parece sem vida e meu irmão internado no hospital só piorava as coisas, pois por eles eu estava ali.Lágrimas escorreram dos meus olhos, porque era tão difícil. Não conseguia pagar as dívidas da família e ajudar meu irmão se não fizesse isso. Não conseguia fazer nada, me sentia uma inútil e tão pequena.Alguém bateu n
— Não precisa se desculpar, estava fazendo minhas pesquisas do trabalho, nem vi a hora passar.— Você está investigando meu marido? — Eu pergunto a Isabella, lembrando do que Victor comentou.Ela ri e pega o cardápio.— Alguém precisa proteger você — Isabella responde.— Sei me proteger sozinha — Resmungo.— Mas já está chamando o senhor Grinch de marido — Ela diz, espiando-me pelo cardápio.Eu rio.— E não é? — Respondo.Isabella balança a cabeça negativamente.— Preciso me precaver, não pode pisar no terreno assim. Sei como você é sensível — Ela comenta.Eu me encolho na cadeira, sabendo que ela está certa.— Não quero que se machuque — Isabella completa.— Eu não o amo — Eu digo.— Agora! — Ela rebate.Isabella olha para o cardápio e fala:— Vou querer um Bolo Red Velvet frappuccino. E você?Torço os lábios.— O mesmo que você.Ela respira fundo e me entrega o cardápio.— Você precisa tomar suas próprias decisões, nem que seja um simples café da manhã.— Sei disso, mas o que posso
— Não dei autorização para mexer no meu celular — declarei, cruzando os braços e olhando fixamente em seus olhos. — Tem feito muita coisa do meu desagrado.Clara bufou e saiu da cozinha, virando nos calcanhares e jogando o cabelo para trás, pisando firme. Fiquei olhando para sua bunda enquanto ela andava, praticamente rebolando. Essa mulher iria me deixar louco.— A conversa não acabou, Clara! — Fui atrás dela.— Ah... mas para mim acabou — resmungou, sem olhar para trás.Apertei o passo, alcançando-a no corredor e segurando seu braço.— Não ouse me ignorar, Clara. Você é minha esposa e vai me ouvir — Minha voz saiu autoritária, deixando claro que não aceitaria ser tratado assim.Ela me encarou, os olhos brilhando de raiva.— Seu esposo? — Ela riu sarcasticamente. — Não me faça rir, Victor. Esse casamento é uma farsa e você sabe disso!Senti meu sangue ferver. Como ela se atrevia a falar assim comigo?— Olha aqui, sua...Mas antes que eu pudesse terminar a frase, ela me interrompeu.—
Mal tinha chegado ao escritório e já podia sentir o olhar penetrante do Sr. Calderón sobre mim. Eu odiava quando ele me encarava daquele jeito, como se pudesse ver direto na minha alma. Aqueles olhos negros pareciam perscrutar cada movimento meu, cada gesto.Estava apenas copo de café da Starbucks para o senhor Calderón, havia me atrasado cinco minutos por conta de um maldito ciclista passou na minha frente e me fazendo derrubar todo o meu café em minha camiseta. Precisei correr para o banheiro assim que cheguei no prédio para tentar tirar a grande mancha da camisa, mas foi em vão.Estendi o copo de café, a mão tremendo levemente. — Desculpe o atraso, senhor. Tive um pequeno imprevisto no caminho.— Engoli em seco, rezando para que ele não notasse a mancha em minha blusa.Ele pegou o copo, os lábios se contraindo em uma careta.— Senhorita Martins, você sabe muito bem que odeio atrasos — A voz grave e autoritária ecoou pelo escritório silencioso.Abaixei o olhar, sentindo minhas b
— Eu espero que sim...— Mordi o lábio inferior, a insegurança ainda me corroendo por dentro. — Às vezes eu me sinto tão… inadequada perto dele, sabe? Como se nunca fosse o suficiente.Isabella me encarou com seriedade. — Olha, você precisa parar de se menosprezar assim. Você é incrível, Clara, e merece muito mais do que esse chefe rabugento te tratando mal. — Ela fez uma pausa, seus olhos brilhando com determinação. — Se ele não consegue enxergar o seu valor, o problema é dele, não seu.Suas palavras me acalmaram um pouco. Ela sempre sabia o que dizer para me fazer sentir melhor. — Obrigada, Isa. Eu realmente não sei o que faria sem você.— Ah, você sabe que eu sempre estarei aqui pra você.— Ela me deu um abraço apertado. — Agora vá se trocar logo, antes que o Sr. Grinch volte e fique bravo por você estar demorando.Ri da comparação, me sentindo um pouco mais leve. — Certo, certo. Já estou indo.Me dirigi ao banheiro, a camisa de Isabella em mãos. Talvez, com o apoio da minha am
Enquanto me dirigia ao restaurante Boucherie Union Square, meu estômago revirava de nervosismo. Essa reunião com o advogado da Triton Technologies poderia definir os rumos de toda a negociação.Adrien Moreau era conhecido por ser um negociador astuto e implacável. Especializado em fusões e aquisições, ele era extremamente leal ao dono da Triton, Leonardo, agindo como seus olhos e ouvidos em todas as transações.Ao chegar, avistei-o sentado em uma das mesas reservadas, sério e impassível como sempre. Tomei um fôlego profundo antes de me aproximar.— Uma ótima escolha para o restaurante — ele comentou assim que me viu.— Perfeito para uma reunião como a nossa — respondi, tentando manter a calma.Fomos guiados até a mesa e nos acomodamos. O garçom trouxe os cardápios e nos deixou a sós.— Bem, Sr. Moreau, agradeço por aceitar esse encontro — comecei, desejando que minha voz não denunciasse meu nervosismo.— Pelo contrário, Sr. Calderón, o prazer é meu — ele respondeu, seus olhos me estud
"Fala, Max. Como sabia que eu já havia terminado a reunião com o advogado da Triton?" Perguntei, curioso."Oras, Victor, eu te conheço bem o suficiente." Sua voz soou divertida do outro lado da linha. "E então, como foi? O Adrien Moreau é tão implacável quanto me disseram?"Suspirei, passando a mão pelos cabelos. "Você tinha razão, Max. A Triton é uma empresa bastante tradicional, assim como o seu dono, Leonardo Duval.""Eu te disse!" Ele exclamou. "E você sabe o que isso significa, não é?"Relutantemente, assenti, mesmo que ele não pudesse me ver. "Sim, eu sei. Você acha que eu preciso me casar para fechar esse negócio.""Exatamente!" Max respondeu. "Esses caras da Triton querem ver uma imagem de família, de estabilidade. Um CEO solteiro de quase 40 anos não vai convencê-los."Resmunguei, tentando não soar tão inconformado. "Eu sei, Max. Mas isso é muito arriscado. Não posso simplesmente arrumar uma noiva da noite pro dia.""Mais arriscado do que perder esse contrato?" Sua voz ficou