Sorrio nervosamente para as câmeras, ainda não acreditando que tudo isso está realmente acontecendo. Meu coração bate acelerado enquanto acompanho Victor nesse tapete vermelho, cheio de flashes e olhares curiosos. Não imaginava que iria me encontrar nessa situação tão surreal.E se meu irmão ficar sabendo que me casei com meu chefe? E se minha mãe descobrir? Eles ficarão tão chateados comigo... Ou talvez coisa pior. Preciso ter uma boa desculpa preparada, pois eles jamais aceitariam essa situação.Talvez eu possa dizer que apenas vim acompanhá-lo ao evento, como sua convidada. Quem sabe isso possa ajudar a explicar a situação. Respiro fundo, tentando me acalmar, quando finalmente entramos no luxuoso salão da festa.— São poucos convidados mesmo? — pergunto a Victor, visivelmente nervosa.Ele me olha e então beija minha testa, soltando minha mão.— É uma festa bem exclusiva — ele explica. — O senhor Triton dificilmente chama muitas pessoas, são escolhidas a dedo. E se ele nos chamou, p
Assim que as portas do elevador se abriram, meus olhos foram presenteados com uma visão deslumbrante. O Capa Steakhouse & Bar era exatamente como eu havia imaginado - ou até mesmo melhor.O espaço era dividido em dois terraços externos e uma elegante sala de jantar, todos decorados com um tema espanhol cativante. Havia detalhes incríveis, como trajes de toureiro pendurados nas paredes e um jogo de luzes vermelhas que criava uma atmosfera charmosa e sofisticada.Fiquei encantada com a beleza do local, mas estranhei que estivesse completamente vazio. Olhei para Victor, um pouco confusa.—Está fechando?— Perguntei.Victor sorriu e então me respondeu:—Não, querida. Eu fechei o restaurante só para nós dois.Senti meu rosto esquentar ante aquela revelação. Não precisava disso, afinal.—Não era necessário, Victor...— comecei a dizer.Ele, porém, me interrompeu, dando um beijo suave em minha têmpora.—Mas eu precisava— disse, em um tom carinhoso.Aquele gesto e suas palavras me deixaram um t
Ainda podia sentir o cheiro de Clara em minhas mãos enquanto voltava para casa com ela adormecida em meu ombro. Depois de ter saído abruptamente da festa do senhor Triton, a melhor coisa que fiz foi levar Clara para um jantar a sós. Não esperava, no entanto, que ela se entregaria por completo daquela forma. Clara era minha, disso eu tinha certeza.Quando o motorista chegou em minha casa, não ousei acordar Clara. Peguei-a no colo assim que saí do carro e a levei direto para o meu quarto. Queria tê-la em minha cama, ao meu lado.Retirei delicadamente o vestido dela, deixando-a apenas de lingerie. Meu Deus, que mulher. Aquela conversa com o senhor Triton realmente me tirou do eixo. Eu não poderia deixar Triton ter Clara em suas mãos. Agora eu entendia o motivo do homem querer fazer negócios com empresários casados — ele tinha seus próprios negócios por baixo dos panos.Não que eu não soubesse da sujeira de Triton. Por isso mesmo, eu queria o contrato. Mas uma festa privada? Isso foi long
Eu estava frustrado. Não consegui comprar meu café e agora dei de cara com minha ex-noiva. Meu dia havia começado tão bem, com Clara em minha cama, e agora parecia que o céu tinha fechado quando Renata apareceu.Entrei no carro e dirigi até o prédio da minha empresa. Quem contou para ela sobre o fato de eu estar sem secretária deve ter dado alguma pista para ela se aproximar, e isso me deixava mais furioso.Não poderia ser ninguém da minha família. Minha mãe e minha irmã querem minha felicidade e sabem muito bem como fiquei arrasado com o que Renata fez. E muito menos meu meio-irmão, que está me ajudando com Clara e a fechar os negócios com outra empresa.Poderia ser alguém da minha própria empresa? Quando Clara foi ao RH por conta própria ou quando eu pedi o desligamento dela, alguém deve ter dito algo para Renata. Ela sempre teve seus contatos, e não duvidaria nada se alguém de dentro da empresa ficasse do lado dela.Eu preciso descobrir quem está vazando informações. Essa traição m
Desde o momento em que a correspondência chegou, eu estava bastante irritada. Eu havia me entregado a Victor, e ele prometeu que não sairia com mais ninguém se eu fosse dele por completo. Eu odiava tudo aquilo e estava tentando ao máximo tornar aquilo mais confortável possível. Não amava Victor Calderón, mas queria que aquele casamento desse certo para ambos conseguir o que desejávamos.Ao me trancar no quarto, me sentei na beira da cama e peguei o celular, ficando olhando para a foto do meu irmão. Sentia tanta falta da minha família, queria ver meu irmão bem, minha mãe e meu pai ainda juntos. Meu pai fazia tanta falta, e sua partida deixou a família destruída, minha mãe parece sem vida e meu irmão internado no hospital só piorava as coisas, pois por eles eu estava ali.Lágrimas escorreram dos meus olhos, porque era tão difícil. Não conseguia pagar as dívidas da família e ajudar meu irmão se não fizesse isso. Não conseguia fazer nada, me sentia uma inútil e tão pequena.Alguém bateu n
— Não precisa se desculpar, estava fazendo minhas pesquisas do trabalho, nem vi a hora passar.— Você está investigando meu marido? — Eu pergunto a Isabella, lembrando do que Victor comentou.Ela ri e pega o cardápio.— Alguém precisa proteger você — Isabella responde.— Sei me proteger sozinha — Resmungo.— Mas já está chamando o senhor Grinch de marido — Ela diz, espiando-me pelo cardápio.Eu rio.— E não é? — Respondo.Isabella balança a cabeça negativamente.— Preciso me precaver, não pode pisar no terreno assim. Sei como você é sensível — Ela comenta.Eu me encolho na cadeira, sabendo que ela está certa.— Não quero que se machuque — Isabella completa.— Eu não o amo — Eu digo.— Agora! — Ela rebate.Isabella olha para o cardápio e fala:— Vou querer um Bolo Red Velvet frappuccino. E você?Torço os lábios.— O mesmo que você.Ela respira fundo e me entrega o cardápio.— Você precisa tomar suas próprias decisões, nem que seja um simples café da manhã.— Sei disso, mas o que posso
— Não dei autorização para mexer no meu celular — declarei, cruzando os braços e olhando fixamente em seus olhos. — Tem feito muita coisa do meu desagrado.Clara bufou e saiu da cozinha, virando nos calcanhares e jogando o cabelo para trás, pisando firme. Fiquei olhando para sua bunda enquanto ela andava, praticamente rebolando. Essa mulher iria me deixar louco.— A conversa não acabou, Clara! — Fui atrás dela.— Ah... mas para mim acabou — resmungou, sem olhar para trás.Apertei o passo, alcançando-a no corredor e segurando seu braço.— Não ouse me ignorar, Clara. Você é minha esposa e vai me ouvir — Minha voz saiu autoritária, deixando claro que não aceitaria ser tratado assim.Ela me encarou, os olhos brilhando de raiva.— Seu esposo? — Ela riu sarcasticamente. — Não me faça rir, Victor. Esse casamento é uma farsa e você sabe disso!Senti meu sangue ferver. Como ela se atrevia a falar assim comigo?— Olha aqui, sua...Mas antes que eu pudesse terminar a frase, ela me interrompeu.—
Mal tinha chegado ao escritório e já podia sentir o olhar penetrante do Sr. Calderón sobre mim. Eu odiava quando ele me encarava daquele jeito, como se pudesse ver direto na minha alma. Aqueles olhos negros pareciam perscrutar cada movimento meu, cada gesto.Estava apenas copo de café da Starbucks para o senhor Calderón, havia me atrasado cinco minutos por conta de um maldito ciclista passou na minha frente e me fazendo derrubar todo o meu café em minha camiseta. Precisei correr para o banheiro assim que cheguei no prédio para tentar tirar a grande mancha da camisa, mas foi em vão.Estendi o copo de café, a mão tremendo levemente. — Desculpe o atraso, senhor. Tive um pequeno imprevisto no caminho.— Engoli em seco, rezando para que ele não notasse a mancha em minha blusa.Ele pegou o copo, os lábios se contraindo em uma careta.— Senhorita Martins, você sabe muito bem que odeio atrasos — A voz grave e autoritária ecoou pelo escritório silencioso.Abaixei o olhar, sentindo minhas b