Tasya
Seguro as sacolas com mais força, vendo que o homem se encolhe contra os portões de entrada para o prédio para tentar ver o que acontece dentro dele. Depois do meu aviso para a segurança, não deve mais ter encontrado a sua brecha para entrar. Finalmente, uma coisa se ajeitou por aqui.
— O que está fazendo aqui de novo? — pergunto e não posso deixar de me surpreender por ver como seu rosto está completamente inchado, com diversas feridas que parecem ter sido tratadas da pior forma possível.
Seu braço esquerdo está encolhido contra o seu abdômen e aparentemente não consegue o mover.
— Que merda fizeram com você?
— Eu te disse que não tinha como dizer a ela para desistir, ela não me ouviu, quer ver a Jasmine e não vai parar — discorre rapidamente.
Puxo meu aparelh
TasyaIncrédulo, mas sem poder deixar de aproveitar, meu pai fez tudo que foi solicitado pelos médicos e contou a mesma mentira que eu, falando que continua morando em um bairro ruim por ter apego ao local. Aparentemente, mentir é um traço que ganhei dele.— Agora vai me dizer tudo que aconteceu com os mínimos detalhes — digo, puxo uma cadeira para me sentar próximo à sua cama.Um quarto privativo é muito mais caro, mas é perfeito para a situação. Não quero ninguém vindo ouvir o que pode ser dito aqui. Também quero ter certeza de que a polícia não entrará no meu caminho.— Estou tentando te explicar desde a primeira vez que a vi. Clarissa não é uma mulher com a qual pode mexer sem pensar nas consequências — discorre ligeiro, como se o desespero fosse o único meio de fazer
Tasya— Não pensei que teria que ficar de tocaia com você hoje — me fala Valentina, ajeita o capuz em sua cabeça e verifica de novo o que acontece pelo binoculo. — Tem certeza de que ele não vai falar nada sobre você estar vigiando?— Não vai importar o que ele disser, a mulher parece não se importar se ele morre ou não, então estamos apenas esperando para ver quem será aquela a destruí-lo — murmuro e ela explode a bolha do seu chiclete, baixando o seu acessório. — Sua parceira não se perguntou por que você pegou uma folga hoje?— Você fala como se fossemos quase a mesma pessoa — diz rindo, porque basicamente é o que nos tornamos com a aproximação que vamos ganhando, no caso dela tem como parceira uma agente que perdeu alguém. É claro que demonstrará muito m
Tasya— Você está me dizendo que Clarissa está atrás da sua irmã, que ela é a mãe de merda que xingamos sem parar quando bebemos? — me pergunta Aleksandra, quando confirmo, sua expressão muda totalmente. — Tinha que ser alguém podre como ela.— Então, o que me diz?— Está pedindo a minha opinião sobre matar ela? Porque sabe que gosto de realizar seus desejos — fala e rio mais alto, chamando a atenção de Nikolai, que estava muito empenhado em fazer os gêmeos dormirem. Faço um pequeno gesto pedindo desculpa antes de olhar para minha parceira de novo. — Vai ser do jeito que você quiser.— Gostaria de ir direto para a violência, sabe que a aprecio, mas talvez seja melhor tentar um diálogo, um muito semelhante ao que ela tem usado para coagir meu pai — explico.
Tasya— Uau, esse lugar é realmente chique — falo.Me sento na frente da mulher que tem uma expressão estranha quando olha para os lados várias vezes. Tenho certeza de que está procurando os seus seguranças, mas nós já os colocamos para dormir. Não importa o quanto mexa os olhos nervosamente não vai os encontrar.— Se importa? — pergunto, me apodero de uma torrada e ela passa a me olhar como se fosse me engolir viva.— Quem é você? Como se atreve a se aproximar de mim desse jeito? — pergunta com a voz dura.Pelo menos não deixa o seu nervosismo ficar claro, consegue o mascarar muito bem, além de acabar se sentindo um pouco mais à vontade por ver que somos mulheres.Se fossem alguns homens, talvez já estivesse gritando na esperança de alguém lhe socorrer antes
Clarissa— Vai deixá-los vivos depois de permitirem que se aproximassem de mim? — Pergunto.Meu marido me olha como se estivesse fazendo um escândalo grande demais, já que eles não tinham como saber que usariam dardos cheios de soníferos neles, porém, foi assim que a minha vida entrou em jogo, não deveria se preocupar mais com o que acontece comigo?— Aquela vadia passou bons minutos me ameaçando sem que eles pudessem fazer nada.— Não me disse que ela era apenas uma prostituta? Como ela conseguiu agir desse modo contra os seus seguranças? E, por que não usou a arma que tinha com você? — questiona-me Dimitri.Não posso acreditar no que estou ouvindo. Não percebe como a situação foi atípica? É claro que poderia ter tentado usar a arma que tinha comigo, mas estava muito óbvio
Tasya— Mãe, meu desenho novo — fala Jasmine, que se aproxima abrindo o seu caderno de desenho nas páginas novas pintadas com cuidado. Nem parece que é uma menina tão pequena os fazendo, devido a todo o cuidado que tem para fazer com que fiquem bonitos.— Uau, você está ficando cada vez melhor nisso, olha essa florzinha linda, é você? — pergunto e ela concorda, aponta para outra que é maior.— Essa é você e essa a mãe — conta, indica outra e tenho certeza de que Aleksandra riria como uma boba por ver como a menina a vê através desse desenho. — Gostou? — pergunta, mirando o jardim lindo que consegue construir com seus dedinhos pequenos. Como eu poderia não gostar?— Está lindo demais, você é perfeita — digo, coloco uma mão em sua cabeça fazendo um
Tasya— Devido à quantidade de traumas, foi preciso fazer com que ele entrasse em coma induzido para quem sabe o corpo se recuperar — me diz o médico, sabendo que não são notícias boas a dar. Que as chances dele são pequenas e que sua profissão se torna horrível quando tem que dar esse tipo de conclusão às famílias.Não consegue entender que, em alguns casos, só se está por perto por outros motivos, apesar de sentir uma raiva borbulhante por pensar que Clarissa pode agir desse modo somente para que eu saiba que está vindo.Não se interessa pela sua vida ou achou que eu não falava sério? Se for este o caso, terei que fazer com que lembre os motivos para não se mexer com alguém que não conhece, quem sabe assim entenda que a cada passo que der estarei com uma mira em sua testa.—
MiguelNão tinha nenhuma pergunta decente em mente, apenas questionamentos sobre o que poderia querer aqui, isto já não é estranho? Principalmente quando penso que toda familiaridade deveria vir apenas dos contatos que terei com meus sobrinhos.— Tenho certeza de que cuidará bem delas — comenta, olha pelo corredor e concluo que está esperando alguém, não está aqui apenas por motivos pessoais.Alertando-me de que pensei corretamente, sinto o peso em meu ombro, vendo Egor segurando dois copos de café, passa um para sua cunhada enquanto me observa de cima a baixo.Uma avaliação minuciosa é feita em questões de segundos.Será que ajuizou que alguém tinha se aproximado dela enquanto estava fora?Se este fosse o caso, o que poderia fazer?— Miguel, esqueci que você trabalha ne