Clarissa
— Vai deixá-los vivos depois de permitirem que se aproximassem de mim? — Pergunto.
Meu marido me olha como se estivesse fazendo um escândalo grande demais, já que eles não tinham como saber que usariam dardos cheios de soníferos neles, porém, foi assim que a minha vida entrou em jogo, não deveria se preocupar mais com o que acontece comigo?
— Aquela vadia passou bons minutos me ameaçando sem que eles pudessem fazer nada.
— Não me disse que ela era apenas uma prostituta? Como ela conseguiu agir desse modo contra os seus seguranças? E, por que não usou a arma que tinha com você? — questiona-me Dimitri.
Não posso acreditar no que estou ouvindo. Não percebe como a situação foi atípica? É claro que poderia ter tentado usar a arma que tinha comigo, mas estava muito óbvio
Tasya— Mãe, meu desenho novo — fala Jasmine, que se aproxima abrindo o seu caderno de desenho nas páginas novas pintadas com cuidado. Nem parece que é uma menina tão pequena os fazendo, devido a todo o cuidado que tem para fazer com que fiquem bonitos.— Uau, você está ficando cada vez melhor nisso, olha essa florzinha linda, é você? — pergunto e ela concorda, aponta para outra que é maior.— Essa é você e essa a mãe — conta, indica outra e tenho certeza de que Aleksandra riria como uma boba por ver como a menina a vê através desse desenho. — Gostou? — pergunta, mirando o jardim lindo que consegue construir com seus dedinhos pequenos. Como eu poderia não gostar?— Está lindo demais, você é perfeita — digo, coloco uma mão em sua cabeça fazendo um
Tasya— Devido à quantidade de traumas, foi preciso fazer com que ele entrasse em coma induzido para quem sabe o corpo se recuperar — me diz o médico, sabendo que não são notícias boas a dar. Que as chances dele são pequenas e que sua profissão se torna horrível quando tem que dar esse tipo de conclusão às famílias.Não consegue entender que, em alguns casos, só se está por perto por outros motivos, apesar de sentir uma raiva borbulhante por pensar que Clarissa pode agir desse modo somente para que eu saiba que está vindo.Não se interessa pela sua vida ou achou que eu não falava sério? Se for este o caso, terei que fazer com que lembre os motivos para não se mexer com alguém que não conhece, quem sabe assim entenda que a cada passo que der estarei com uma mira em sua testa.—
MiguelNão tinha nenhuma pergunta decente em mente, apenas questionamentos sobre o que poderia querer aqui, isto já não é estranho? Principalmente quando penso que toda familiaridade deveria vir apenas dos contatos que terei com meus sobrinhos.— Tenho certeza de que cuidará bem delas — comenta, olha pelo corredor e concluo que está esperando alguém, não está aqui apenas por motivos pessoais.Alertando-me de que pensei corretamente, sinto o peso em meu ombro, vendo Egor segurando dois copos de café, passa um para sua cunhada enquanto me observa de cima a baixo.Uma avaliação minuciosa é feita em questões de segundos.Será que ajuizou que alguém tinha se aproximado dela enquanto estava fora?Se este fosse o caso, o que poderia fazer?— Miguel, esqueci que você trabalha ne
Egor— Você é mesmo resistente — digo, olho para Valéria, que está toda descabelada, enquanto Nikolai, que se senta do meu lado, limpa as mãos sujas após agarrar seus cabelos com força. — Não sabia que você poderia gostar tanto de uma pessoa a ponto de protegê-la desse jeito.Penso por um segundo que deveria ter usado palavras diferentes, mas meu irmão não tem por que se comover com o que essa cadela fez com ele, tem? Está nítido que quer somente respostas, mas Valéria não está colaborando e sinceramente achei que ela fosse abrir a boca rapidamente.Não sei que tipo de pessoa é o Coveiro, mas consegue fazer com que as pessoas mantenham a boca bem fechada quando se trata de falar dele. A estratégia de impedir que muitos indivíduos saibam qual é o seu rosto também é &
Egor— Não deveria ficar impressionado de te ver aqui, mas eu sempre fico — digo, chamo a atenção de Tasya que deposita o seu copo agora vazio sobre a mesa, fechando a geladeira com um empurrão do seu pé. — Se encontrando com a sua amiga?— Importa? — questiona, rebate minhas palavras com ferocidade.— É claro que importa, tudo que envolve você me interessa — respondo e não são palavras que ela goste de ouvir.Como você conquista uma mulher que parece odiar qualquer coisa que envolve romantismo? Se eu apenas investir com flertes safados, serei somente mais um em quem ela quererá bater. Como posso deixar que seja assim?— Você continua dizendo coisas que não fazem sentido — murmura, leva seu copo à pia sem me olhar. — Devia ser mais cuidadoso com o que fala.— Por que
Tasya— Não sei qual meu nível de paixão por esse plano — me diz Aleksandra, ajusta a sua roupa por um segundo, o vestido preto meio soltinho nas pernas, mas agarrado no busto ficou perfeito nela, além de ter um brilho incrível.— Acho que poderia ser pior — comenta Valentina e visualiza o estado de nossa amiga com vários cálculos em mente. — Se Dimitri não quiser um pouco do nosso tempo, direi que ele está cego.— Sabemos qual é o ponto fraco dos homens — atesto e ela sorri. — Quanto tempo faz que estivemos em uma boate diferente da qual trabalhamos?— Muito tempo — comenta Aleksandra, começa o seu jogo sorrindo para o segurança que se impressiona rapidamente.Pede que mostremos as pulseiras que permitem a entrada no ambiente e abre a porta para passarmos. No corredor cheio de luzes negras
TasyaMantenho meu braço em torno do pescoço do indivíduo que estou segurando, sentindo um ódio maior por ele arranhar as minhas pernas em sua tentativa de fazer com que eu o largue.O som da lâmina cortando o ar faz com que eu salte para trás ouvindo o barulho do baque do seu corpo. Cravada bem no meio de sua face, está a adaga de Aleksandra.Os gritos de quem estava próximo chamam a atenção de todos os que não podiam ver o que acontecia.A música os impedia de ouvir os gritos do sujeito, mas o empurra empurra causado pelo alvoroço de ver um corpo no chão, faz com que todos acabem sendo avisados, assim correm em direção à saída mais próxima.Abaixo-me, pegando a arma na cintura do homem morto, e Valentina também vasculha o seu cadáver atrás do que possa ser usado.Nos eleva
Egor— Por que temos que ficar aqui? — pergunto para meu irmão que está quase revirando os olhos. Ajeita o fone em seu ouvido escutando o que continuam a falar. — Já teria dado um tiro na cara dele.— Acho que é por isso que estamos no carro — murmura Tolya, mexe em seus aparelhos sem parar. — É um problema de família, é normal que ela queira resolver sozinha. Somos amigos de sua parceira e só aos olhos dela.— Está tentando me alfinetar mais? — pergunto.Tolya ri sem me dar uma resposta enquanto Nikolai usa seus binóculos para tentar assistir ao que ocorre, mas tudo que podemos ver daqui é que não há seguranças nas portas. Assim que elas começaram a agir, todos entraram, atravessando a multidão que fazia o caminho inverso.— Esse cara não pode apenas ficar fala