Tasya
— Você está me dizendo que Clarissa está atrás da sua irmã, que ela é a mãe de merda que xingamos sem parar quando bebemos? — me pergunta Aleksandra, quando confirmo, sua expressão muda totalmente. — Tinha que ser alguém podre como ela.
— Então, o que me diz?
— Está pedindo a minha opinião sobre matar ela? Porque sabe que gosto de realizar seus desejos — fala e rio mais alto, chamando a atenção de Nikolai, que estava muito empenhado em fazer os gêmeos dormirem. Faço um pequeno gesto pedindo desculpa antes de olhar para minha parceira de novo. — Vai ser do jeito que você quiser.
— Gostaria de ir direto para a violência, sabe que a aprecio, mas talvez seja melhor tentar um diálogo, um muito semelhante ao que ela tem usado para coagir meu pai — explico.
Tasya— Uau, esse lugar é realmente chique — falo.Me sento na frente da mulher que tem uma expressão estranha quando olha para os lados várias vezes. Tenho certeza de que está procurando os seus seguranças, mas nós já os colocamos para dormir. Não importa o quanto mexa os olhos nervosamente não vai os encontrar.— Se importa? — pergunto, me apodero de uma torrada e ela passa a me olhar como se fosse me engolir viva.— Quem é você? Como se atreve a se aproximar de mim desse jeito? — pergunta com a voz dura.Pelo menos não deixa o seu nervosismo ficar claro, consegue o mascarar muito bem, além de acabar se sentindo um pouco mais à vontade por ver que somos mulheres.Se fossem alguns homens, talvez já estivesse gritando na esperança de alguém lhe socorrer antes
Clarissa— Vai deixá-los vivos depois de permitirem que se aproximassem de mim? — Pergunto.Meu marido me olha como se estivesse fazendo um escândalo grande demais, já que eles não tinham como saber que usariam dardos cheios de soníferos neles, porém, foi assim que a minha vida entrou em jogo, não deveria se preocupar mais com o que acontece comigo?— Aquela vadia passou bons minutos me ameaçando sem que eles pudessem fazer nada.— Não me disse que ela era apenas uma prostituta? Como ela conseguiu agir desse modo contra os seus seguranças? E, por que não usou a arma que tinha com você? — questiona-me Dimitri.Não posso acreditar no que estou ouvindo. Não percebe como a situação foi atípica? É claro que poderia ter tentado usar a arma que tinha comigo, mas estava muito óbvio
Tasya— Mãe, meu desenho novo — fala Jasmine, que se aproxima abrindo o seu caderno de desenho nas páginas novas pintadas com cuidado. Nem parece que é uma menina tão pequena os fazendo, devido a todo o cuidado que tem para fazer com que fiquem bonitos.— Uau, você está ficando cada vez melhor nisso, olha essa florzinha linda, é você? — pergunto e ela concorda, aponta para outra que é maior.— Essa é você e essa a mãe — conta, indica outra e tenho certeza de que Aleksandra riria como uma boba por ver como a menina a vê através desse desenho. — Gostou? — pergunta, mirando o jardim lindo que consegue construir com seus dedinhos pequenos. Como eu poderia não gostar?— Está lindo demais, você é perfeita — digo, coloco uma mão em sua cabeça fazendo um
Tasya— Devido à quantidade de traumas, foi preciso fazer com que ele entrasse em coma induzido para quem sabe o corpo se recuperar — me diz o médico, sabendo que não são notícias boas a dar. Que as chances dele são pequenas e que sua profissão se torna horrível quando tem que dar esse tipo de conclusão às famílias.Não consegue entender que, em alguns casos, só se está por perto por outros motivos, apesar de sentir uma raiva borbulhante por pensar que Clarissa pode agir desse modo somente para que eu saiba que está vindo.Não se interessa pela sua vida ou achou que eu não falava sério? Se for este o caso, terei que fazer com que lembre os motivos para não se mexer com alguém que não conhece, quem sabe assim entenda que a cada passo que der estarei com uma mira em sua testa.—
MiguelNão tinha nenhuma pergunta decente em mente, apenas questionamentos sobre o que poderia querer aqui, isto já não é estranho? Principalmente quando penso que toda familiaridade deveria vir apenas dos contatos que terei com meus sobrinhos.— Tenho certeza de que cuidará bem delas — comenta, olha pelo corredor e concluo que está esperando alguém, não está aqui apenas por motivos pessoais.Alertando-me de que pensei corretamente, sinto o peso em meu ombro, vendo Egor segurando dois copos de café, passa um para sua cunhada enquanto me observa de cima a baixo.Uma avaliação minuciosa é feita em questões de segundos.Será que ajuizou que alguém tinha se aproximado dela enquanto estava fora?Se este fosse o caso, o que poderia fazer?— Miguel, esqueci que você trabalha ne
Egor— Você é mesmo resistente — digo, olho para Valéria, que está toda descabelada, enquanto Nikolai, que se senta do meu lado, limpa as mãos sujas após agarrar seus cabelos com força. — Não sabia que você poderia gostar tanto de uma pessoa a ponto de protegê-la desse jeito.Penso por um segundo que deveria ter usado palavras diferentes, mas meu irmão não tem por que se comover com o que essa cadela fez com ele, tem? Está nítido que quer somente respostas, mas Valéria não está colaborando e sinceramente achei que ela fosse abrir a boca rapidamente.Não sei que tipo de pessoa é o Coveiro, mas consegue fazer com que as pessoas mantenham a boca bem fechada quando se trata de falar dele. A estratégia de impedir que muitos indivíduos saibam qual é o seu rosto também é &
Egor— Não deveria ficar impressionado de te ver aqui, mas eu sempre fico — digo, chamo a atenção de Tasya que deposita o seu copo agora vazio sobre a mesa, fechando a geladeira com um empurrão do seu pé. — Se encontrando com a sua amiga?— Importa? — questiona, rebate minhas palavras com ferocidade.— É claro que importa, tudo que envolve você me interessa — respondo e não são palavras que ela goste de ouvir.Como você conquista uma mulher que parece odiar qualquer coisa que envolve romantismo? Se eu apenas investir com flertes safados, serei somente mais um em quem ela quererá bater. Como posso deixar que seja assim?— Você continua dizendo coisas que não fazem sentido — murmura, leva seu copo à pia sem me olhar. — Devia ser mais cuidadoso com o que fala.— Por que
Tasya— Não sei qual meu nível de paixão por esse plano — me diz Aleksandra, ajusta a sua roupa por um segundo, o vestido preto meio soltinho nas pernas, mas agarrado no busto ficou perfeito nela, além de ter um brilho incrível.— Acho que poderia ser pior — comenta Valentina e visualiza o estado de nossa amiga com vários cálculos em mente. — Se Dimitri não quiser um pouco do nosso tempo, direi que ele está cego.— Sabemos qual é o ponto fraco dos homens — atesto e ela sorri. — Quanto tempo faz que estivemos em uma boate diferente da qual trabalhamos?— Muito tempo — comenta Aleksandra, começa o seu jogo sorrindo para o segurança que se impressiona rapidamente.Pede que mostremos as pulseiras que permitem a entrada no ambiente e abre a porta para passarmos. No corredor cheio de luzes negras