Anna Martins
Olho para o Jackson que estava apenas de calça e sem camisa, por um momento me senti atraída a ele, será que estou precisando de ajuda psiquiátrica? Pensei até voltar os meus pensamentos a aquele instante, em que meu celular começa a tocar. Atendo a chamada do meu celular e fico um pouco surpresa, ao ouvir a voz do Heitor. — Anna, sei que disse que não faria nada que fosse repentino e esperaria que me retornasse, mas eu não consigo tirar você dos meus pensamentos. — Heitor, eu…—antes que eu falasse algo ele me interrompeu. — Eu estou na porta da sua casa, será que poderíamos tomar o café da manhã juntos, sinto que precisamos conversar.—diz ele. —Como descobriu onde moro?—pergunto incrédula e naquele exato momento ouço o som da campainha tocar. —Deixa que eu abro para você.—diz o governador sussurrando, saindo do quarto sem camisa. Vou atrás dele, logo vejo os dois na minha sala, o Jackson sem camisa me olhando e o Heitor com uma cesta de café da manhã também me encarando. —Pediu uma cesta de café da manhã querida?—diz o Jackson ao se aproximar de mim e roubar-me um beijo. —Acho que não deveria ter vindo agora—diz Heitor constrangido. Jackson sorri para ele e pega a cesta de café da manhã, em seguida tira da sua calça a carteira e entrega várias notas de cem dólares para Heitor, causando mais constrangimento. Pego as notas da mão do Heitor e entrego ao Jackson, e digo: —O Heitor é um amigo, ele só quis ser gentil e por isso trouxe o café da manhã. —É um prazer conhecê-lo Heitor, confesso que foi bom vê-lo, assim também posso convidá-lo para o nosso casamento.—diz Jackson. — Então vocês vão realmente se casar? Pensei que fosse apenas um mal entendido e tentaram amenizar as fofocas, fingindo ser um casal.—disse Heitor. —Na verdade, eu e o Jackson, realmente estamos juntos e iremos nos casar, tentamos esconder nosso relacionamento o máximo possível, mas foi inevitável, já que ele é o governador dos Estados Unidos. —Compreendo, será que podemos falar a sós por um momento Anna?—Pergunta Heitor, encarando o Jackson. —Irei colocar o café da manhã do Brasil e da América, eles devem estar com fome, sem contar que ainda estão no quarto de visitas.—diz Jackson saindo. Assim que Jackson sai e abre a porta do quarto, Brasil e América saem correndo e ele brinca um pouco com os dois, Heitor chama meu nome e acabo apenas notando o Jackson com meus dois filhotes brincando. — Desculpa Heitor, o que queria dizer?—digo ao ver ele tocando na minha mão para ter a atenção dele. —Anna, você realmente gosta dele? Ou precisa tanto do trabalho como secretária do governador que vai ceder tão facilmente e se tornar esposa de um homem mais velho e que já tem uma filha, quer se tornar madastra, estragar sua carreira que apenas está começando como fotógrafa, eu posso te ajudar, posso torná-la uma fotógrafa mais conhecida até que a sua mãe, Mônica Martins. Olhei para ele e cerrei meus punhos tive vontade de dar um soco nele naquele momento, mas decidi feri-lo com palavras. —Heitor, eu não entendo o que está fazendo aqui, se for sobre o nosso passado, sim eu fui apaixonada por você, eu acreditei que poderia ser o homem que eu desejava como o meu esposo, mas eu não sou a pessoa certa para você, então não me procure mais, peço que siga a sua vida, eu estou seguindo a minha e quanto a ser mãe da Sophia, eu quem teria o privilégio de ser uma mãe para ela, não ouse dizer que eu estou estragando a minha vida, meu futuro, minha carreira, eu não quero ser melhor que a minha mãe, eu quero ser a melhor para mim e você não tem poder sobre isso. Fui até a porta e assim que abri para ele sair, a mulher com quem eu tive um lapso de memória, tentando me matar por causa do Heitor, estava lá, de pé, em frente a minha porta. —Heitor está?—diz ela com um sorriso malicioso, enquanto me olha. Pego a cesta de café da manhã que ele trouxe e entrego a ela e naquele momento Heitor fica surpreso e diz: —O que faz aqui Isadora? —Você esqueceu sua carteira no carro—diz ela me encarando. Jackson aparece, eu seguro na mão dele e ela nota, ficando confortável, apesar de Heitor não se sentir feliz. Passei o dia com a Sophia, tínhamos uma conexão única, ela também me lembrava muito da minha infância. Após um dia exaustivo, entre brincadeiras, ela me pediu para dormir conosco naquela noite, enquanto Jackson se aconchega nos meus braços,senti a presença reconfortante de Sophia entre nós. Seu sono tranquilo e respiração suave preenchiam o quarto com uma serenidade adorável, como se estivéssemos envoltos por um abraço caloroso da família que estávamos formando juntos. Apesar das incertezas que ainda pairavam em minha mente sobre o nosso casamento por contrato, momentos como aquele me faziam acreditar na possibilidade de algo mais genuíno entre nós. Na manhã seguinte, despertei com a luz do sol filtrando pelas cortinas, e o doce murmúrio de Sophia ao meu lado. Juntas, preparamo-nos para o dia que se iniciava, compartilhando risos e afeto enquanto seguíamos para a cozinha. Preparei com ela o café da manhã, algumas panquecas e suco de laranja, apesar de estar acostumada com o café da manhã americano, ainda sentia bastante falta do café que só o Brasil poderia proporcionar. Logo ele desce e Sophia o chamava de governador. Ver Jackson interagir com Sophia, cheio de ternura e cuidado, aquecia meu coração e me lembrava da família que estávamos construindo. —Sophia, o governador dos Estados unidos é. que seu? —Meu papai!—disse ela enquanto comia a segunda panqueca. —Então sempre o chame pelo que ele é para você, mesmo que a maior parte do dia dele seja como o governador, para você, ele sempre será seu pai. Jackson me olhou emocionado, Sophia o beijou e o chamou, dizendo: —Venha papai, vamos comer panquecas. Após tomarmos o café da manhã, ajudei a babá a arrumar a Sophia e em seguida tomei banho e me arrumei rapidamente, passamos na escola e deixamos a Sophia e em seguida fomos para o escritório. No escritório do governador, observei Jackson dedicar-se apaixonadamente ao seu trabalho e ao serviço público, me peguei observando com os meus olhos cheios de admiração. Mesmo que ainda houvesse dúvidas em meu coração, momentos como esses me faziam acreditar na possibilidade de algo real entre nós. E mais cedo, enquanto caminhávamos juntos sob o sol da manhã, permiti-me acreditar que, talvez, o amor pudesse crescer e florescer onde menos esperávamos, será que ele estava sendo um bom homem para mim por causa dos seus eleitores, ou ele realmente sentia algo por mim tão repentino, eu não podia alimentar isso, não depois de saber que ele esperava pela mãe da Sophia, que talvez estivesse em um hospital, se recuperando de algum acidente talvez. Continua...Jackson MillerO sol dourado inundava o meu escritório, enquanto a luz do sol tocava na pele e no rosto dela no escritório, sentia-me em êxtase com Anna ali, diante de mim. Cada momento com ela era uma explosão de felicidade, e o dia parecia perfeito.Trocavamos olhares, enquanto eu assinava alguns documentos e ela elaborava alguns documentos diante da sua mesa com o computador.Enquanto observava Anna de frente para mim, sentia-me completo e seguro no meu escritório.No entanto, como uma avalanche, a Aurora entrou no meu escritório sem aviso, lançando a revista que tinha anunciando meu noivado. Suas palavras cortantes ecoaram no ar, exigindo uma explicação imediata.A Aurora virou-se para mim, os seus olhos implorando e esperando por uma explicação convincente.Aurora foi minha namorada por seis anos, a conheci na faculdade, junto com o Mark, mas meses antes de conhecer a Anna, eu havia terminado com ela, por não poder lhe dar o que ela mais desejava, um casamento.—Você disse-me
Jackson Miller Ainda absorvido no beijo com Anna, sinto uma mistura de calor e desejo inundar meu corpo. Estamos tão perdidos um no outro que não percebemos quando Mark entra na sala de arquivo. Ele limpa a garganta, e rapidamente nos afastamos. Anna, visivelmente envergonhada, apanha as folhas impressas e sai da sala sem dizer uma palavra. Mark me observa, os olhos cheios de perguntas.— O que realmente está acontecendo, Jackson? — ele pergunta, direto.Suspiro, sabendo que é hora de contar a verdade.— Anna... ela é a mãe da Sophia. — digo, sentindo o peso das palavras enquanto saem da minha boca. — Mas ela não lembra de nada do seu passado. Estou esperando que ela recupere suas memórias.Mark parece surpreso, mas também curioso. Ele se aproxima, baixando a voz.— Então, ela é a mulher que esteve com você apenas uma noite e depois de meses apareceu prestes a ter o bebê, quando você a socorreu e a levou para o hospital que foi incendiado?Assinto, lembrando-me daquele dia tumultuad
Jackson Miller—Gostaria de convidá-los para jantar na minha casa esta noite.— sugeri, mantendo minha voz firme e amigável.—Acho que seria uma ótima oportunidade para nos conhecermos melhor e para que vocês possam conhecer a Sophia.A menção de Sophia pareceu pegar todos de surpresa. Vi os olhos de Adriano se estreitarem ligeiramente enquanto ele processava a informação.—Quem é Sophia—ele perguntou, sua voz cautelosa.Sorri levemente, tentando dissipar qualquer preocupação. —Sophia é minha filha. Ela tem cinco anos e é uma menina adorável. Tenho certeza de que vocês irão gostar de conhecê-la.Olhei para cada um deles, esperando ver a aceitação em seus rostos. A mãe de Anna sorriu suavemente e assentiu.—Seria bom conhecê-los melhor.—ela disse, olhando para o marido e os seus sogros, avós de Anna, buscando confirmação.Adriano respirou fundo e finalmente assentiu. —Tudo bem. Aceitamos seu convite, Jackson.Senti um peso enorme ser levantado dos meus ombros. —Ótimo, vou cuidar dos prep
Anna Martins Eu estava do lado de fora do escritório de Jackson, sentindo-me nervosa e ansiosa. Saber que meu pai e meu avô estavam lá dentro, conversando com o homem que logo se tornaria meu marido, só aumentava minha tensão. Quando vi Jackson sair da sala com meu pai e meu avô, senti um nó se formar em meu estômago. O que eles estavam discutindo lá dentro? Será que meu pai estava fazendo algum tipo de teste para ver se Jackson era digno o suficiente para mim?Assim que eles se despediram e saíram, Jackson me viu e seu sorriso iluminou seu rosto. Mas minha mente estava tumultuada com preocupações, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me chamou e eu entrei em seu escritório.—Jackson eu entendo se você quiser desistir. Agora que sabe que minha família é... influente, e pode ser assustador para alguém como você, governador dos Estados unidos, lidar com isso.— minha voz um sussurro incerto, —Eu entendo se isso for demais para você. Minha família pode ser... difícil às veze
Anna MartinsSaí do toalete e pedi a Lilian que fossem para casa com o motorista, pois eu precisava passar em um lugar.Peguei um táxi e fui até a empresa do Heitor. Assim que cheguei, Isadora me olhou com desprezo e perguntou o que eu desejava. Respondi que estava ali para falar com ela mesma.Heitor apareceu e pediu para eu acompanhá-lo até o escritório dele.—Eu estou aqui para falar com a Isadora.—disse encarando ela que me olhou surpresa.Isadora caminhou comigo até o escritório dela e, assim que nos sentamos, eu disse:— Hoje descobri algo importante, mas tem uma peça que não consigo encaixar, então estou aqui para que me ajude neste jogo. Já aviso, não estou aqui para ganhar o Heitor e nem muito menos para perder de você. Então, se for sincera comigo, te ajudo no que precisar, poderá me pedir o que quiser que eu lhe darei, uma espécie de desejo, apenas um desejo, mas não pense em um que possa ser para me ferir, ou eu mesma irei feri-la, já que mais do que ninguém, sabe que sou
Jackson Miller Finalmente, depois de tanta preocupação, vejo Anna entrando na sala, sã e salva. Meu coração que esteve em pedaços nas últimas duas horas horas se acalma ao vê-la. Abraço-a fortemente, sentindo seu cheiro familiar e a sensação reconfortante de tê-la em meus braços.Depois de alguns momentos, levo Anna para o nosso quarto. Ainda sinto a urgência de protegê-la, mas também quero celebrar sua volta. Sorrio para ela, tentando deixar todo o medo para trás.— Tenho uma surpresa para você — digo, indo até o guarda-roupa e pegando um vestido vermelho. — Para você, meu amor.Seus olhos brilham ao ver o vestido, mas há mais. De um pequeno estojo, tiro uma pulseira delicada com pingentes de câmeras fotográficas, cada uma com uma foto em miniatura da nossa filha, Sophia, desde que era um bebê até os seus cinco anos.Anna coloca a mão sobre a boca, emocionada.— Jackson... é lindo. Obrigada — diz, e me beija, um beijo cheio de amor e gratidão.Deixo-a com a pulseira enquanto vou to
Jackson MillerA noite estava serena, e uma brisa suave soprava pela janela entreaberta, trazendo consigo o perfume das flores do jardim. Estávamos deitados na cama, a luz suave das velas iluminava os cantos do cômodo, criando sombras dançantes nas paredes. Eu olhava para Anna, deitada ao meu lado, e sentia meu coração acelerar. A proximidade dela, o brilho em seus olhos, tudo contribuía para um momento que eu sabia que seria inesquecível.Ela se virou para mim, um sorriso tímido nos lábios, e nossos olhares se encontraram. Havia algo no ar, uma tensão elétrica que nos envolvia e nos atraía irresistivelmente um para o outro.Sem dizer uma palavra, estendi a mão e acariciei seu rosto, a suavidade de sua pele sob meus dedos enviando ondas de calor pelo meu corpo.— Anna, você é a pessoa mais incrível que já conheci — murmurei, minha voz carregada de sinceridade e desejo.Ela não respondeu com palavras, mas seus olhos me disseram tudo o que eu precisava saber. Lentamente, nos inclinamos
Anna Martins Eu saí de casa às pressas, quase tropeçando nos próprios pés, com Jackson logo atrás de mim. A cada passo, meu coração martelava mais forte no peito. Chegamos ao carro e entrei apressada, o motor já rugindo antes mesmo de Jackson fechar a porta. Acelerei como se nossa vida dependesse disso. Talvez a minha dependesse.O caminho até a casa de Isadora nunca pareceu tão longo. As árvores na estrada passavam como borrões de verde e marrom, mas meus pensamentos estavam fixos apenas em uma coisa: salvá-la. O silêncio entre mim e Jackson era quase palpável, um reflexo da tensão que nos envolvia. Finalmente, a casa surgiu à nossa frente. Estacionei bruscamente, sem me importar com a grama que amassava sob os pneus.Desci do carro, sentindo o ar fresco da manhã bater no rosto, mas nada conseguia aliviar a pressão em meu peito. Jackson me seguiu de perto, os olhos atentos e a mão perto do meu coldre, apesar de não gostar de utilizar uma arma, em momentos como esse eu precisava,