Jackson Miller

O sol dourado inundava o meu escritório, enquanto a luz do sol tocava na pele e no rosto dela no escritório, sentia-me em êxtase com Anna ali, diante de mim. Cada momento com ela era uma explosão de felicidade, e o dia parecia perfeito.

Trocavamos olhares, enquanto eu assinava alguns documentos e ela elaborava alguns documentos diante da sua mesa com o computador.

Enquanto observava Anna de frente para mim, sentia-me completo e seguro no meu escritório.

No entanto, como uma avalanche, a Aurora entrou no meu escritório sem aviso, lançando a revista que tinha anunciando meu noivado. Suas palavras cortantes ecoaram no ar, exigindo uma explicação imediata.

A Aurora virou-se para mim, os seus olhos implorando e esperando por uma explicação convincente.

Aurora foi minha namorada por seis anos, a conheci na faculdade, junto com o Mark, mas meses antes de conhecer a Anna, eu havia terminado com ela, por não poder lhe dar o que ela mais desejava, um casamento.

—Você disse-me que nunca se casaria Jack, que me amava, mas não poderia continuar comigo já que eu queria casar-me, então explica-me isso agora mesmo.—disse Aurora eufórica.

Olhei para Anna, vendo o constrangimento em seu rosto, mas também sua determinação enquanto se aproximava para falar com a Aurora.

— Senhorita, não confie em tudo o que lê.— ela começou, tentando acalmar a situação. — Estamos apenas sendo cautelosos. Jackson é o governador dos Estados Unidos, e eu sou sua secretária. Estamos apenas dando aos eleitores o que desejam.

A Aurora dirigiu-se a mim, sua voz carregada de descrença.

— Então isso é uma farsa, Jack?

Levantei-me, sentindo a raiva borbulhar dentro de mim diante das palavras duras de Anna. Virei-me para encará-la e, segurando sua mão, enfrentei a Aurora.

— A verdade é que Anna ainda não aceitou plenamente o meu amor — declarei, cada palavra carregada de sinceridade. — Mas para mim, não se trata de um contrato. Vejo isso como uma oportunidade de conquistá-la, de fazê-la a minha esposa de verdade. Ela é a única que tem o meu coração. Aurora. Eu sinto muito, mas nunca pude amá-la como amo a Anna, por isso terminei com você a seis anos atrás, eu não podia enganar você por mais tempo.

—Mas quando o procurei a dois anos atrás, você me disse que a única mulher que tinha seu coração era a mãe da sua filha, o que houve que o fez mudar de ideia?—Aurora pergunta, eu olho para Anna.

Antes que eu pudesse dizer algo, ela sai do escritório, me deixando sozinho com a Aurora, em seguida Mark entra e a Aurora o cumprimenta.

—Onde está Anna?—pergunto ao Mark.

—Ela foi imprimir alguns documentos na sala de arquivo —diz Mark.

Entro na sala de arquivo, observando Anna enquanto ela está perdida em seus pensamentos. As folhas são impressas, mas minha mente está completamente focada nela.

—Anna.—começo, meu coração acelerando com a vulnerabilidade da situação.

—Jackson, eu não sei se devemos continuar com esse contrato, eu estou com medo.

—Medo de que?—pergunto ansioso.

—Medo do futuro, de que assim que a mãe da Sophia retornar para vocês, eu sofra, pois eu não consigo mais me imaginar sem a Sophia e você ao meu lado, parece uma loucura, é loucura, eu te conheço a tão pouco tempo, mas sinto como se a Sophia fosse uma parte de mim, e eu não quero pensar em perdê-los, mas tenho tentado olhar como apenas um contrato e nego para mim que é mais do que isso.

—Eu sei que as coisas se tornaram complicadas, especialmente com a presença da Aurora. Eu entendo seus receios, e eu os compartilho. Eu não quero que você sofra. Mas eu preciso saber... você sente algo por mim?

Anna parece envergonhada, seus olhos desviando-se dos meus por um momento antes de se encontrar com os meus novamente.

—Jackson eu... eu não sei explicar.—ela murmura, as palavras saindo em um sussurro incerto. —É como se houvesse algo inexplicável entre nós, algo que vai além da compreensão. Eu... sinto algo por você, algo que me assusta e me atrai ao mesmo tempo. E também pela Sophia...

Seus sentimentos são como um quebra-cabeça complexo, revelando-se aos poucos diante de nós. E enquanto as palavras dela ecoam em meu peito, sinto uma mistura de esperança e medo. Esperança de que possamos superar essas barreiras juntos, e medo do que ela não se lembre das memórias em que eu e nossa filha está.

—Eu amo você Anna e não há nada que me faça querer desistir de você, de nós, então não tenha medo, apenas me deixe mostrar que você é a única mulher que quero na minha vida.

Então, movido pela determinação e amor que sinto por Anna, me aproximo dela lentamente. Meus lábios encontram os dela em um beijo cheio de paixão e ternura, como se estivéssemos nos conectando em um nível mais profundo.

Coloco meus braços ao redor dela, segurando-a com firmeza, mas com gentileza, como se quisesse protegê-la de todos os medos e incertezas que a assombram. O beijo é puro, sensual e intenso, refletindo a profundidade dos nossos sentimentos um pelo outro.

Neste momento, não há contratos ou convenções sociais, apenas nós dois, compartilhando um momento de pura conexão e amor. E enquanto nos entregamos ao calor do momento, sei que juntos podemos enfrentar qualquer desafio que o futuro nos reserve. Porque quando se trata de Anna, não há nada que eu não faria para tê-la ao meu lado.

Continua...