Todos permanecem em silêncio enquanto Anna se aproxima, ficando ao lado do marido e do filho.— Alguém pode me explicar, o motivo de estarem com essas caras e o porquê de Aurora estar chorando? — Ela diz quando direciona seu olhar para a ruiva.— Não é nada demais mamãe. — Matteo se pronuncia enquanto olha para a Aurora com um olhar de repreensão.— Não minta Matteo, minha querida me diga o que aconteceu? — Anna fala de forma genuína enquanto vai até Aurora a abraçando.— Me desculpe senhora…— Pode me chamar de Anna, querida.— Anna, o seu marido e o meu pai fizeram um acordo para me casar com o seu filho, eu fui vendida. — Aurora confessa enquanto encara os olhos da mulher que rapidamente se enchem de raiva e ela vira bruscamente para o marido.— O que significa isso Francesco? — Ela pergunta furiosa.— Anna se acalma..— Não me peça calma, vocês perderam o juízo? Que porra é essa de acordo, podem desfazer isso agora. — Ela diz fuzilando o marido e Carlo com o olhar, enquanto Matteo
Aurora permaneceu séria e caminhou até a sua cama, e Carlo sentou-se perto dela.— Pode falar, estou escutando senhor. — Ela fala em deboche.— Pode guardar o seu deboche, quero uma explicação para o que aconteceu hoje!! Como ousa fugir depois de ter assinado o contrato e concordado com o casamento? — Ele pergunta sério.— Achou mesmo que eu iria aceitar esse maldito casamento? O senhor me vendeu, não tem o direito de me cobrar nada.— Tenho todo direito, assinou o contrato concordando com tudo que estava escrito, eu mereço uma explicação sobre tudo isso.— Eu também mereço uma explicação então, mentiu para mim quando disse que eu poderia pedir o divórcio, você acabou com a minha vida quando me vendeu como se eu fosse a porra de um objeto.— Ela fala alterando o tom de voz.— Se eu falasse a verdade você não aceitaria e eu ficaria sem opções, você já assinou não tem mais volta então trate de se comportar.— E sobre ser um mafioso, nunca pensou em me contar, papai. — Ela ri sem humor—
Aurora permanece em cima da mesa e quando uma outra música começa a tocar ela volta a dançar, dessa vez encarando os olhos verdes que estão preenchidos por raiva e desejo.— Desce Aurora. — Ele fala e ela sorri. — Vem me tirar, babaca.— Ela diz pausadamente, dando ênfase na última palavra. Matteo a pega pelas pernas a jogando em seu ombro enquanto ela resmunga palavras desconexas, fazendo ele entender que ela está bêbada.— O que porra você pensa que está fazendo? — Ele pergunta a colocando no chão quando já está do lado de fora da boate.— Estou me divertindo, não posso? Além de ter sido vendida, ter que casar à força com um mafioso, vou ser prisioneira também? — Ela pergunta arqueando a sobrancelha e colocando as mãos na cintura, Matteo olha em volta e passa as mãos no rosto para disfarçar um sorriso pela atitude da ruiva.— Você está bêbada garota. — Ele diz voltando ao seu tom sério e formal.— Ah jura? Não me diga. — Ela diz revirando os olhos e sai andando.— Onde você pensa qu
Quando Aurora termina o banho, ela abre o box e vê uma blusa e uma cueca em cima da pia. Ela veste e sai do banheiro, dando de cara com Matteo sentado na cama de cabeça baixa.— Você está melhor? — Ele pergunta levantando a cabeça para olhá-la.— Estou sim, obrigado por me tirar de lá e cuidar de mim, mesmo não tendo nenhuma obrigação. — Ela diz enquanto caminha em direção à janela e fica encarando as luzes da cidade.— O que aconteceu com seu rosto? Quem bateu em você, Aurora? — Ela engole em seco ao ouvir a pergunta dele.— Não foi nada, Matteo, pelo menos nada com que você precise se preocupar. — Ela suspira e dirige seu olhar para o homem ao seu lado.— Não minta para mim, Ragazza. Estou lhe perguntando porque quero saber a verdade, então me diga, quem fez isso com você? — Ele diz se aproximando e levando as mãos ao rosto da ruiva que permanece o encarando.— Por favor, Matteo, esquece isso — Ela diz com os olhos cheios de lágrimas.— Tutto bene, vamos dormir. — Ele diz, e ela ass
Aurora continua parada, observando o irmão respirar fundo, tentando controlar a raiva.— O que você está fazendo aqui, Aurora? — Lorenzo pergunta depois de minutos em silêncio.— Ela dormiu aqui, porque outra razão ela estaria aqui? — Matteo debocha.— Você cala a boca. — Lorenzo fala, e o amigo coloca a mão no peito em falsa indignação. — Porque você dormiu aqui, Aurora, e o que... — Ele se aproxima da irmã e nota seu rosto com uma marca vermelha. — O que é isso, Aurora?— Não é nada, Lorenzo. — Ela fala.— Você disse a mesma coisa ontem quando saiu de casa, para de mentir, foi ele não foi? — Ele pergunta enquanto segura o rosto da irmã entre as mãos. — Me diz, Aurora, o que mais ele fez com você?— Nada, irmão, ele só me bateu porque eu falei da mamãe. — Ela fala, e um soluço escapa da sua garganta.— Porque você não me falou?— Eu só não quis te preocupar, a única coisa que eu desejava era sumir daquela casa, eu fui à boate e de lá eu iria embora.— Ela estava bêbada e dançando em
Aurora sorri ao ouvir a voz do amigo, e por saber que ele está indo visitá-la.— Edu, não acredito, você disse que ia para França, desistiu?— Claro que não, eu irei para Itália e depois volto para casa, tive alguns problemas com meu pai e preferi não ir agora. — Eduardo fala e Aurora suspira.— Ele ainda quer que você assuma o lugar dele, não é? — Ela pergunta quando entra em seu quarto e se joga na cama. — Foi o que ele sempre quis mon chéri, mas não vamos falar de mim e sim de você, que história é essa de casar?— Como ficou sabendo?— Eu te liguei ontem, e seu querido noivo que atendeu.— O quê? Eu não sabia que você tinha ligado.— Posso saber porque você não tinha me contado ainda?— Aconteceu muita coisa ao mesmo tempo, mas quando você chega? Vou te buscar no aeroporto.— Vou chegar aí só a noite, aliás neste momento tenho que embarcar, até a noite mon amour.— Até, meu francês. — Ela diz e eles encerram a ligação. Aurora está deitada em sua cama perdida em meio aos pensament
Matteo suspira irritado após esperar alguma resposta e não receber nada além de silêncio.— Você é mudo porra? — Ele esbraveja e escuta um choro baixinho, e rapidamente a ligação cai..— Brigando sozinho Don? — Aurora fala se aproximando do moreno que está com os braços apoiados no balcão da cozinha.— Don? Anda pesquisando sobre a minha vida ragazza?— É justo que eu saiba sobre o meu futuro, não? De qualquer maneira eu não sou burra Matteo, sei que quando casarmos você irá assumir a máfia e eu serei nomeada "primeira dama". — Ela diz fazendo aspas com as mãos. — Apenas títulos queridinha, você será apenas a mulher do Don, e nada mais, me acompanhará em eventos da máfia e da empresa, cuidará de nossa casa e filhos, como uma esposa obediente. — Ele fala sarcástico e Aurora solta uma risada de deboche.— Eu não vou parar a minha vida para ficar trancafiada em casa, só para você ficar sabendo eu estou quase me formando e não vou abrir mão dos meus estudos e de trabalhar.— Ruiva você v
Aurora continua em silêncio, esperando uma reação do amigo.— Você não vai dizer nada?— Estou esperando você dizer que está brincando com a minha cara. — Ele fala, incrédulo.— Queria eu que fosse brincadeira, Edu. Meu pai assinou um contrato de casamento.— Isso é inacreditável. E o seu irmão?— Lorenzo tentou me ajudar. Quando liguei, perguntando se poderia ir encontrar com você, achei que estivesse na França.— Eu iria apenas para te encontrar, mas como você não foi, eu também não fui. Meu pai continua querendo me obrigar a assumir a empresa dele.— Entendo. Eu tentei fugir novamente, mas antes fui a uma boate e lá adivinha com quem encontrei. Na verdade, ele me encontrou e me levou para o apartamento dele. Eu não quis ir para casa do meu pai.— Fiquei confuso quando liguei e ele atendeu e ainda por cima me ameaçou. — Ele fala e Aurora para o carro em frente ao portão de sua casa.— Ele fez o quê? — Ela pergunta, indignada.— Ele disse que se eu tivesse amor à minha vida, não liga