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Isadora

Após a sua saída passei a chave na porta do quarto, espalhei as roupinhas de bebê e as cartelas de anticoncepcionais ao meu redor no colchão e olhei cada item por longos minutos. Aborto não era uma opção. Eu sentia um arrepio percorrer a minha coluna só de pensar nisso. Entregar o meu filho para o Heitor também estava fora de cogitação, embora eu saiba que o seu poder aquisitivo é bem mais favorável a ele do que a mim em relação ao nosso filho. Contudo, ou esse seria o nosso bebê, ou definitivamente seria somente meu. E, para finalizar, largar tudo o que conquistei na reta de chegada me deixará na miséria outra vez e droga, ainda tem a minha mãe que precisa muito de mim! Angustiada com esses pensamentos, salto para fora da cama, dou as costas para tudo aquilo e encosto-me no espaldar de uma janela. Encaro o dia ensolarado, observo o vento brincar com as copas das árvores e algumas borboletas que percorrem todo o jardim, e solto o ar com força pela boca. O que devo fazer a fina
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