Bônus de Tadeu Lincon - parte 3 — O que? O que foi que eu fiz? — resmungo quando ela me empurra e se afasta para ir para a porta. Imediatamente a seguro pela cintura e a faço sentar-se em cima minha mesa, e volto a tomar a sua boca com um beijo impetuoso, e quando me afasto olho dentro dos seus olhos. — Quer saber de uma coisa? — pergunto baixinho. — Aquele esbarrão com aquele café quente mudou a minha vida literalmente. — Ela puxa a respiração.— A minha também. — Sorrio e ela sorri. Minutos depois, estou indo apressadamente para a sala do meu chefe, enquanto ajeito a minha gravata e encontro a sua secretária no seu devido lugar. Meu amigo lá embaixo fica em alerta no mesmo instante e o repreendo mentalmente por isso. Inevitavelmente paro em frente a sua mesa, mas ela continua com a cara enfiada no computado, nitidamente ignorando a minha presença.— Bom dia, senhorita Allen, será que pode me anunciar para o seu chefe? — Ok, essa porra parece um fetiche e juro que usarei isso em alg
IsadoraDiferente da maioria dos dias Seattle amanheceu ensolarado, assim como o meu estado de espírito. Essa casa nunca esteve tão movimentada como hoje e o jardim nunca teve tanta vida como agora. Sorridente, me afasto da janela e olho para o vestido branco estendido em cima da cama e chego a suspirar de ansiedade só de olhá-lo. Especialmente hoje, Marie e Ethan estão com as babás, pois eu mal terei tempo de tocá-los tamanho o caos que preciso enfrentar até que tudo esteja realmente pronto. Eu sei que devem estar curiosos com os meus comentários evasivos, mas acredito que consigam imaginar os meus motivos.— Você ainda está assim? — Marisa indaga, entrando no meu quarto, fitando o conjunto de lingerie branca abraçado ao meu corpo e me pego sorrindo para a sua pergunta um tanto exasperada.— Me dê um desconto, estou nervosa pra caramba!— Você já se casou uma vez, Senhora D’angelo. Não entendo o motivo desse nervosismo todo.— Hum, futura Senhora Scott, logo você sentirá essa mesma s
Isadora — Nossa, você está linda, filha! — Sara não segura a sua comoção, a final ela não teve a chance de me ver entrar na igreja da primeira vez. Então imagino que para ela hoje será como o meu verdadeiro dia de noiva. — Já está tudo pronto, meninas. Vocês precisam descer e ocupar os seus lugares. — Ela avisa e a mulherada se agita.— Nesse caso até daqui a pouco, amiga! — Marisa diz, soltando um beijo no ar e eu faço o mesmo para ela. Stayce se despede com um abraço rápido em seguida e de repente estamos apenas os três aqui no cômodo.— Filha, eu quero que use isso. Foi um presente que seu pai me deu no dia do nosso casamento.— Ah, mãe eles são lindos! — sibilo, deixando o bebê em cima da cama. — É só uma maneira de simbolizar a sua presença nesse momento tão especial de sua vida — diz tirando um par de brincos e uma pulseira de ametista de um tom lilás delicado de dentro de uma caia quadrada e camurçada. Depois, me ajuda a me livrar das pérolas e a colocar os novos acessórios. V
IsadoraDurante a renovação dos votos...O barulho dos aplausos é abafado pelo som de um piano e automaticamente me viro na direção desse som. A voz de Heitor ecoa alto no microfone cantando a música Hard for Me e extremante surpresa levo as mãos para o meu rosto, fitando o imenso e lindo buquê de rosas vermelhas que ele segura em sua mão, apoiando-o com o seu braço, enquanto entoa a letra da música. Meu coração bate forte demais e as inevitáveis lágrimas emocionadas preenchem os meus olhos. Seus olhos intensos estão sempre fixos nos meus como se declarasse nas lindas palavras dessa letra todo o seu amor para mim. Santo Deus, tenho vontade de correr ao seu encontro, de abraçá-lo e de beijá-lo. No entanto, as minhas pernas não me obedecem. Eu simplesmente não consigo sair do meu lugar. Sei que ele me ama e já não tenho a menor dúvida disso, mas declarar-se diante de todos sem receio algum, sem constrangimentos e com tamanha veracidade, isso é… Meu Deus! Não tem preço e nem comparação.
Isadora — Heitor D’angelo, é de sua vontade renovar os seus votos com a Senhora Isadora D’angelo como a sua companheira de todas as horas, amiga e protetora, além de ser a mãe de seus filhos e sua eterna esposa?— Com certeza sim. — Ele resmunga e alguns convidados riem.— Isadora D’angelo, é de sua vontade renovar os seus votos com o Senhor Heitor D’angelo como seu único companheiro de todas as horas, bom amigo e protetor, além de pai dos seus filhos e eterno esposo? — Olho para o lindo homem ao meu lado e ele me olha também. Sorrio.— Sim, eu sempre direi sim! — Seu sorriso tão lindo se amplia roubando o meu ar.— Sendo assim, como ministro do Deus todo-poderoso eu vos abençoou e lhes desejo uma vida de muito amor, de perdão e compreensão contínua. Abenmçoou essa união que todos aqui bem sabe, foi capaz de quebrar os pesados grilhões, trazendo a vida e a felicidade para esse lugar. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém! Já pode beijar a noiva. — Ele diz e sorri. O pian
Heitor(...) Mais uma estocada e ela se entrega como os seus gemidos inexprimíveis, levando-me junto com ela para as profundezas das águas escuras e agitadas. Sem forças, caio ao seu lado na cama e a puxo para os meus braços, beijando a sua cabeça com carinho. No silêncio do nosso quarto, as nossas respirações aceleradas se espalham e se misturam. Então ela ergue a cabeça e seus olhos me encaram com uma certa diversão.— Eu tenho um presente pra você — falo, porque sei que é isso que ela quer ouvir de mim. Especialmente hoje, fazemos dois anos de casados – claro, sem contar com o primeiro ano catastrófico que tivemos – e decidimos que contaríamos essa data a partir do dia que fizemos nossos votos. Como sempre, concordei com a minha esposa. São dois anos de pura felicidade, curtindo uma família feliz e recebendo amigos em nossa casa.— Onde está o meu presente? — Ela indaga me despertando.— Hum, deixe-me ir buscá-lo pra você — resmungo, passando propositalmente por cima dela e no cami
Heitor— Vamos falar com os noivos. — É claro que vamos! Retruco mentalmente quando ela segura a minha mão e caminhamos na direção do casal. — Meus parabéns, meu amigo! — Isa sibila o abraçando e eu fecho as mãos em punho quando as mãos atrevidas de Thompson tomam posse da sua cintura. Sei que estou exagerando, mas é algo que eu não consigo evitar. Quer dizer, ela me ama e eu a amo, e isso deveria ser o bastante, mas quando ele está por perto sempre vem aquela lâmina afiada de ciúmes. — Parabéns, Emma! — A parte mais idiota mesmo veio agora, quando ficamos um de frente para o outro sem saber exatamente o que fazer.— Obrigado por ter vindo, Heitor! — Apenas meneio a cabeça. — Só pra você saber.— O quê?— Eu estou apaixonado pela Emma e...— E?— Em poucos meses serei pai.— Olha que novidade! — Sim, estou convencido. Agora é pra valer e no mesmo instante me sinto relaxar. — Meus parabéns Peter!— Valeu! — Abro o meu terno e tiro um envelope do bolso interno. — Esse é o meu presente p
Heitor — Será que podemos conversar um momento a sós, minha irmã? — ele pede. Isa agora parece ainda mais desconcertada. Contudo, eu cruzo os braços em desafio para esse pedido absurdo. Minha esposa parece protelar uma resposta.— Pode falar, John. Heitor e eu não temos segredos um para o outro. — O infeliz não esconde o seu desagrado e insiste com a irmã.— Querida, leve-o para a biblioteca. Lá vocês poderão conversar mais à vontade — sugiro.— Tem certeza?— Sim. De qualquer forma você me contará tudo. — Volto a encará-lo, porém, ele me olha com desdém e no segundo seguinte os observo se afastar.Uma porra que os deixarei sozinhos! O fato de John Dixon entrar na minha casa após todos esses anos desaparecido e sequer perguntar pela mãe me incomoda e muito. Algo me diz que ele veio apenas para causar problemas. Penso e assim que os perco de vista, sigo direto para o corredor da biblioteca, abro uma pequena brecha na porta e me encosto na madeira para ouvir o que ele tem a dizer real