Cheguei no trabalho mais cedo que todos. No vestiário troquei minhas roupa pela farda, Vanessa ainda não havia chegado, isso me deixava desconfortável, ela é a única pessoa que eu converso nesse lugar. Fui para trás da bancada e fiquei lá com as outras meninas, minutos depois chega Vanessa, estava com uma cara de ressaca.
— Foi atropelada por uma manada de búfalos? Procure arrumar essa cara amassada. — Digo rindo da situação.— Ontem eu não tive noite.— Por quê?— Preciso dizer, Olivia? — Ela revirou os olhos, eu lembrei que ontem ela tinha me dito que teria um encontro.— Você é uma degenerada sexual!Kate entra na empresa pelas portas da frente, o que aquela mulher tinha de elegância tinha de arrogância. Assim que mira os olhos em mim, atrás da bancada, ela vem até mim.— Meninas, me deem licença, quero falar com a minha querida Olivia. Hoje eu tenho um trabalhinho especial para você queridinha. — Disse procurando algo em sua bolsa.— Mas hoje eu nem cheguei atrasada.— Eu não estou nem aí, meu bem. Tenho muita coisa para resolver, então hoje você irá buscar alguns ternos do chefe na lavanderia. — Logo após ela mostra um sorriso cínico. — Este é o endereço, busque e me entregue assim que me ver.Ela me entrega um papel.— Esse endereço... é muito longe. — Digo com os olhos arregalados. — Vai dar uma fortuna de táxi.A loira revira os olhos.— Pegue um táxi — ela abre a carteira e estende umas notas para mim —, está aqui o dinheiro. Quero que seja rápida, meu bem. — antes De sair ela abre um sorriso largo — não se preocupe, pode ficar com o troco.Kate saí do salão e entra no elevador, eu olho para Vanessa que parecia tão insatisfeita quanto eu.— Essa mulher é tão... repugnante. — Resmungou Vanessa.— Bem, vou logo, antes que ela volte aqui e queira que eu limpe a bunda dela.Vanessa rir.— Toma cuidado e tente ser rápida.Pego um táxi e vou para a lavanderia. Até mesmo o local onde ele lavava as roupas era extremamente chique, meus olhos nunca tinham admirado tanta beleza em um simples lavador.Me direcionei a uma senhora que estava falando ao telefone.— Com licença eu vim pegar as roupas da senhorita Katherine. — Digo sorrindo.— Você diz a assistente do senhor Dominic? — A mulher deliga o telefone. — Ela me avisou que você viria.Fico observando a decoração do ambiente novamente enquanto ela vai buscar as roupas. A mesma mulher vem com várias roupas em cruzetas cobertas por um pano escuro.— Cinco pares de ternos, lavagem a seco, engomadas perfeitamente. Tudo para o nosso melhor cliente.— Obrigada, moça. — Indago pegando as roupas.Entro no táxi novamente e volto a empresa. Considerando que o tráfego estava calmo, cheguei rápido, mas não o suficiente. Saio do táxi e corro, vejo o senhor Dominic entrando na empresa. Minha única reação foi colocar as roupas na minha frente para que ele não me visse, seria meu fim, Kate acabaria comigo como se eu não fosse nada. Me atrapalho e escorrego no degrau, caio no chão como um saco de batatas. Tento não pensar em quantas pessoas estavam olhando para mim, amaldiçoando até minha quinta geração.Sinto uma mão no meu braço.— Você está bem? — Dominic pergunta assim que me ver caída no chão.— Estou bem, mas com muito vergonha. Eu sou um desastre!Ele me ajuda a levantar segurando no meu cotovelo, meu corpo todo vibrou com seu toque aveludado.— Venha. — Ele me puxa, eu nunca estive tão próxima dele como agora.Sinto uma forte ardência no joelho, para completar minha desgraça, machuquei o joelho.— Você se machucou, quer ir ao hospital? Eu a levo.— Não, só quero entrar, estou com vergonha. — Olho em volta — as pessoas estão todas nos olhando.— Está bem, venha. Vou fazer pelo menos um curativo. — Ele continua me segurando, mas agora passou seu braço ao redor de minha cintura. — Pegue essas roupas que estão no chão e leve para a Kate. — Ele diz ao seu motorista.Nós entramos e passamos pela recepção, eu queria afundar meu rosto no pescoço quando as meninas olham para mim boquiaberta.— Onde você está me levando? — Pergunto.— Vou limpar sua ferida.Caminhamos até a parte permitida aos funcionários, ele abre uma porta, eu nem fazia ideia de que tinha um lugar como este aqui. Ele faz um sinal para que eu me sentasse em cima de uma mesa, me sento e olho o ferimento que ficou em meu joelho, se o meu chefe irresistível não estivesse procurando algodões para me ajudar, provavelmente estaria ardendo. Muito.— Por que saiu em horário de trabalho? — Ele traz uma maleta de prontos-socorros.Ele toca minha coxa buscando algum apoio, eu quase soltei um espasmo.— A senhorita Kate me mandou buscar sua roupa — ele começa a passar algodão com algum líquido estranho no meu joelho, era algo verde, logo que passou ardeu muito. — Agora está doendo mais do que antes.— Isso é para desinfetar, pare de ser tão reclamona. — Ele continua passando aquilo na minha perna — e por que a Kate lhe mandou buscar as minhas roupas, o que você fez?Ele aperta minha coxa levemente enquanto limpava o local. Foi o suficiente para uma onda de calor passar pela minha espinha e chegar até minha parte íntima. Eu jamais pensei que poderia sentir calor naquele lugar. Jamais pensei que com apenas um toque um homem pudesse me levar a excitação, mas eu esqueci que era do Dominic Caccini que estávamos falando.— Eu não sei, eu cheguei cedo, e ela me mandou buscar as roupas. — Viro minha cabeça para cima e fito o teto branco, mordo o lábio inferior tentando não focar na sua mão em mim.— Eu vou resolver isso com ela. — Ele falou sério.— Não, deixe isso para lá. Não quero que ela fique com mais raiva de mim.Ele me encara, parecia estar pensando. Eu percebia seus dentes cerrando um no outro, fazendo com que seu maxilar ficasse ainda mais marcado.— Você não estará sempre na recepção para me defender dela.Ele aperta minha coxa com certa força, a ponto de afundar seus dedos no lugar. Mordi meus lábios com força. Apesar de ser apenas um arranhão, ele parecia tão focado no que fazia, tanto que suas sobrancelhas se juntavam enquanto ele analisava o ferimento.— Tire o dia de folga, volte amanhã e essas coisas não irão mais acontecer. — Indagou em um tom compreensivo, me senti uma criança com a forma que ele me tratava.— Eu posso continuar, foi apenas um arranhão. — Digo analisando o arranhão em meu joelho.— Não, eu insisto. Vou pagar um táxi para você. Descanse, Olivia.Como eu gostava de ouvir meu nome em sua boca. Ele faz até um nome simples como o meu virar poesia.— Já que o senhor insiste.Tento descer da mesa, mas estou com dificuldades, pois meu joelho parecia ter travado. Ele passa seus braços ao redor da minha cintura e me deixa no chão, nossas respirações se cruzaram. Nos encaramos. Meu estômago revirou. Aqueles olhos estavam devorando minha alma, sua expressão séria me causava calafrios, e, ao mesmo tempo, deixava minha calcinha em ruínas. Dominic ainda estava com o braço ao redor da minha cintura quando seu celular vibrou nos trazendo a realidade. Ele voltou a piscar e me largou no chão, não sei como tive forças para ficar de pé.— Tenho que ir para minha sala. Vá para casa, Olivia.Ele saiu me deixando completamente envergonhada. Por que eu estava me sentindo assim perto dele? Dominic era realmente tudo isso que as meninas falavam? O fato é: eu nunca tinha me sentido tão atraída por alguém, na verdade, ninguém haviam me deixado tão excitada com tão pouco. Tudo que Dominic fazia parecia tão sugestivo, tão convidativo, me perguntava se era apenas coisa da minha cabeça.Horas depois eu já estava em casa e fiquei ao lado de minha mãe em seu quarto. Abby ainda não havia chegado e eu estava no tédio assistindo a um programa qualquer, por mais que assistisse sozinha eu me sentia bem ali, às vezes tinha a sensação de que nada mudou, que minha mãe estava ali consciente, assistindo ao bob espoja comigo. Eu ria de um momento engraçado do desenho quando ela começa a se debater na cama. Eu a seguro em seus braços assustada, ela parecia estar tendo um pesadelo, estava usando suas últimas forças para soltar suas mãos.— Mamãe, sou eu, sua filha. — Digo assustada. Isso não tinha acontecido antes.Ela abre os olhos, estava com a testa suada e as mãos trêmulas.— O-olivia?— Eu estou aqui mamãe. — Seguro seu rosto com as mãos.— Minha filha, você está aqui. Tive um pesadelo terrível. — Ela diz ofegante, seu peito descia e subia abruptamente — sonhei que havia perdido você e Abigail.— Você não me perdeu, estou aqui, mamãe. — Digo passando minhas mãos em seus cabelo
Todos ficaram olhando para nós quando entramos na empresa. Dominic fez questão de entrar pela porta da frente, eu estava vermelha de vergonha, talvez fosse pela falta de combinação entre mim e ele, enquanto eu estava de vestido florido, ele usava um terno de alta costura, completamente sério.Entrei direto para os vestiários e troquei minha roupa, Vanessa vem ao meu encontro imediatamente.— Tudo bem, você pode me explicar o que foi aquilo? — Ela me dá um leve empurrão.— Não é nada de mais.Ela me olha como se eu tivesse agredido um mendigo.— Você simplesmente acabou de sair do carro do seu chefe, um dos CEOs mais ricos de nova York e diz que não foi nada? — Balanço a cabeça. — Aquele surto de ontem com o joelho machucado eu entendi, mas isso...— Não leve isso tão a sério!Ela me olha com os olhos entre-abertos.— Vocês transaram? — Ela me sacode.— Não! Foi apenas uma carona. — Fecho meu armário totalmente envergonhada.— Você é muito cínica! Eu não acredito que está interessada n
Eu ficava feliz em finalmente estar trabalhando em um lugar cujo o salário seria maior, mas ficar na recepção o dia inteiro deixava meus pés doloridos. No fim do expediente só queria ir para casa dormir. Sean não estava na rua, abri a porta e entrei rapidamente, não queria ter o desprazer de encontrá-lo. Me joguei no sofá observando o quadro de Abby no jardim de infância acima da TV de tubo. Ela era uma criança tão doce, lembro-me do dia que ela chegou com um passarinho com a asa quebrada, cuidou dele até o dia que soltou ele no central park, ela nunca perdeu essa essência e no que dependesse de mim ela seria mantida. Acordei com Abby em cima de mim. — Quem é Dominic? — Perguntou ela com a sobrancelha arqueada. — É seu namorado, Olivia? — Não! Como você sabe dele? — Eu passei aqui no seu quarto e você estava falando esse nome. — O que você está fazendo aqui?! — Jogo meu travesseiro em sua cara. — Estava vendo você sonhando com o seu namorado misterioso! — Ela zomba. Começou um
Me sentei a mesa junto dele. Dominic parecia satisfeito por conseguir o que queria, enquanto Teresa nos espiava de trás do balcão.— Você morou aqui em Nova York? — Perguntou-me.— Sim, moro aqui durante toda a minha vida. — Respondo. — É estranho você te ver sempre pelos arredores do Queens tantas vezes.Ele solta um "humpt" como se fosse óbvio, isso fez uma interrogação gigantesca aparecer na minha cabeça.Dominic sorriu, seu sorriso me quebrava inteira.— Negócios. — Ele toma um gole do café a sua frente, a essa altura já deveria estar frio. — Me fale sobre você, Olivia. — Por acaso essa é a entrevista de emprego cujo eu não fiz? — Uma linha se forma entre as sobrancelhas dele. — Desculpe, meus chefes não costumam me fazer tantas perguntas. Eu observo a mandíbula dele tencionar e seus dedos segurarem com mais força a xícara.— Não precisa me chamar de chefe quando estamos fora da empresa. — Desta vez minha mandíbula trava. De repente os olhos dele focam em algo atrás de mim, eu t
Fui para a empresa, lá vi que em dias de final de semana não são as mesmas pessoas, são outras totalmente diferentes.— Boa noite. — Digo a uma mulher que parecia simpática.— No que posso ajudá-la? — Ela olhou para mim com confusa. Decerto eu não estava com roupas adequadas, mas um vestido florido e uma jaqueta jeans, mas não era motivo de tanto desdém.— Desejo falar com o Dominic Caccini. — Digo sorrindo.A mulher me olha como se eu fosse uma maluca. — Sinto muito mais ele não está no momento, a senhorita Katherine pediu para que nós não o incomodasse durante esse fim de semana.— Você sabe me dizer onde ele está?— Senhora, a menos que você me diga quem é não tenho a permissão para falar nada. — Ela sorrir de uma maneira passiva-agressiva.Já não tinha mais o que falar. Fiquei com vergonha de dizer o motivo.— Está bem — continuo —, obrigada de qualquer forma.Talvez essa seria uma ideia ruim, eu poderia fazer isso na segunda-feira. Mas eu queria ver ele mais uma vez, de qualquer
Eu estava sem saída, meu chefe estava me colocando contra a parede, literalmente. Senti um calor subindo pela minha espinha, eu já estava ficando ofegante com aqueles olhos verdes me encarando enquanto ele estava apenas de toalha.─ D-dominic, pare com isso... ─ digo tentando afastar ele de perto de mim.─ Posso me divertir um pouco com você, Olivia? ─ Ele diz.De repente eu tinha apenas 14 anos. As mãos ásperas dele passando pelas minhas pernas. A voz, "seja uma boa menina, Olivia", ele dizia. Eu estava em choque e não conseguia gritar muito menos pedir socorro. Não pisquei e as lágrimas correram quentes pelo meu rosto. Eu era apenas uma criança.Dominic se afastou de mim com a sobrancelha franzida.─ Eu fiz algo de errado? ─ Ele perguntou se afastando.Ele me trouxe de volta a realidade e eu enxuguei meu rosto com a costa da mão.─ Não... você não fez nada. ─ Indago com dificuldade. Ele continuava me olhando assustado.─ Me desculpe, Olivia. Foi uma brincadeira de mau gosto.Ele des
Vanessa mandou mensagem lembrando termos um compromisso a noite.Eu não sabia se era certo sair para uma festa sabendo que a minha mãe estava acamada no quarto ao lado.Assim que tomei banho, sentei na borda da cama enquanto penteava meus cabelos, era estranho, eu me sentia estranha por dentro.Solto um longo suspiro.Fui até o armário procurar algo para vestir, tinha roupas velhas que eu usava no dia a dia. Peguei meu melhor vestido e vesti, estava como sempre. Olhei o reflexo do meu rosto no espelho, nem mesmo quilos de maquiagem cobririam essas olheiras.Vanessa chegou com uma mala nas mãos.— Veio de mudança? — Pergunto rindo.— Não, só estou preparada. Vamos começar a nos arrumar?Abro os braços, ela olha para mim incrédula.— Mas eu já estou pronta.— Amiga, eu até gosto do seu estilo menina virgem, mas hoje não vai rolar. Vamos à uma festa!— E no que você está pensando? — Pergunto receosa.— Se deixar, você verá.Vanessa começou a me arrumar, passou corretivo, base, pó compact
Meu peito descia e subia com rapidez, tentava não olhar para ele, meus sentidos não funcionavam perfeitamente por conta do álcool. Um minuto naquele banheiro parecia uma hora. Ele aproveitou a situação para me apertar mais contra seu peitoral.Depois que a pessoa sai do banheiro, somos finalmente livres. Apoio uma das minhas mãos na pia e suspiro.— Essa foi por muito pouco. O que você estava fazendo aqui? — Pergunto limpando o batom borrado em minha boca.— Estava em reunião com uns acionistas, quando uma mulher muito bonita, de cabelos castanhos, chamou minha atenção. — Disse limpando sua boca borrada de batom.Ele me achava bonita? Foco, Olivia.— Entendi. — Me belisco para saber se aquilo tinha mesmo acontecido. — Apenas vamos esquecer tudo o que aconteceu, está bem? Amanhã você continuará sendo meu chefe e eu sua funcionária.— Mas você irá? — Seu olhar percorre o meu corpo. — Eu não pude evitar, não consigo mais. Não consigo mais fingir que estou louco para fodê-la.— Você é mal