Levei algum tempo para levantar minha calça e sair da cozinha. Minhas pernas estavam moles como quando saio do treino de inferiores, minha cabeça leve como uma pena e meu saco vazio. Subi as escadas me arrastando até meu quarto. Me joguei na cama mais uma vez encarando o teto, me sentindo completo, me sentindo incrível. Francesca tirou de mim além da minha virgindade, meu coração. Senti que já estava quebrando nosso acordo, mas ela também já havia feito isso quando transou comigo pela segunda vez. Talvez ela gostasse de transar comigo, mesmo com minha inexperiência... Não, ela deveria estar acostumada com caras de quadris soltos, não com um adolescente. Era muita coisa presumir isso, embora fosse tão bom. Acordei na manhã seguinte com a luz entrando pela janela, eu tinha pegado no sono na noite anterior. Levantei e tomei um banho, tirando novamente seu perfume de mim. Abri a porta do quarto e sai, por ironia do destino foi ao mesmo tempo que ela. Que deliciosa ironia. Francesca u
Minha mãe e Francesca lavavam a louça do jantar quando chegamos por volta das vinte horas.Fui até a cozinha, Francesca secava alguns copos em cima da copa, mas não dei muita importância. Abri a geladeira e peguei um pêssego, fechei e mordi. Ela olhava de relance para mim. — Aonde foram? — Perguntou quebrando o silêncio. — Meu pai foi resolver uns assuntos em Nova York e me levou. Ela exclama um "hmm". — Foi divertido? — Dei de ombros. — Estava pensando, sua mãe vai sair com a Vanessa e seu pai para o plantão. Que tal assistirmos alguma coisa com a Mary? Francesca olhava para mim com aqueles perfeitos olhos azuis, olhos azuis mentirosos e fingidos. Eu não ia cair nisso de novo, transar com ela e depois ser ignorado no dia seguinte. Estava cansado disso, apesar de adorar ter meu pau dentro dela. Até isso estava passando, meu pau não ficava mais tão duro perto dela, na verdade, ficava só um pouco.— Estou cansado, vou tomar banho e morrer na cama. Saí da cozinha sentindo meu coraçã
Francesca passou dias sem falar comigo, estávamos na mesma casa, mas ela nem olhava para mim, parecia que eu não era digno nem disso. Não tentei falar com ela, estava com tanta vergonha que não cabia dentro de mim. Aceitei o fato dela ir embora daqui uma semana e isso acabaria finalmente. Meu rosto já tinha voltado ao normal, com isso, minha mãe tirou pouco do castigo, agora podia voltar aos treinos onde descontava toda minha raiva e frustração. Hoje não era diferente. Chutei a bola com tanta força que ela bateu no muro fazendo um barulho alto, não pulei o cardio e fiz musculação. Suar me ajudava a não pensar, não pensar nela, na merda que fiz. Treinava sozinho, não queria ver nenhum dos meus amigos e ter que explicar meu mau-humor, isso só iria me deixa mais mal-humorado. Voltei do ginásio andando por colta das quinze horas, segurando uma bola debaixo do braço e a bolsa de treino no ombro. As duas horas no ginásio não eram suficientes, infelizmente tinha que voltar para casa, vo
A beijei como se tivesse todo o tempo do mundo para fazer aquilo, de forma lenta e calculada, como aqueles beijos de filme. Pela primeira vez não era de filme de porno. Francesca agarrou meu torso, me puxando para cima dela, como se desejasse unir nossos corpos. Gemi ao colidir com ela. Beijar ela depois de tudo me trouxe uma sensação gostosa de paz, parecia que finalmente meu peito estava calmo, apesar de ainda termos coisas a esclarecer. Passei minha mão pela lateral da sua barriga, sentindo suas curvas, apertando firme seu quadril e puxando para perto da minha virilha.Não preciso mencionar o quão duro eu já estava. O beijo calmo se tornou uma brilha pouco a pouco. Francesca me devorava com saudade enquanto eu apertava sua cintura. Lembrei que ela estava apenas com a minha camisa, absolutamente nada por baixo. Aproximei minha mão da sua buceta, acariciando com cuidado, até finalmente chegar o dedo na sua cavidade. Ela estava tão úmida, tão molhada, tão pronta para mim. Não pro
Eu olhava pela janela os carros passando pelo lado de fora, tudo no centro da cidade era movimentado e ríspido. O barulho dos carros era quase imperceptível com o vidro do café, que nesse dia estava especialmente cheio por conta de uma confraternização que ocorria. O local era pequeno e quente, a cozinha era o pior lugar para ficar, cheiro de fritura e doces invadiam as narinas se você não fosse acostumado. Eu mesma nos meus primeiros dias passava horas dentro do banheiro vomitando. Apesar de todos os contras, foi de muita ajuda durante esses anos, graças ao café eu conseguia ajudar em casa. Meu salário não era alto, na verdade, era ridiculamente baixo, mas era suficiente para comprar comida e pagar os remédios. Apoiei minha bandeja no balcão e suspirei, levei a costa da mão até a testa e limpei o suor. — Aqui o pedido da mesa sete! — Uma das meninas que trabalhavam no balcão disse. Pego o prato com bolo, a xícara de café e levo para o cliente. O dia inteiro era assim, entregando
Eu estava bem em frente aquele prédio imenso, as cores azuis dominavam, era todo de vidro espelhado, num tom de azul-escuro e muito alto. Ficava nada mais, nada menos situado no centro da cidade, aonde apenas as maiores empresas estavam localizadas. Pessoas bonitas com roupas sociais entravam e saiam daquele local, me senti uma mendiga perto deles, mesmo com a melhor roupa que tinha. Sem mais nenhuma briga mental, entrei no prédio segurando firme o envolpe que continha meu currículo. Dentro me senti ainda mais ridícula, era impecável, tudo limpo com um aroma bom. Caminhei até uma mulher atrás de uma bancada, muito bonita e apresentável, assim como todas as outras, eram padronizadas com um fardamento em um tom azul-marinho.— Boa tarde senhorita, no que posso lhe ajudar hoje? — Ela perguntou com um sorriso.— Eu vim para tentar uma vaga de emprego. — Mostro o anunciado no jornal.Estendo o currículo para ela, as folhas estavam todas amassadas. Senti vergonha ao ver a expressão que ela f
Depois de um longo dia de trabalho exaustivo, fui para casa tarde da noite, eram 22 horas quando cheguei em casa. A noite parecia mais escura quando Sean estava em frente à minha casa, ele e os seus amigos costumavam ficar lá quando iam me cobrar. Dessa vez não foi diferente.Procurei pelas minhas chaves na bolsa com as mãos trêmulas, assim que as peguei, elas caíram no chão. Abaixei para pegar, mas já era tarde, ele já estava a minha frente. Levantei, mas sem olhar para o rosto dele.─ Meio tarde, não acha? ─ a voz rouca dele me dava náuseas.─ Estava trabalhando.─ Ótima notícia, assim você me paga o que deve.Sean quebra a barreira entre nós, eu me afasto.─ Olivia, eu gosto de você, mas já tem dois meses que você não paga o que me deve. ─ ele umedece os lábios e tira o cabelo que tinha no meu rosto com a ponta dos dedos ─ não esqueça que temos negócios a tratar.Eu estremeci com o toque dele. Ele se aproxima mais vez, eu vou para trás, mas minhas costas já colidem com a porta de c
O dia foi tenso. Kate me olhava como se quisesse me matar e depois jogar meus restos aos porcos. Eu não queria mexer com alguém como ela, que com certeza pisaria em mim como se eu fosse uma mísera barataFalei do ocorrido para Vanessa durante o horário de almoço e ela gargalhou.— Eu não posso acreditar, Olivia. — Ela indagou ainda rindo.— Foi muito constrangedor.— Mas como ele é de perto e a sala dele?— Ah, eu não reparei muito. — Finjo dar de ombros.Ela me lança um olhar cético.— Está bem, está bem. Ele foi educado e só. Somente isso, Vanessa. — Me rendo. — A sala dele é muito bonita.— Podre de rico, tinha que ser né.Para mim era estranho a visível divisão de classes. Enquanto Dominic tinha ouro e diamantes cravejados em uma simples garrafa de vinho italiano 1886, eu me humilhei mais cedo para continuar em um emprego de recepcionista.Já estava nos últimos minutos do meu expediente.— Finalmente, trabalho concluído. — Vanessa diz trocando de roupa.— O dia foi duro hoje.— Mu