Aniversário amigo Rodolfo Já na festa…Chegamos ao local e rapidamente notei o ambiente: definitivamente cheio de bêbados e drogados. Por um momento, pensei em voltar para casa, mas decidi ficar pelas animadas Letícia e minha cunhada.Entramos, e posicionei Letícia à minha frente, segurando-a pela cintura enquanto ela dava as mão à irmã. Com algum esforço, nos aproximamos do aniversariante e de Gustavo, meu irmão que parecia aproveitar bem a festa. O lugar estava barulhento, e o ar estava carregado com o odor de álcool e drogas.— Boa noite — cumprimentei eles. Estevão, com os olhos arregalados, exclamou entusiasmado:— Caralho, você veio, cara! Como estou feliz. Olha só, amor, ele veio! — Estevão largou Gustavo ao me ver, passou por Letícia e Bruna e veio até mim, me abraçando efusivamente. Claramente, ele já estava bastante alterado.— É lógico que eu viria — respondi, fingindo simpatia. Estevão então puxou sua namorada e nos abraçou juntos. Agradeço por não ser baixo, ou isso me i
LeticiaOs olhos de Rodolfo me devoram e incendeiam simultaneamente. Ele não desvia o olhar enquanto danço próxima a Bruna e Gustavo. Seu modo intimidador não me intimida mais; estou simplesmente apaixonada por seus olhos, sinto-me profundamente desejada por eles. Enquanto danço, lembro-me da nossa última transa. Nunca imaginei que seu modo autoritário me seduziria tanto. Sempre fui apaixonada pelo romantismo do meu ex, tudo era muito lindo: suas palavras encantadoras, suas atitudes, seu jeito romântico. Quando era meu aniversário, já sabia que viria um presente fofo acompanhado de suas doces palavras. Era o que eu gostava, já que nunca havia namorado ninguém antes. Achava lindo, mas hoje percebo que ele sempre foi muito previsível.Com Rodolfo, não sei o que esperar. Não sei qual será seu jeito: se será romântico, arrogante, sedutor ou até mesmo rude, como um “parabéns pelo seu aniversário, sua diaba”. Sei que soa loucura sentir-se atraída por isso, mas ele tem um jeito de me prender
Nesse momento, Estevão e sua namorada, toda sorridente, foram até Rodolfo. Não gostei nada dessa mulher, mas pelo que vi, ela conhece Rodolfo, já que é amiga da Tati. Isso, porém, não muda em nada minha antipatia por ela e todo seu sorriso; pelo visto, Rodolfo é rodeado de admiradoras.Chegamos ao banheiro e Bruna entrou em um dos compartimentos.— Letícia, que festa daora, é sempre assim? — Bruna perguntou do interior do compartimento.— Sei lá, é a primeira vez que venho — respondi.— O Gustavo falou que os bailes são muito mais top, tô até imaginando aqui uma noitada num baile — ela comentou com entusiasmo.— Nem imagine, Bruna, amanhã viajaremos — tratei de cortar seu entusiasmo.— Ah, não, não corta o meu barato — ela protestou.— Bruna, a mãe e o pai precisam de você lá, e você precisa voltar ao seu trabalho, esqueceu? Tá louca? — tentei trazê-la de volta à realidade, lembrando-a de suas responsabilidades.— Ah, achei que poderia ocupar o seu posto de secretária lá na empresa do
Bruna Estou me divertindo muito e gostei bastante de São Paulo, que é uma cidade muito atrativa. Porém, só de pensar que amanhã já voltarei para minha cidade, não me animo nem um pouco. Sei que meus pais precisam de mim; sempre fiz tudo por eles e continuo fazendo. Mas agora estamos diante de outra situação: o Rodolfo é milionário e poderia nos ajudar bastante se morássemos aqui em São Paulo. Falando no meu cunhado, nossa, como é bonito e charmoso! Mas não o olho dessa forma, pois já percebi que ele está completamente apaixonado pela minha irmã. Jamais trairia a confiança dela; amo a Letícia, que é minha irmã mais nova. Mas vou te contar, essa mulher parece que nasceu com a bunda virada para a lua; nunca vi alguém ter tanta sorte com homens como ela tem. Seu primeiro namorado foi o Vini, que sempre fez de tudo por ela, e agora tem o Rodolfo, um homem atraente (com todo o respeito) e milionário — não dá para dizer que ele é apenas rico. Quanto a mim, nada. Raramente encontro um namor
Discussão com BrunaRodolfoMeus pensamentos se acalmaram ao sentir o aroma dela que estava em meus braços; ela conseguia tranquilizar minha mente apenas por estar perto, algo que há muito tempo não experimentava. Quando estou irado, costumo estourar e distribuir minha irritação por onde passo, mas ela, com muito pouco, conseguiu acalmar minha turbulência interior.Entramos e subi as escadas com Letícia em meus braços. Ela estava mais pesada e seu corpo mais relaxado. Ao chegar ao quarto, percebi que ela já dormia profundamente. Decidi não acordá-la para tomar banho, pois o álcool parecia ter tomado conta de seu corpo, visto que ela não deu sinais de despertar nem quando a coloquei na cama. Retirei suas sandálias, ainda refletindo sobre as palavras que ela havia dito sentada naquele chão. Talvez ela tenha falado sob o efeito da bebida que queria que o ex a deixasse em paz, mas foi reconfortante ouvi-la dizer que queria ficar aqui, que queria estar comigo. Detesto me sentir iludido, ma
LeticiaAcordei pela manhã, completamente apagada depois de ter pedido o colo de Rodolfo e sentir suas mãos acariciando meus cabelos. Era exatamente o que eu precisava naquele momento: seu carinho, seu afeto. No entanto, acabei tendo um pesadelo horrível. No sonho, meu pai e Rodolfo brigavam feio, e eu ouvia a voz de Bruna ao fundo, instigando meu pai contra Rodolfo. Isso me deixou muito assustada, e eu não conseguia escapar daquele pesadelo, o que acho que foi devido a ter bebido demais. Como já devem ter percebido, sou super fraca para bebidas.Espreguicei-me ainda deitada e percebi Rodolfo desmontado ao meu lado, com suas pernas sobre meu quadril. Ele é pesado, e com algum esforço, saí de lá sem acordá-lo. Ele parecia ter bebido bastante, pois exalava o aroma de álcool. Ainda sentada na cama, observei-o e sorri. Cada gesto de carinho que ele tem por mim triplica minha vontade de estar com ele, de estar próxima a ele. Já me sinto apegada ao seu modo de ser; penso que a convivência e
O problema do Rodolfo é não gostar de conversar sobre seus sentimentos ou preocupações e frustrações; percebo que ele ainda é muito fechado, tanto que até hoje ele não falou sobre o que descobriu a respeito do Vinicius. Desci e preparei o café da manhã de Rodolfo, arrumando tudo em uma bandeja.— Ele não vai descer? — perguntei a Bruna, que parecia distraída.— Não quer... Aconteceu alguma coisa, Bruna? Depois que ele me trouxe para dentro, dormi profundamente, mas o Rodolfo está estranho.— Ele não te falou nada?— Não, por acaso você sabe de algo?— Não... não, ele deve ter dormido mal.— Bruna, olha para mim! — insisti.— O que foi, Letícia? Agora tudo que acontece é culpa minha?— Espero que realmente não tenha acontecido nada, Bruna. O Rodolfo está sendo muito tolerante com você; outra pessoa já teria te expulsado e jogado para fora da casa dele.— Por quê? Não fiz nada.— Você passou o endereço dele para o Vinicius e não venha me dizer que isso não é nada. Vou subir, arrume-se
— Nunca achei que ouviria isso da minha diaba desbocada — ele sorriu.— Me aceita como sua diaba?— Você não sai mais da minha vida, eu não permito — disse ele, alisando meu rosto. Aproximei minha boca e beijei sua bochecha, depois caminhei meus beijos até a sua boca e mordi seus lábios. Ele introduziu a língua em minha boca e me beijou com seu beijo devorador.— Diaba linda — ele sussurrou, mordendo minha orelha. Mas ouvimos batidas na porta e, por um instante, pensei que fosse Bruna, mas ouvi a voz de Dona Madalena.— Senhor Barros, a senhora Selena tentou falar com o senhor sobre o jato — informou ela.Rodolfo sorriu, levantou-se e foi até a porta, abrindo-a.— Está preparado?— Sim, senhor.— O que faremos com a Bruna? — perguntei a ele, sem saber o que fazer.— A enviamos para que o diabo a carregue.— Rodolfo, pare com isso — repreendi, e Dona Madalena sorriu discretamente antes de se pronunciar.— Sua irmã saiu de mala e cuia.— O que? Agora? — perguntei, preocupada.— Sim, ela