LetíciaO modo como Rodolfo tem me tratado ultimamente me envolveu completamente, tanto que acabei me deixando levar pela atmosfera amorosa que ele criou, quase como se estivéssemos encenando um belo teatro romântico. Seu beijo foi uma surpresa devastadora e intensamente quente; confesso que não esperava sentir tal empolgação, não apenas dele, mas também da minha parte. Talvez a carência esteja falando mais alto ultimamente.Enquanto isso, eu e Selena experimentávamos alguns drinks, cujo conteúdo eu desconhecia, mas que eram agradavelmente adocicados. A música, por outro lado, deixava a desejar — uma seleção de ópera que mais parecia um convite ao sono do que um incentivo para animar o ambiente. — Cuidado, é doce, mas embriaga — Selena advertiu, enquanto eu sorria e pegava outra taça.— É ótimo, gostei. Mas me dê sua opinião, acha que estamos indo bem até agora? O que você acha? — perguntei, procurando sua avaliação sobre a noite.— Estão se entendendo muito bem ou são ótimos atores.
Quando deixamos o banheiro, encontramos Rodolfo e Tadeu esperando por nós.— Vamos embora! — Rodolfo disse, visivelmente preocupado.— Calma, o que aconteceu? — perguntei, tentando entender sua urgência.— Pegue em meu braço e venha, por favor — ele praticamente suplicou. Algo o havia abalado profundamente. Segurei seu braço conforme ele pediu, e caminhamos em direção à saída.Perto dos carros, nos despedimos de Selena e Tadeu.— Entre no carro — Rodolfo ordenou, sua voz tensa.— Me diz o que houve? — insisti, buscando entender sua aflição.— Entre no carro! — repetiu, notando o pai de Patrícia se aproximando de nós.— Rodolfo, eu só quis esclarecer o que você já havia descoberto. Não tenha raiva, por favor, converse com ela, vão se entender. Sabe que tenho apreço por você, rapaz — o pai de Patrícia tentou mediar.— Não me interessa. O que sua filha fez não se faz. Ela terá o meu ódio eterno! — Rodolfo entrou no carro, furioso.— Dirija para o bar — ele instruiu o motorista.— Não vam
RodolfoLetícia está me enlouquecendo, ela oscila entre me encher de fúria e me atiçar um tesão quase insuportável. Ao vê-la dançando em cima da mesa, fiquei paralisado, não por qualquer extravagância em seus movimentos, mas pela forma como sua beleza simples e pura atraía todas as atenções. Aquela cena, embora repleta de ousadia, também acendeu uma fúria dentro de mim. Não era o lugar para tal exibição, especialmente rodeada por outros homens.Sua ousadia, que normalmente me encanta, naquele momento, só serviu para me deixar à beira da loucura. E quando ela mencionou ter falado com o ex, a irritação borbulhou dentro de mim. Não conseguia entender como ela, tão forte e desafiadora comigo, ainda dava espaço para esse palerma que a havia abandonado. Em meus pensamentos mais sombrios, imaginava o que faria com ele se o tivesse sob meu controle.A raiva era palpável e Letícia percebeu, optando por silenciar. Enquanto ela começava a cochilar ao meu lado no carro, uma onda de preocupação me
Letícia era uma visão de perfeição, e enquanto eu a observava, nossos olhares se encontraram, carregados de desejo. Ela se aproximou, guiando-me de volta à poltrona com uma confiança sedutora. A intensidade entre nós crescia, prometendo uma noite de paixão incontida.— Cadê a camisinha? — Letícia perguntou, seu olhar intensamente fixado em mim, misturando desejo e expectativa.Sem hesitar, alcancei minha carteira, retirando rapidamente uma camisinha. — Tem certeza que quer aqui? — questionei, a atmosfera carregada de tensão e excitação.— Absoluta! — afirmou ela, seus olhos brilhando com um misto de desafio e sedução. Letícia sentou-se novamente em meu colo, e eu a beijei apaixonadamente enquanto minhas mãos exploravam seu corpo voluptuoso. Apertei seu bumbum suavemente e ela arfou em resposta, o desejo claramente aumentando entre nós. Ela acentuou seus joelhos e inclinou o corpo para trás, me oferecendo acesso completo à sua intimidade.— Quer ser tocada? — murmurei com um tom malici
Há muito tempo, minha existência esteve exclusivamente voltada para o trabalho e as empresas que administro. Minha dedicação a minha antiga noiva e até mesmo à minha filha nunca atingiu o mesmo nível de empenho que reservava aos negócios, mas algo em mim começa a reconhecer que ainda posso mudar... ou talvez não.Recentemente, meu foco tem oscilado entre a bebida e companhias de luxo, um ciclo vicioso de prazeres efêmeros. No entanto, a mulher à minha frente, Letícia, se destaca com sua audácia e ousadia impressionantes, atiçando uma chama que pensei ter se apagado.— Pelo visto é insaciável, senhor Barros... — ela provocou com um sorriso malicioso, sem imaginar o quanto sua atitude alimentava meu desejo. Em um ímpeto, a joguei na cama, meus olhos percorrendo cada curva de seu corpo, memorizando cada detalhe.— Sou um verdadeiro amante do prazer e vou te viciar nisso. Será a minha deusa do prazer... — declarei, deitando-me sobre ela e mordendo seus lábios suavemente. — Será minha tent
A madrugada ainda reinava quando o vibar do meu celular me arrancou de um sono pós-prazer. Era um áudio de Patrícia, que parecia desesperada por chamar minha atenção a essa hora. Ignorando-a momentaneamente, voltei meu olhar para Letícia, que dormia serenamente ao meu lado. Delicadamente, acariciei sua coxa, admirando sua pele suave ao toque, sem intenção de despertá-la. Ela se mexeu na cama, e por um momento, pensei que acordaria, mas apenas se ajeitou, perdida em seus sonhos. Observava a tranquilidade de seu rosto, a beleza nua coberta apenas por um lençol fino, pensando em quão perfeita ela parecia naquele instante. “Que perfeição,” murmurei para mim mesmo, capturado pela cena. De repente, Letícia se agitou novamente e murmurou algo ininteligível. Fiquei atento, tentando compreender suas palavras quando ela falou mais claramente em seu sono: — Não… faça isso… Vini! O uso do apelido me fez congelar, uma onda de raiva súbita inundando meus sentidos. Incrédulo, levantei da cama
Letícia Quando acordei, vi Rodolfo ao meu lado. Por um breve momento, alimentei a esperança de ser acordada com flores ou um daqueles cafés da manhã cinematográficos, repletos de romantismo... Que tola! Esperar que ele agisse como um cavalheiro após a intensidade da nossa última noite era ilusão minha. Já tinha percebido antes que a bebida não me faz bem, e a ressaca de hoje apenas reforçou essa certeza. Ele saiu do quarto batendo a porta com estrondo. Levantei, ainda um tanto atordoada, e troquei de roupa. Quando terminei de me arrumar e saí do quarto, encontrei Rodolfo perto da porta. Após seu comportamento tempestuoso no quarto, ainda teve a audácia de me beijar, demonstrando uma bipolaridade desconcertante. Sua mudança de atitude me deixou ainda mais confusa e irritada. Enquanto ele me beijava, eu não pude deixar de pensar que talvez viver um ano sob o mesmo teto não fosse uma boa ideia. Ele pode ser encantador entre quatro paredes, até me surpreendendo, mas suas mudanças brusc
Já pronta para o almoço, respirei fundo, sentindo um frio na barriga. A ansiedade era palpável, e enquanto me encarava no espelho, tentei me tranquilizar com um toque de humor: "É tudo um teatro, Letícia. Não fique tão nervosa. Ela será sua sogra apenas por um tempo." Sorri das minhas próprias bobagens. Optei por um vestido simples, com os cabelos soltos jogados de lado e uma maquiagem discreta. De repente, ouvi batidas na porta.— Senhora Barros! — a voz do outro lado me chamou, mas demorei a perceber que falavam comigo até ouvir novamente. — Senhora Barros, posso entrar?Ainda confusa com o uso do sobrenome, permiti: — Olá, entre, Dona Madalena! A senhora adentrou com uma caixa em mãos. — Só vim deixar essa caixa aqui. O motorista entregou, disse ser seu vestido para o casório.— Nem havia pensado nisso ainda! — exclamei, e ela me olhou surpresa.— Não estava preocupada com o vestido de noiva? — perguntou, visivelmente confusa.— Mas entendo que a senhora deve ter muito mais com o