Baixei o olhar, mas logo o ergui, mostrando que não tenho vergonha de vir de uma família humilde. A mãe e a irmã de Rodolfo trocaram um olhar e sorriram para mim.— Fique tranquila, minha linda, Rodolfo já comentou que vocês eram de origem humilde. Mas gostei da sua fala, demonstra ter personalidade. — Tatiane pegou em minha mão, sorrindo de forma encorajadora.— Ele comentou não, filha, ele fez um belo de um comunicado, olha aí. — Senhora ngela me mostrou a mensagem que Rodolfo havia enviado a elas, exibindo um ar de aprovação e humor.**Mensagem:**"Mamãe, venham almoçar para conhecerem minha noiva, Letícia. Já lhes aviso, ela não é mimada como a Patrícia, e é de personalidade forte além de origem mais humilde, então lhes aviso. Não façam muitas perguntas, deixem-na à vontade para respirar, não tagarelem demais, sejam simpáticas e lembre-se: ela será minha esposa e ninguém mudará isso!"Ao ler a mensagem de Rodolfo, senti minhas bochechas se aquecerem. Como ele poderia falar assim
GustavoEu e Letícia adentramos a casa, e sinto uma afeição especial por ela; gosto muito de fazer-lhe companhia. Desde pequeno, minha mãe — ou tia, como às vezes a chamo — sempre disse que sou muito carente; talvez seja verdade, e em Letícia encontro uma espécie de conforto. Decidi levá-la ao que considero o lugar mais bonito da casa do meu irmão: o jardim dos fundos. A casa é imensa, e tenho certeza que ela ainda não explorou todos os seus recantos, especialmente porque Rodolfo raramente frequenta essa área.— Já havia vindo aqui? — perguntei, enquanto ela olhava ao redor, claramente maravilhada.— Minha nossa, que lugar maravilhoso, é muito lindo, Guga. Ainda não havia vindo aqui. — Letícia respondeu, absorvendo a beleza do local.Peguei suavemente em sua mão e a conduzi para sentarmos nos pufes próximos à piscina. Antes de nos acomodarmos, caminhei até o frigobar e peguei algumas bebidas, abrindo uma para mim e outra para ela, já que o dia estava excepcionalmente quente.Quando re
Rodolfo Após sair de casa observei a tela do meu celular, havia uma mensagem de Vanessa, essa é uma das acompanhantes de luxo que costumam satisfazer minhas vontades, a mulher sabe tentar um homem a fazer loucuras com ela. Vanessa adora enviar fotos íntimas aos seus acompanhantes e eu estou nessa lista dela que recebe “belas fotos de bom dia” sempre tem um jeito de me animar com suas mensagens, sempre consegue me levar até ela, mas hoje não conseguiu essa proeza.Dirigi até a empresa e, ao chegar, encontrei a Selena já me esperando em minha sala.— Já viu os sites? — Ela se aproximou com um sorriso, o qual me fez prever boas notícias.— Ainda não tive tempo. Mantenha-me informado. — Respondi, sentando-me na cadeira enquanto ela posicionava seu notebook à minha frente. As imagens que apareceram na tela mostravam quão deslumbrante minha noiva havia estado na noite anterior.— Olha só, você e Letícia são destaque: ‘Senhor Barros e sua bela secreta noiva.’ — Comentei, sorrindo com a manc
Selena saiu, deixando-me sozinho com meus pensamentos. Decidi, então, que era hora de retornar a ligação da minha irmã.A ligação com Tatiane finalmente aconteceu, depois de uma sequência de chamadas perdidas.— Nossa, que demora, Rodolfo, se eu estivesse morrendo seria difícil me socorrer. — Tatiane iniciou com seu tom habitual, dramático e melancólico.— Não está morrendo já que me atendeu. Deixe de rodeios, Tati, aconteceu algo errado no almoço? — Perguntei enquanto girava na minha cadeira, tentando descontrair a situação.— Não, deu tudo muito certo. — Ela respondeu, para minha surpresa.— Minha noiva e a mãe não trocaram tapas, ninguém ergueu a mão a ninguém? — Insisti, meio brincando, meio sério.— O que é isso, Rodolfo, está achando que somos alguma gangue? — Tatiane retrucou, indignada com minha insinuação.— Não, só acho que há muita gente rebelde no mesmo ambiente. — Comentei, tentando suavizar.— A mãe adorou sua noiva. — Ela me surpreendeu, e eu sorri, batendo a caneta na
Após avisar meu pai que iria embora mais cedo devido ao nosso desentendimento, deixei as tratativas de sua empresa para o dia seguinte. Com o fim de semana se aproximando, precisava organizar tudo para a viagem que havia planejado com minha esposa — uma tentativa de garantir que ninguém pudesse dizer que não tivemos uma lua de mel. — Vai para sua casa? — Meu pai perguntou, recuperando um pouco do tom usual após a tensão entre nós. — Sim, pelo que sei a mãe já foi embora. — Respondi, pronto para sair. — Mas a sua noiva está lá, quero conhecê-la. — Ele manifestou um interesse repentino. — Venha comigo, ela está em casa na companhia do Gustavo, mas lembre-se, nem tente menosprezá-la, entendeu? — Entendido, filho, mas já sabe que sou contra, deveria... — ele começou a protestar, mas não deixei que continuasse. — Não me faça desconvidá-lo, meu pai, faça o favor. — Cortei-o firmemente, e ele olhou ao redor, talvez buscando um argumento melhor ou simplesmente absorvendo a reprimenda.
Letícia Enquanto começo a admirar Rodolfo, também me pego detestando certos aspectos dele. Por que ele não consegue simplesmente ficar de boca fechada? Às vezes penso que suas palavras estragam sua beleza. Mas então, me pergunto: como um homem pode agir assim, fazer tudo o que faz e ainda se autoproclamar um bom ator? Sinto sensações confusas quando estou perto dele; no entanto, ele não é tão insuportável quanto eu imaginava inicialmente. Quanto a Gustavo, fico feliz em perceber que ele gosta de mim, mas preferiria que ele não demonstrasse seus sentimentos da maneira que tem feito. Gosto dele, mas apenas como amigo, e não quero que haja confusão nesse sentido. Ele seria o cara perfeito se não fosse tão parecido com Vini em seu jeito de ser — excessivamente carinhoso, o que me faz sentir muito mais próxima dele do que de Rodolfo. Rodolfo, com seu jeito peculiar e arrogante, é mais difícil de lidar, embora eu admita que ele desperta em mim uma curiosidade intensa, talvez de um modo qu
Rodolfo reagiu puxando-me bruscamente pelo braço e me jogando na cama, uma ação que me assustou e fez minha respiração oscilar. Mordi os lábios no mesmo instante, Rodolfo sem colocar força me segurava, seus olhos me olhavam, mas logo eles foram de encontro com o meu decote, que safado.— Sou um amante das mulheres, não tem nada mais perfeito na criação divina! — Rodolfo declarou, mantendo seu jeito cafajeste característico.— Imagino o quanto fica admirando por aí, amante de todas, né? — respondi, revirando os olhos em desaprovação.— Isso te incomoda? — ele perguntou, fixando seu olhar em mim, sem desviar.— Não! — exclamei, tentando me afastar, mas ele segurou meu braço mais firmemente. — Me deixa ir arrumar. — Minha voz revelou a irritação que sentia.— Seus olhos são lindos. — Ele mudou de tática, falando de maneira galante, o que involuntariamente me fez sorrir.— Os seus também. — Respondi, e ele me soltou imediatamente, deixando-me um pouco atordoada com a mudança rápida de at
LeticiaAinda admirava Rodolfo pela generosidade que acabara de demonstrar, quando fomos interrompidos por batidas na porta. Um leve franzir de testa tomou seu rosto, um prelúdio de interrupções não planejadas.— Entre. — A voz de Rodolfo reverberou firme pelo quarto.Dona Madalena, sempre pontual e eficiente, apareceu à porta. — Sr. Barros, as duas chegaram. — Ela anunciou, e eu troquei um olhar curioso com Rodolfo.— Ok, estou indo. — Ele disse enquanto pegava o terno e o complemento e caminhava até a porta. Eu o observei, surpresa.— Ei, você vai atender visitas assim? — Indaguei, apontando para a toalha que mal cobria seu tronco definido.— Da última vez que você reparou em mim, falou para eu andar assim por aí, não se lembra? — Ele respondeu com um sorriso maroto.— Aff, você é louco, se vista. — Rebati, tentando não rir de sua audácia.— Por que o incômodo, senhora Barros, está com medo de perder o partidão? — Ele brincou, arqueando uma sobrancelha.— Ah… Deixa quieto. — Disse,