Após avisar meu pai que iria embora mais cedo devido ao nosso desentendimento, deixei as tratativas de sua empresa para o dia seguinte. Com o fim de semana se aproximando, precisava organizar tudo para a viagem que havia planejado com minha esposa — uma tentativa de garantir que ninguém pudesse dizer que não tivemos uma lua de mel. — Vai para sua casa? — Meu pai perguntou, recuperando um pouco do tom usual após a tensão entre nós. — Sim, pelo que sei a mãe já foi embora. — Respondi, pronto para sair. — Mas a sua noiva está lá, quero conhecê-la. — Ele manifestou um interesse repentino. — Venha comigo, ela está em casa na companhia do Gustavo, mas lembre-se, nem tente menosprezá-la, entendeu? — Entendido, filho, mas já sabe que sou contra, deveria... — ele começou a protestar, mas não deixei que continuasse. — Não me faça desconvidá-lo, meu pai, faça o favor. — Cortei-o firmemente, e ele olhou ao redor, talvez buscando um argumento melhor ou simplesmente absorvendo a reprimenda.
Letícia Enquanto começo a admirar Rodolfo, também me pego detestando certos aspectos dele. Por que ele não consegue simplesmente ficar de boca fechada? Às vezes penso que suas palavras estragam sua beleza. Mas então, me pergunto: como um homem pode agir assim, fazer tudo o que faz e ainda se autoproclamar um bom ator? Sinto sensações confusas quando estou perto dele; no entanto, ele não é tão insuportável quanto eu imaginava inicialmente. Quanto a Gustavo, fico feliz em perceber que ele gosta de mim, mas preferiria que ele não demonstrasse seus sentimentos da maneira que tem feito. Gosto dele, mas apenas como amigo, e não quero que haja confusão nesse sentido. Ele seria o cara perfeito se não fosse tão parecido com Vini em seu jeito de ser — excessivamente carinhoso, o que me faz sentir muito mais próxima dele do que de Rodolfo. Rodolfo, com seu jeito peculiar e arrogante, é mais difícil de lidar, embora eu admita que ele desperta em mim uma curiosidade intensa, talvez de um modo qu
Rodolfo reagiu puxando-me bruscamente pelo braço e me jogando na cama, uma ação que me assustou e fez minha respiração oscilar. Mordi os lábios no mesmo instante, Rodolfo sem colocar força me segurava, seus olhos me olhavam, mas logo eles foram de encontro com o meu decote, que safado.— Sou um amante das mulheres, não tem nada mais perfeito na criação divina! — Rodolfo declarou, mantendo seu jeito cafajeste característico.— Imagino o quanto fica admirando por aí, amante de todas, né? — respondi, revirando os olhos em desaprovação.— Isso te incomoda? — ele perguntou, fixando seu olhar em mim, sem desviar.— Não! — exclamei, tentando me afastar, mas ele segurou meu braço mais firmemente. — Me deixa ir arrumar. — Minha voz revelou a irritação que sentia.— Seus olhos são lindos. — Ele mudou de tática, falando de maneira galante, o que involuntariamente me fez sorrir.— Os seus também. — Respondi, e ele me soltou imediatamente, deixando-me um pouco atordoada com a mudança rápida de at
LeticiaAinda admirava Rodolfo pela generosidade que acabara de demonstrar, quando fomos interrompidos por batidas na porta. Um leve franzir de testa tomou seu rosto, um prelúdio de interrupções não planejadas.— Entre. — A voz de Rodolfo reverberou firme pelo quarto.Dona Madalena, sempre pontual e eficiente, apareceu à porta. — Sr. Barros, as duas chegaram. — Ela anunciou, e eu troquei um olhar curioso com Rodolfo.— Ok, estou indo. — Ele disse enquanto pegava o terno e o complemento e caminhava até a porta. Eu o observei, surpresa.— Ei, você vai atender visitas assim? — Indaguei, apontando para a toalha que mal cobria seu tronco definido.— Da última vez que você reparou em mim, falou para eu andar assim por aí, não se lembra? — Ele respondeu com um sorriso maroto.— Aff, você é louco, se vista. — Rebati, tentando não rir de sua audácia.— Por que o incômodo, senhora Barros, está com medo de perder o partidão? — Ele brincou, arqueando uma sobrancelha.— Ah… Deixa quieto. — Disse,
O helicóptero começava a descer, e a vista se abria espetacularmente diante de nós. O azul vibrante do mar de Ilhabela contrastava com o verde intenso da vegetação que ladeava a praia, criando uma paisagem que me deixava sem fôlego.— É aqui? — perguntei, minha voz misturada com a surpresa e admiração enquanto o helicóptero finalmente tocava o solo.— Sim, na praia de Ilhabela. Já conhece? — Gustavo virou-se para mim, com um leve sorriso que denotava orgulho pela escolha do local.— Não, mas nossa, é muito bonito. — Respondi, ainda absorta na beleza do lugar, enquanto sentia meu coração disparar e as mãos gelarem com a ansiedade.Gustavo agiu com rapidez e cuidado, abrindo a porta do helicóptero para mim. Ele estendeu a mão, que agarrei com firmeza, e me ajudou a descer. Uma vez fora, respirei fundo, enchendo os pulmões com o ar fresco e salgado da praia, tentando acalmar os nervos que se agitavam dentro de mim.Ele notou minha tensão e, parando por um momento ao meu lado, perguntou c
Enfim casadosMinha respiração estava ofegante, como se tivesse emergido de um beijo arrebatador que roubasse minha alma, reminiscente dos momentos mais intensos e eletrizantes que compartilhei com Letícia. Porém, a realidade era outra; tremi ao ouvir as palavras proferidas pelo homem diante de nós.**"ENFIM CASADOS. ESTAMOS CASADOS. E EU, LOUCO PARA VER A CARA DE CONSTERNAÇÃO DA PATRÍCIA…"** A satisfação de uma vingança que apenas começava me invadia.Sem esperar que o juiz dissesse algo mais, agi por impulso. Puxei Letícia para mim e a beijei com fervor, buscando em sua boca o ar que faltava ao meu pulmão. Ela retribuiu com igual entusiasmo, mergulhando em um beijo profundo que nada tinha de superficial. Os aplausos e gritos de uma audiência cativada nos envolveram, um lembrete vívido de que não estávamos isolados em nosso mundo particular.— Enfim, casados, meus amores, como estou feliz! — Selena se aproximou com um sorriso radiante, irradiando alegria. Valorizo muito essa mulher,
LeticiaAinda estou processando tudo, como se estivesse flutuando em um sonho, temendo o momento em que acordarei para uma realidade menos doce, perdida e sem direção.Ao entrar naquele salão, mal podia acreditar que era meu próprio casamento. Tudo estava impecável, transcendendo até mesmo as fantasias mais elaboradas que eu poderia ter imaginado. Ainda me surpreendo como Rodolfo orquestrou tudo isso, como se tivesse tirado a perfeição de um chapéu mágico.Tudo pareceu acontecer em um ritmo vertiginoso, evoluindo tão rapidamente que mal conseguia acompanhar. Ainda ecoavam em mim os votos de Rodolfo, que me deixaram confusa com sua intensidade. Seu olhar transmitia sinceridade, mexendo profundamente comigo. Mesmo em seus momentos de arrogância, ele irradiava uma sinceridade bruta, dizendo exatamente o que pensava, sem qualquer traço de cinismo. Naquele momento, enquanto ele me olhava nos olhos, algo que eu costumava evitar, me vi buscando seu olhar, ansiando por essa conexão.No entant
Rodolfo beijou meus lábios com urgência, seu movimento suave enquanto se ajoelhava na areia e delicadamente me deitava. Sob o céu estrelado, senti o toque quente de suas mãos deslizando pela minha coxa, contrastando com o vento frio que nos envolvia. Um arrepio percorreu meu corpo quando ele acariciou o meio das minhas pernas. Sua boca, então, desceu suavemente até meu pescoço, depositando um beijo molhado e audacioso que fez meu sangue ferver. Com uma firmeza que denotava tanto desejo quanto carinho, suas mãos seguraram minha coxa, alisando minha pele suavemente. Ele parou um momento, seus olhos encontrando os meus em um olhar intenso que congelou o tempo ao nosso redor. Sem dizer uma palavra, Rodolfo deslizou seus dedos sobre meus lábios, explorando-os com uma curiosidade palpável antes de morder delicadamente meu lábio inferior. Fechei os olhos, perdida na sensação de seus lábios sugando os meus, seguido por um beijo profundo e envolvente.— Minha deusa, te quero nua. — Sua voz er