Depois de se certificarem de que Emily e Jasper estavam confortáveis e bem cuidados pela equipe médica, Wendy inclinou-se para a jovem e tocou suavemente sua mão. — Eu vou levar seu pai para casa para ele descansar um pouco, mas volto logo para passar a noite com você, tudo bem? — disse Wendy com um sorriso suave. Emily assentiu, o rosto ainda exausto, mas iluminado pela alegria de segurar Jasper. — Obrigada, Wendy. Por tudo. — respondeu Emily, com sinceridade nos olhos. Wendy beijou a testa de Emily, olhou para o bebê dormindo e sorriu antes de chamar Ethan para irem embora. No caminho para casa, Ethan permaneceu em silêncio, parecendo absorto em seus pensamentos. Wendy, por outro lado, sentia seu coração pesado de emoção, as palavras que desejava dizer a ele pulsando em sua mente. Quando chegaram em casa, Ethan, ainda um pouco abalado pelo cansaço emocional do dia, sentou-se no sofá da sala com um suspiro profundo. Wendy o observou por um instante antes de se aproximar e sentar
Emily precisou ficar no hospital por dois dias, tempo necessário para monitorar sua recuperação e garantir que tanto ela quanto Jasper estivessem bem. Durante esse período, Wendy permaneceu ao lado dela, raramente saindo do quarto, exceto para buscar algo necessário ou dar notícias a Ethan. Ter visto sua mãe com Jasper nos braços, não saía da mente de Wendy. A cena a assombrava, como um eco do passado que ela lutava para esquecer, mas que parecia decidido a retornar. Ela tentava manter a compostura, focando em Emily e Jasper, mas o medo de que Eda pudesse aparecer novamente era constante. Durante uma madrugada silenciosa no hospital, enquanto Emily e Jasper dormiam, Wendy se sentou na poltrona ao lado da cama. Ela observava o pequeno bebê com uma mistura de amor e preocupação, suas mãos entrelaçadas em um gesto inconsciente de nervosismo. — Eu não vou deixar nada acontecer com você. — murmurou, quase como uma promessa para o pequeno Jasper. Na manhã seguinte, enquanto ajudava Emil
[SEMANAS DEPOIS] — Aqui diz que você trabalhou como babá para uma família influente de Londres... pode nos dizer quem é? O som suave do relógio na parede preenchia o silêncio do apartamento, enquanto Wendy e Ethan sentavam-se na sala, frente a frente com a candidata. O ambiente estava impecável, com móveis modernos e elegantes, refletindo o estilo sofisticado do casal. Jasper dormia tranquilamente no quarto ao lado, monitorado pelo baby monitor sobre a mesa de centro. A mulher à frente deles parecia confiante, mas o ambiente intimista do apartamento parecia adicionar uma camada extra de tensão à entrevista. A candidata, uma jovem nos seus vinte e poucos anos, ajeitou-se na cadeira e respondeu com um sorriso educado. — Prefiro não divulgar os nomes, por respeito à privacidade deles. — disse ela, as mãos descansando em seu colo. — Mas posso garantir que foi uma experiência muito enriquecedora. Cuidava de duas crianças pequenas, de dois e quatro anos, e também ajudava com algumas ta
No dia seguinte à entrevista, Sophie chegou cedo. Antes das sete da manhã, ela tocou a campainha do apartamento dos Blackwell. Wendy, que já estava acordada desde as cinco organizando o café da manhã e ansiosa pela mudança que estava prestes a acontecer em sua casa, correu para atender à porta. Ao abrir, encontrou Sophie com a mesma aparência impecável e um sorriso caloroso. Ela carregava uma mochila discreta e uma pequena sacola. — Bom dia, senhora Blackwell. — disse Sophie, educada, mas com um tom amigável. — Espero que não esteja muito cedo. Wendy sorriu, claramente aliviada com a pontualidade. — De jeito nenhum. Entre, Sophie. Estamos felizes que você já esteja aqui. — disse ela, abrindo espaço para a jovem entrar. Enquanto Sophie tirava o casaco e se acomodava, Wendy a guiou até a sala, onde tudo estava arrumado e calmo. — Jasper ainda está dormindo, mas isso não deve durar muito. — explicou Wendy. — Ele geralmente acorda por volta das sete e meia para a primeira mamada. Em
— Eu vou pensar nisso. Ethan segurou o rosto de Wendy com firmeza, mas sem pressa, os polegares traçando levemente suas bochechas. Seus olhos castanhos, intensos e cheios de determinação, encontraram os dela, que estavam repletos de incerteza. — Não há mais o que pensar, amor. — disse ele, a voz grave e baixa, mas carregada de sinceridade. — Você é forte, inteligente, e a única pessoa capaz de resolver o que precisa ser feito lá. Essa é a sua empresa, o seu legado. Não deixe que o medo ou a culpa te impeçam de ser tudo o que você pode ser. Wendy piscou, visivelmente tocada pelas palavras dele, mas ainda havia um leve tremor de hesitação em sua postura. Ethan inclinou-se ligeiramente, sua voz ficando ainda mais suave. — Eu sei que você quer estar aqui para Emily, Jasper, para nós... — continuou ele. — Mas estar aqui fisicamente não é o mesmo que realmente ajudar. Você pode fazer muito mais resolvendo o que precisa ser feito na Itália. Sophie está aqui para isso, e eu estou aqui par
O ronco suave do motor do SUV preto ecoava pelas ruas de Londres enquanto Wendy olhava pela janela, observando o fluxo constante de pessoas e veículos. A cidade estava coberta por uma leve névoa, típica das manhãs londrinas, mas isso não desviava sua atenção dos pensamentos que preenchiam sua mente. A viagem para a Itália ainda pairava como uma sombra sobre suas responsabilidades, mas ela sabia que Ethan não a deixaria voltar atrás. O veículo desacelerou ao se aproximar do imponente prédio de vidro e aço que abrigava a sede da empresa. Mark, seu novo segurança, estacionou com precisão junto à entrada principal. Saindo do carro, ele contornou rapidamente para abrir a porta para ela. — Senhora Blackwell. — cumprimentou ele em um tom formal, mas amistoso. Wendy assentiu com um sorriso discreto, ajustando o casaco sobre os ombros antes de sair do carro. — Obrigada, Mark. — respondeu, sua voz refletindo a elegância e a firmeza que haviam se tornado suas marcas registradas. A entrada d
O motor do carro ronronava suavemente enquanto Wendy dirigia pelas movimentadas ruas de Londres, mantendo os olhos atentos no trânsito à sua frente. Theo estava no banco do passageiro, com o braço apoiado na porta e um olhar distraído no rosto, até que finalmente quebrou o silêncio. — Então, me diga mais sobre essa sua amiga... Heather, certo? Wendy lançou um olhar de soslaio para ele, um sorriso ligeiramente provocador surgindo em seus lábios. — Por que o interesse, Theo? Ele deu de ombros e tentando parecer casual, olhou pelo espelho retrovisor, para conferir se o segurança estava seguindo-os no seu carro. — Só estou curioso. Você quase nunca menciona os amigos da faculdade, e, bem... ela parece interessante. — Interessante? — Wendy riu. — Ela é advogada, teimosa, cheia de energia e... completamente fora do seu alcance. Theo estreitou os olhos, mas não pôde evitar um sorriso. — Por que tão cruel, irmãzinha? Talvez ela goste de caras determinados como eu. Ao virar na rua de
O som dos aplausos e gritos ainda ecoava pelo galpão enquanto Ethan descia do ringue. Com uma toalha jogada sobre os ombros e o rosto suado, ele caminhou em direção à área onde sabia que Wendy estaria esperando. Quando finalmente a viu, a cena o surpreendeu. Wendy estava com os braços cruzados, ao lado de Theo, Heather e Lisa, todos com expressões que variavam entre entusiasmo e curiosidade. — Vocês realmente vieram me ver lutar? — perguntou Ethan, arqueando uma sobrancelha enquanto olhava para o grupo. Heather foi a primeira a responder, dando um passo à frente com um sorriso largo. — Claro que sim! — disse ela, animada. — Wendy disse que seria uma luta emocionante, e olha, você não decepcionou. Lisa concordou com um aceno, os olhos brilhando. — Você foi incrível. Não é à toa que chamam você de "Black-Bom". Ethan olhou para Wendy, claramente intrigado. — Não acredito que você trouxe seu irmão e amigas para ver essa luta... Você é... Ele riu baixo, mas o humor leve foi rapida